"Pouco a pouco eu me transporto pela porta do teu corpo pra esse outro mundo que eu conheço dos deuses de carne e osso. Eu conheço esse outro mundo, esse eterno mundo em transe. Te amo tanto, tanto e tanto não sei mais quem já fui antes."
Esse outro Mundo – Leoni
*Postagens fixa aos domingos e postagens extras de acordo com a animação da torcida! Haha!*
No domingo o Edu nos explicou que a lanchonete ia ser completamente reformada, o nome seria outro, nosso uniforme ia mudar e até o cardápio ia sofrer alterações severas. Então ficaríamos aproximadamente duas semanas sem funcionar, enquanto os pedreiros, eletricistas, pintores e mais as outras pessoas que ele contratou trabalhavam.
– Se você vai mudar tudo porque não construiu seu próprio restaurante? – Indaguei má humorada, enquanto íamos para minha casa. Eu tinha a impressão que aquela compra tinha magoado a dona Vera.
– Não sabia o que queria até que ela comentou comigo certa noite que estava cansada demais, que queria colocar a lanchonete a venda para se dedicar mais a família, no entanto tinha medo. – Explicou.
– Era isso que vocês tanto conversavam? – Reparei muitas vezes que enquanto trabalhava, o Edu batia papo com a Dona Vera, só nunca imaginei que aquele fosse o conteúdo dos diálogos. Ele assentiu e eu continuei com as minhas interrogações – Do que exatamente ela tinha medo?
– De vender para alguém que não tratasse os funcionários bem, e, principalmente, que demitisse a Dona Fátima, que já está numa idade que não conseguiria emprego facilmente.
– Foi isso que te fez querer comprar?
– Também. Eu precisava fazer alguma coisa, investir e ganhar dinheiro, e vi uma boa oportunidade. Mas comprar por comprar não faz muita diferença, vou deixar essa lanchonete mais moderna, nós vamos atrair gente de toda região, você vai ver!
Sorri com a empolgação dele.
– Por falar nisso, você conhece alguém que costure bem? Preciso mandar fazer o uniforme de vocês.
– E você? Não vai usar uniforme chefinho?
– Digamos que o uniforme novo não cai muito bem em mim! – Gargalhou e fiquei com um pé atrás – Falando nisso você sabe andar de patins?
– Você não quer que eu sirva mesas de patins quer, Eduardo?
– Servir mesas não, só receber os pedidos!
– Você só pode estar brincando!
Ele sorriu da minha cara de ultraje, parou o carro e me beijou, para impedir que eu reagisse contra aquela ideia maluca. Mas ele ainda ia ter que se esforçar muito para me convencer daquela novidade.
Durante a aula do dia seguinte a Naty chegou com uma ideia maravilhosa: já que não trabalharíamos por dois fins de semana, deveríamos arranjar algo divertido para fazer.
– Eu voto na Club! – Rô falou empolgada. Club é uma boate que ficava em Joinville, uma cidade de Santa Catarina não muito longe de Novo Horizonte.
– Eu prefiro um acampamento, um luau, uma fogueira, sei lá, uma coisa mais romântica... – Natália expôs.
– Ah! Também prefiro um acampamento! – Concordei. Nada mais perfeito que um fim de semana grudadinha no meu amor.
– Ah não! – Reclamou Apollo – Vou ter que concordar com essa daí essa vez. – disse apontando para Roberta que o olhou atravessado – Qual é a graça de se enfiar no mato para ver a cara de vocês? As mesmas que vejo todo dia?
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Novo Horizonte - AMOSTRA
Literatura FemininaNovo Horizonte foi o primeiro livro que eu escrevi, lá em meados de 2008. Escrevi e deixei engavetado, ou melhor, arquivado numa pasta do notebook. Um dia, decidi publicá-lo numa comunidade do orkut feita pra isso, e ele foi bem recebido. Mas apague...