16. animação suspensa

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Charlie estava jantando, enquanto eu, discretamente, observava seus movimentos, buscando a melhor maneira de abordar o assunto que me inquietava.




– O que fez hoje? – perguntou Charlie, arrancando-me de meus devaneios.



Hesitei por um momento, buscando as palavras certas.



– Nada de muito especial… – Meu pé direito batia nervosamente no chão, enquanto tentava manter a voz tranquila, apesar da agitação que sentia em meu estômago. – Passei a maior parte do dia na casa dos Cullen.



Ele largou o garfo sobre o prato.




– À casa do Dr. Cullen? – perguntou Charlie, visivelmente atordoado.




Tentei não demonstrar meu desconforto diante de sua reação.



– É.



Ele não pegou o garfo novamente, mantendo o olhar fixo em mim.




– O que foi fazer lá? – questionou, a preocupação evidente em sua voz.




– Eu… bem, eu meio que estou namorando o filho dele… – tentei dar um sorriso encorajador, na esperança de suavizar a notícia.




As palavras pareceram atingir Charlie como um choque. Seu rosto se contorceu em uma expressão de puro espanto, como se ele estivesse prestes a sofrer um aneurisma.



– Ele é velho demais para você – sua voz era carregada de desaprovação.



– Nós dois somos do mesmo ano – eu o corrigi, embora ele estivesse mais certo do que imaginava.



Charlie parou, suas sobrancelhas se franziram em confusão.



– Espere… Você não está namorando o grandalhão? – perguntou, claramente surpreso com a revelação.



– Não. – eu respirei fundo. – Emmett já tem namorada. Eu namoro com o irmão dele.



Charlie pareceu ponderar por um momento, então seu semblante se suavizou um pouco.



– Ah, bom, isso é melhor, eu acho. – Ele pegou o garfo novamente, e pude perceber que a tensão havia passado – Então, quando é que eu vou conhecer o Edwin?



–  Ed… o que? – soltei uma gargalhada. – Oh meu Deus! – Meu estômago se contorceu entre as risadas. – Edwin!




Charlie inclinou a cabeça para o lado, parecendo confuso.




– Você não namora o ruivo de topete? – perguntou.



Respirei fundo, tentando me controlar.



– Não, pai. – Eu me contorcia na cadeira, segurando a barriga. – Não namoro com o Edwin.



Charlie franziu o cenho, parecendo confuso.



– Então você namora com quem? – perguntou, impaciente.



– O irmão do Edwin – eu disse, enxugando uma lágrima do meu rosto – Jasper.




Charlie coçou a nuca, suas sobrancelhas se franziram enquanto ele pensava.




– Não me lembro desse – ele disse, parecendo confuso.



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