18. jogo de beisebol

228 33 6
                                    




Enquanto Charlie tomava banho, eu preparava o almoço. Em pouco tempo, estávamos sentados à mesa, comendo em silêncio. Charlie desfrutava da sua refeição, enquanto eu me perguntava desesperadamente como cumprir minha atribuição do dia.



- Vou sair com Jasper depois do almoço - disse, mexendo a comida no meu prato.



O rosto de Charlie se enrugou.



- Para onde vocês vão?



- Vamos jogar beisebol com a família dele.


- Você vai jogar beisebol? - ele ergueu uma sobrancelha para mim.



- Vou ficar assistindo a maior parte do tempo.



- Deve gostar mesmo desse rapaz - observou ele.


- Gosto bastante.



Ouvi o ronco de um motor na frente da casa. Levantei-me num salto e comecei a lavar os pratos.


- Deixe os pratos, posso cuidar deles hoje.


A campainha tocou e Charlie foi atender. Eu fiquei um passo atrás dele. Não percebi como estava chovendo lá fora. Jasper estava parado na varanda, parecendo um modelo de anúncio de capas de chuva.


- Então, soube que vai levar minha filha para ver um jogo de beisebol. - Charlie perguntou, cruzando os braços no peito.



- Sim, senhor, o plano é esse.



- Não chegue muito tarde, Kate.


- Não se preocupe, Charlie. Vou trazê-la para casa cedo - prometeu Jasper.



- Cuide da minha filha, está bem?



- Ela estará segura comigo, eu prometo, senhor.



Jaz pegou minha mão e me conduziu até o carro; instantaneamente, meu corpo relaxou e pude me envolver em uma onda de calmaria.



- Coloque o cinto de segurança - disse Jaz, abrindo a porta do carro para mim.



Enquanto Jasper seguia para o lado do motorista de forma natural, eu prendia o cinto de segurança.



- Seu coração está acelerado - ele disse, girando a chave e o motor rugiu. Nós nos afastamos da casa.



- Não é todo dia que vou caçar vampiros.



Jaz sorriu. Ele se inclinou para dar um beijo no alto da minha cabeça e depois segurou a minha mão esquerda.



- Vai ficar tudo bem, meu amor.



Jasper encontrou o caminho na escuridão e na tempestade, guiando-nos por uma estrada que mais parecia uma trilha montanhosa. A viagem foi silenciosa, no entanto, Jaz parecia se divertir, com um sorriso largo estampado no rosto durante todo o percurso.



Finalmente, chegamos ao fim da estrada. As árvores nos cercavam dos dois lados, formando muralhas verdes ao redor do carro. A chuva se transformara em um leve chuvisco, diminuindo a cada momento, enquanto o céu se abria entre as nuvens, revelando uma luz mais clara.



- Final da linha - murmurei, observando a trilha que teríamos que seguir a pé. - Se o plano não der certo, quero que saiba que eu te...



De repente, Jaz estava ao meu lado do carro. Ele começou a me soltar do cinto de segurança. Antes que eu pudesse reagir, ele me puxou para fora do carro e me colocou de pé no chão.



lost in twilightOnde histórias criam vida. Descubra agora