capítulo 10

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Jasminy Tellie

Bato na porta do apartamento de solane  e o espero abrir, viro o pescoço para olhar o corredor de espera do apartamento, vejo que ao final do corredor tem um relógio de ponteiro na cor de sangue.

Não demora muito para que ouço os passoas largas de solane ecoar pelas entranhas da porta, vejo a maçaneta dar uma leve virada e se abrir.

Sinto o cheiro do seu perfume após míseros segundos que abre a porta não demora muito para que sua silhueta apareça.

Ele está com uma blusa preta colada ao corpo deixando a mostra seus bicipss, sua calça é preta e seu sapato é branco, uma boa combinação, seus acessórios são um colar de prata e um relógio.

Seus olhos mel brilham com a luz de fundo, mesmo que ele não seja o meu tipo ideal, ainda é incrivelmente lindo.

- aceita entrar na minha humilde morada querida?- sua voz rouca surge em meio a seus lábios, sua postura muda  dando espaço para eu entrar, passo por ele e entro naquele enorme casa com tons escuros, tudo ali combina com ele, ele soube escolher a palheta, preto e cinza são realmente a cores dele.

-sua casa é linda - digo olhando para as curtinhas em tons de cinza.

- Eu sei, eu sou bom em tudo! - ele se posiciona ao meu lado enquanto se exibe.

Não respondo-o, olho para o relógio na esquerda, realmente o único detalhe que mudou o quarto, foi aquele relógio.
Ele tinha uma cor puxada para o vinho, mas com toques frio, marrom predominava.

Ele me guia pela enorme sala de alguns metros. Sua cozinha é pequena em comparação a sala, chuto que no máximo caberia 10 pessoas dentro dela.

- por aqui - ele fala enquanto me conduz para a pequena mesa de 4 cadeiras no meio da cozinha, vejo flores, vinho, arroz e uma linda lasanha.

- uau - é realmente uma lasanha bonita, se for de carne, melhor ainda.

Ele solta um breve olhar orgulhoso, ele puxa a cadeira para que eu me sente. É realmente estranho presenciar isso nos dias de hoje.

- você quer realmente ser um cavalheiro? - falo enquanto olho para o pano de prato queimado a esquerda do balcão.

Acho que ele sofreu para fazer isso.

- claro, eu sou um desde quando eu nasci - seus lábios se formam em um breve sorriso, seus dentes brancos aparecem por um instante enquanto ele se senta na cadeira a minha frente.

Seus olhos encaram os meus, sinto que vejo através dele, sinto que ele é meio estranho.

Seus olhos desviam dos meus, sua mão se dirige para os pratos. Ele pega um para ele e um para mim.

- quer que eu coloco para você querida?-  seus olhos voltam para os meus, seu canto de boca abre um breve sorriso.

- sim - digo estendendo o prato para ele.

Ele pega uma breve colher de arroz e coloca no meu prato, depois pega uma faca e corta um pedaço da lasanha, ele pega uma generosa colher de lasanha e bota para mim.

Olho para ele enquanto esse breve gesto, consigo vê seus músculos de mão,  músculos de tanto digitar em um teclado. É engraçado vê sua veias saltando para cima.

- quer vinho?- sua voz rouca se direciona para mim novamente, sua postura se muda, seus ombros se erguem.

-sim- digo para ele com um só som.

Ele pega a garrafa de vinho branco, ergue para cima e despeja o vinho me minha taça.

Após esses pequenos atos, ele se serve, e me acompanha a comer.

Levo minhas mãos aos talheres, busco saber o gosto dessa comida, levo meu primeiro garfo a boca.

- realmente - digo após dar a segunda garfada.

- oq querida? - ele pergunta para mim bebendo o seu primeiro gole de vinho, consigo vê sua garganta subir em descer nesse pequeno gesto.

- você cozinha tão mal quanto eu canto - digo após engolir o segundo garfo com dois quilos de sal.

Ergo minha mão para pegar o vinho e bebo em um instante, desejo tirar aquele sal em excesso de minha boca.

Sua expressão muda, ele pega o primeiro garfo e engole lentamente, vejo engasgar com a comida.

Solto uma breve risada, acho que nem mesmo ele aguenta esse sal.

Seu rosto fica vermelho, suas mãos inquietas, e sua postura fica rígida, ele está com vergonha de ter errado a quantia de sal.

É realmente engraçado ver essa cena.

- eu... - sua voz trava.

- Eu criei um menino para me matar. - digo interrompendo o assunto da comida, ele realmente não iria conseguir dizer nada legal se não fosse por essa quebra de assunto.

Vejo seu leve rosado na bochecha sumir, sua expressão muda de vergonha para incredulidade.

- como assim? - sua voz sai séria como se estivesse falando com uma criança malcriada.

Dou de ombros, viro meu corpo para o relógio que está encima do balcão.

- ele queria me matar, ele tem 7 anos, então o mandei para a zona sul. Onde todos querem me matar - digo enquanto encaro o relógio, ele é igual ao relógio da parece, parece até que foi feito pela mesma pessoa.

Um silêncio icônico atingi o lugar, sua expressão passa de um incredulidade para um sorriso, seus olhos brilham, parece uma criança querendo um novo brinquedo.

- então você vai morrer? Interessante querida - sinto seus olhos fixarem meu pescoço. Viro o meu rosto para olhar para ele.

- não quero morrer, é ele que quer me matar, eu só o ensinei a como fazer isso. - digo para ele.

Pego minha taça de vinho e bebo um gole por vez, sinto seus olhos subirem entre minha boca e meu pescoço, parecia analisar cada movimento.

Levanto lentamente da cadeira, minha hora nesse jantar já deu.

- já vai?- ele pergunta para mim enquanto se levanta junto.

- não, nós vamos. - digo para ele enquanto saio da cozinha.

- para onde?- ele anda atrás de mim, como se fosse uma sombra. Viro meu rosto para ele e instantaneamente aponto para a porta, ele não fala mais nada, entende que é um sinal para sairmos daqui.

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E gente, há quanto tempo hein, oq acharam do capítulo, talvez amanhã tenha mais. É issooooo, deixa uma estrela por favoooooor.

Beijoooooo, patman

Demônio De Vermelho Onde histórias criam vida. Descubra agora