Capitulo 75 - Sem arrependimentos

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O apartamento do Henry ficava no Brooklyn, mas não era nem um pouco simples, na verdade era totalmente moderno e automatizado, como se eu tivesse entrado no ano 3.000 depois dos robôs terem dominado o mundo. Do lado de fora a construção era antiga, de pedra e sem muita vida. Mas o lado de dentro, era uma completa viagem ao futuro.

Assim que ele colocou seu polegar na fechadura, ela se abriu, e uma voz o deu boas vindas.

- Alexa, abrir as cortinas e ligar o aspirador. - Foi só o que precisou para que as persianas brancas subissem, deixando a luz do sol entrar. Ao lado da porta uma pequena e redonda máquina começou a passear pelo lugar, retirando toda poeira do chão.

A sua cozinha era integrada com a sala, o chão era em taco cinza escuro e o sofá branco parecia uma curva. A pedra da bancada tinha cor parecida com o cinza do chão e os móveis eram tão brancos quanto o sofá. Tudo ali era claro e impecavelmente limpo, ele quase não parecia ter móveis e objetos pessoais, o completo oposto da sua casa em Londres, que era cheia de pinturas e cores.

- É sua segunda personalidade? - Pergunto, adentrando à sala. - Não parece nada com o Henry de sobrenome nobre que conheci em Londres, que coleciona obras de arte.

Ele ri, fechando a porta logo depois de colocar suas malas para dentro.

- Aqui é o Henry longe do meu pai. Eu queria que Nova York fosse meu refúgio, onde eu pudesse esquecer que minha família é rica desde que o mundo é mundo.- Ele gargalha. - Eu amo que em Nova York ninguém liga para esses títulos inúteis.

- Então é porque você não conhece a elite de Manhattan... - Dou de ombros. - Mas eu gostei, a sua casa é linda! - Aponto para o quadro de um jogador de futebol americano na parede em frente ao sofá, entre as janelas. - Não sabia que torcia para os Jets...

- Parece justo, torcer para o time da casa.

- Parece... - Engulo o desconforto em minha garganta. - Mas eu conheço uma pessoa que vive em Nova York e não torce para os Jets. Só não sei se é comum acontecer algo desse tipo, eu nunca fui ligada em esportes.

- Ah é? - Ele ri - E ela torce pra quem?

- Patriots.

Henry revira seus olhos e deixa escapar um risinho sarcástico. A rivalidade entre os Patriots e os Jets era antiga e real, mas também era desfavorável para os jets, que não possuíam tantas vitórias quanto o seu rival.

- Qualquer pessoa que torce para um time tão podre quanto os patriots, tem o caráter duvidoso.

E ele não tava errado.

- Se animar, podemos assistir algum jogo... - Dou de ombros - Eu nunca fui em um estádio de futebol americano...

- Vamos fazer isso. - Sinto suas mãos deslizarem até o meu quadril, enquanto ele se grudava em minhas costas e deixava um beijo em meu pescoço. Um frio percorreu minha coluna e um suspiro baixo me escapou. Esqueci o que estava pensando, perdi a linha dos meus pensamentos, minha cabeça foi ocupada pelas lembranças de todas as vezes que ele começava as carícias com beijos no pescoço e sussurros em meu ouvido. - Mas agora, quero te apresentar meu quarto. Sabia que a minha cama vibra?

Dou uma risada baixa. Eu não duvidava que vibrasse, mas duvidava que ele fosse precisar dela para fazer o colchão tremer.

- Prefiro conhecer o chuveiro... - Viro-me de frente para seu corpo, entrelaçando meus braços em seu pescoço. - Nada de deitar na cama com a roupa suja!

- A minha ideia era deitar sem as roupas... - Aproxima as mãos do meu moletom, abrindo o ziper e encontrando minha regata fina por baixo. - Mas tudo bem, gosto da ideia do chuveiro!

A Estranha Cecília - Chris EvansOnde histórias criam vida. Descubra agora