Butterfly Effect - O Fim

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Cha Young estava desesperada e possivelmente se arrependendo da decisão, todo aquele aeroporto era confuso, as placas estavam numa língua que ela não entendia e seu inglês não era tão bom assim.

Ela avistou uma mulher atrás e um balcão que ela conseguiu reconhecer algumas palavras como 'bilhetes de barco'. Era isso mesmo que ela precisava.

Cha Young se aproximou da mulher bastante hesitante.

"Hi, excuse me can you help me?"1 ela questionou dando o seu melhor para falar inglês, desejando pela primeira vez que Han Seok estivesse do lado dela, afinal ele havia vivido nos Estados Unidos.

"Yes of couse, what do you need?"2 A mulher questionou esboçando um sorriso.

"A boat ticket to Pagliuzza please."3

O sorriso da mulher sumiu tão depressa como apareceu.

"I am sorry but only authorized persons can go there."4

"Oh" Cha Young disse surpresa. "I know the owner actually."5

"I am sorry, you are?"6

Cha Young entregou o seu passaporte para a mulher, talvez se ela visse que ela também era coreana, acreditasse nela.

"Oh my God i am so sorry." Cha Young não entendeu porque ela estava se desculpando. "Here is your ticket have a nice trip."7

A advogada agradeceu se sentindo muito confusa, não era possível que aquela mulher soubesse quem ela era, certo?

Uma hora depois ela havia chegado à ilha, Cha Young pensou que a pior parte já havia passado mas ela estava muito enganada.

A saída do barco estava repleta de homens nada amigáveis vestindo fatos pretos e segurando armas.

Cha Young entregou o seu passaporte e o bilhete de barco a um dos homens, suas mãos estavam tremendo, ela sentia vontade e vomitar, ela nunca havia estado tão nervosa na vida como agora.

Passados alguns minutos, depois de Cha Young questionar todas as suas decisões, Lucca apareceu no meio dos homens. A advogada soltou um suspiro sentindo se menos nervosa, com a presença de alguém conhecido.

"Hello, Miss Hong, welcome to our island."8 Ele disse sorrindo para ela e Cha Young sorriu de volta.

"Thank you." 9

"Please follow me."10 Cha Young assentiu e o seguiu até chegar na casa principal da ilha, era uma mansão enorme e a casa de Vincenzo, Cha Young presumiu.

Cha Young estava enganada, seu nervosismo havia voltado, mas dessa vez por razões diferentes, ela estava com medo e se Vincenzo não a quisesse ali? E se ele a mandasse embora? Ela estava tão absorvida nos seus pensamentos que nem havia percebido que Lucca havia parado de andar e eles estavam atrás de uma porta fechada, Cha Young respirou fundo várias vezes enquanto Lucca batia na porta e então ela ouviu a voz dele.

Lucca se moveu para que Cha Young pudesse entrar, ela sentia suas pernas tremerem e seus joelhos estavam fracos.

Vincenzo levantou o olhar do computador assim que Cha Young entrou no seu campo de visão, ele arregalou os olhos não acreditando no que estava vendo, não era possível, Hong Cha Young estava bem ali na frente dos seus olhos.

"Você me convidou." Foi a única coisa em que ela conseguiu pensar naquele momento.

"Eu fiz." Ele respondeu de volta ainda incrédulo.

"Achei que você tinha esquecido, você demorou e eu..hm..sinto muito" Ela gaguejou.

Vincenzo se moveu rapidamente para ficar na frente dela e a silenciou com um beijo, ao qual Cha Young respondeu na mesma hora.

"Me desculpe, eu pensei que você não quisesse vir." Ele disse a puxando para perto encostando a sua testa na dela.

"Porque eu não haveria de querer?"

"Porque..." ele suspirou desviando o olhar dela "Você sabe o que eu faço e você merece melhor, eu não quero te colocar em perigo, além disse eu te deixei durante um ano, você não merece isso e eu...eu não mereço amar, vilões não merecem amar."

"Eu sei." Ela assentiu com a cabeça ignorando as lágrimas que tentavam cair. "Não me importa o que eu mereço, mas sim o que eu quero e eu quero você porque independente de tudo você me faz muito feliz."

"Eu faço? "ele questionou praticamente sussurrando enquanto olhava nos olhos dela, como se ela fosse seu mundo inteiro, como se precisasse dela para viver.

"Você faz." Ela assentiu.

"Cha Young eu...você...como você pode viver aqui e lidar com o que eu faço todos os dias, você pode correr perigo." Vincenzo disse se afastado e puxando fortemente a sua gravata.

"Eu sou feliz com você, nada mais importa além disso você pode me proteger certo, essa ilha está rodeada de homens armados que trabalham para você, vai ficar tudo bem." Cha Young se aproximou e segurou seu rosto com as duas mãos.

"Você tem certeza?"

"Eu tenho." Ela sorriu " Eu não acho que você seja um vilão e eu não vou te deixar sozinho, nunca mais."

"Eu amo você." Vincenzo disse acariciando a bochecha dela.

"Eu esperei muito tempo para escutar isso, eu também te amo."

"Hong Cha Young, você aceita se casar comigo?" ele questionou.

Cha Young engasgou, casar com Vincenzo Cassano?

"Eu...eu aceito" Um sorriso rasgou seus lábios e Vincenzo sorriu de volta a puxando carinhosamente para um beijo. "Obrigada por virar minha vida de ponta cabeça e trazer caos para ela." A advogada o beijou de volta.

Se alguém dissesse a Cha Young que no dia que ela foi para o escritório do pai, depois do seu ex ter terminado com ela e o pai lhe ter contando que um italiano comprará o edifício e que anos mais tarde ela estaria vivendo com esse italiano, ela provavelmente diria que essa pessoa estava louca e que isso era impossível, mas no final aconteceu de verdade, afinal essa era a teoria do caos, o efeito borboleta na vida de Cha Young.

"O bater das asas de uma simples borboleta pode influenciar o curso natural das coisas e desencadear um furacão no outro lado do mundo."

A vida de Cha Young começou muito antes do bater das asas de uma borboleta, mas ela só começou a vivê-la de verdade depois disso. Um mafioso italiano compra um prédio imples e do outro lado do mundo , na coreia, um "furacão" é desencadeado, virando a vida da advogada da wusang de cabeça ara baixo. O bater das asas de uma borboleta dá início a tudo, mas também pode acabar com tudo.

O fim...

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1- Olá, desculpe, você poderia me ajudar?

2- Claro que sim, o que você precisa?

3- Um bilhete de barco para Pagliuzza por favor.

4- Desculpe, apenas pessoas com uma autorização podem ir lá.

5- Eu conheço o dono na verdade.

6- Me desculpe, quem é você?

7- O meu Deus, me desculpe, aqui está seu bilhete, tenha uma boa viagem.

8- Olá Menina Hong bem vinda à nossa ilha.

9- Obrigada.

10- Por favor siga me.

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Oie,eu sei que no titulo do capítulo está escrito fim mas não é o último capítulo, como eu havia dito a algumas pessoas irei postar o epílogo dessa história que será meio que um capítulo extra, então aguardem por favor.

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