Capítulo 19: A profecia de Fogo e Sangue

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"Nem riqueza, nem ruína, nem prata, nem ouro
Nada me satisfaz a não ser a tua alma
Ó morte
Eu sou a morte, ninguém pode escapar
Abrirei a porta para o Céu ou o Inferno"

Oh Death- Jen Titus

🚨Nota da autora: A terceira passagem do capítulo foi pensada para ter diálogos inteiramente em alto valíriano, porém presando pela facilidade de leitura os diálogos serão em português, mas importante lembrar que o alto valíriano não tem gêneros para as palavras (como, por exemplo, Azor Ahai que pode ser príncipe prometido ou princesa prometida)🚨

O campo aberto se estendia diante de Visenya, banhado por uma luz celestial que tingia o céu com tons de azul e roxo, como se o próprio universo estivesse pintando um quadro surreal. Uma árvore majestosa se erguia no centro do campo, sua imponência contrastando com a delicadeza da cena. E então, lá estava ela: a garotinha no balanço, balançando suavemente para frente e para trás, seu sorriso irradiava uma energia acolhedora que fez Visenya se sentir instantaneamente mais calma.

— Olá princesa, venha — Disse a garotinha, sua voz suave carregada com um tom de sabedoria além de sua aparente juventude.

Visenya se aproximou, seus passos cautelosos enquanto ela tentava absorver tudo ao seu redor. A garotinha era uma visão encantadora, com seus coques perfeitamente arrumados e os olhos âmbar descavam em sua pele negra.

— Onde estou? — Visenya perguntou, sua voz ecoando com confusão e curiosidade.

— No estranho ou no depois — A garotinha respondeu, encolhendo os ombros com despreocupação — Cada um dá um nome de um jeito e tem o seu próprio.

A resposta só aumentou o enigma para Visenya, deixando-a ainda mais perplexa. Ela pisca algumas vezes tentando entender o que estava acontecendo, buscando em sua memória a última coisa de que se lembrava, mas sua mente estava apenas um borrão.

— Eu morri!? — Ela perguntou, sua mente lutando para aceitar a possibilidade.

A garotinha soltou uma risada cristalina, um som que parecia ecoar através do espaço e do tempo.

— Não, sua boba. Você está... No meio do caminho, está aqui para decidir se vai ou fica.

As palavras da garotinha ecoaram na mente de Visenya, provocando uma mistura de emoções. Ela se sentiu sobrecarregada pela gravidade de sua situação, mas também intrigada pela possibilidade de escolha. O que quer que este lugar misterioso fosse, ela sabia que sua decisão moldaria seu destino de uma forma que ela mal conseguia imaginar.

— Fico feliz que ela tenha deixado eu falar com você — Ela disse, seu sorriso infantil irradiando uma tranquilidade que desafiava a natureza de sua origem.

— Ela quem? — Visenya perguntou, ainda perplexa com a situação incomum em que se encontrava.

— A Deusa, a Deusa da Morte — A garotinha respondeu sem rodeios, deixando Visenya sem fôlego com a casualidade da declaração, sentindo uma mistura de temor e respeito pela entidade que governava sobre o destino de todos os seres vivos — Quero que mande um recado para meu irmão.

— Eu conheço seu irmão? — Visenya perguntou, tentando ligar os pontos em sua mente turbulenta.

— Syrion é meu irmão — Ela confirmou.

— Nashua — Visenya murmurou surpresa.

— Diga a ele que está tudo bem, que eu não entendia, mas agora eu entendo e sou muito grata por todas às vezes que ele se sacrificou por mim, quando me dava mais de sua comida porque ainda sentia fome, quando brigava comigo para andar junto a ele, eu sei que ele me protegia e se culpa por não conseguir fazer isso em Meereen — Nashua disse em meio a um sorriso triste — Mas está tudo bem, eu sei que ele tentou é isso que importa diga a ele que eu o amo e que ele não precisa se culpar.

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