13. tempestade

352 44 28
                                    







- Ei, princesa - gritou um dos homens enquanto vinham na minha direção.



Eu cerrei os punhos e afastei os pés, tentando recordar o que sabia sobre defesa pessoal. Vire a face externa da mão para cima, na esperança de quebrar o nariz. O dedo no globo ocular - tente enganchar e empurrar o olho para dentro. E a joelhada padrão na virilha, é claro. Eu provavelmente não teria chance contra eles, mas eu não iria cair sem levar alguém comigo.



Abruptamente, faróis apareceram na esquina, o carro quase batendo na calçada. Eu me lancei na rua, incerta se o carro iria parar ou me atropelar. No entanto, de forma inesperada, o carro fez uma curva brusca, derrapando os pneus, e parou com a porta do passageiro aberta a pouca distância de mim.




- Kate - a voz de Jasper era homicida.



Me lancei para dentro do carro, batendo a porta depois de entrar. Os pneus emitiram um som estridente enquanto ele virava para o norte, acelerando excessivamente rápido e lançando o carro em direção aos homens atordoados na rua. Observei os três homens se jogando na calçada enquanto o veículo se alinhava e acelerava em direção a rodovia.



- Você está bem? - perguntou ele, a voz dura.



- Estou - resmunguei com raiva de mim mesmo. Como pude ter esquecido essa parte da história? Como?



Jazz apertou o volante, mas não disse nada. Fiquei sentada ali em silêncio, observando seu rosto enquanto os olhos em brasa olhavam para a estrada. Depois de um tempo reparei que estávamos de volta a Forks.



- Eu tenho um compromisso - disse, minha irritação anterior cintilando na minha voz.



Jazz suspirou.



- Não tem mais. - ele acelerou o motor e os pneus cantaram no asfalto molhado. A chuva agora era uma tempestade.



- Não tenho mais? - A raiva corria em minhas veias. - Quem você pensa que é pra decidir qualquer coisa por mim?



- Você quer mesmo discutir isso agora? - A voz dele era ríspida.



- Quero! - eu explodi. - Porque, até onde eu sei, você não é nada meu. Você não toma decisões por mim. Então, me leve de volta até Port Angeles.



Ele fechou a cara para mim e eu fiz o mesmo. Eu podia sentir a raiva saindo dele em ondas de calor, e eu sabia que estava prestes a me queimar. O velocímetro do carro quase chegava a 180 quilômetros por hora.



- Não sou nada seu? - rugiu ele de frustração. Nunca ouvi sua voz tão alta; era ensurdecedora dentro do espaço do carro - Bom saber.



Jasper reduziu a velocidade do carro e, de repente, paramos cantando pneus no acostamento, de frente para a minha casa. Eu voei de encontro ao cinto de segurança e bati de costas no banco.



- Filho da puta - eu joguei uma das minhas sacolas nele - Me leve de volta.



Uma raiva obstinada brilhava naqueles olhos dourados.



- Não.



- Não? - eu ergui uma sobrancelha para ele - Acho que não ouvi direito.



- Não - Ele repetiu, saindo do carro. Em um piscar de olhos, ele estava ao meu lado, com a minha porta aberta: - Você vai entrar em casa, vai tomar um banho e depois vai para a cama.



lost in twilightOnde histórias criam vida. Descubra agora