Se quiserem ouvir uma música, August, Taytay
Judah, de fato, não havia passado uma única noite na casinha.
Depois do que foi, sem a menor sombra de dúvidas, o melhor bolo que ela já havia comido, Judah se despediu, e, com uma mochila nas costas, saiu da vila.
A garantiu que ela estava segura ali.
Porque a segurança dela que estava em jogo, não o maluco indo para o meio de inimigos com poderes com uma mochila.
Qualquer preocupação que Betina tivesse foi dissipada no instante que Íris a encaminhou até a pequena biblioteca construída no quintal da casa.
E começou a falar.
Betina não sabia quantos anos ela tinha, mas ela parecia não apenas saber, mas conhecer tudo.
Íris contou histórias de que a avó dela contava a ela, sobre quando Évora, seus humanos e Povo de Pele Colorida conviviam em paz com os vindos do além do portal.
Falou de Sombras e Almas Bravas, forças antigas e encantamentos astutos.
Confidenciou sobre sua insatisfação com o mago que se auto intitulava Imperador, tinha mais séculos do que fios na cabeça e começava a avançar, lentamente, na direção da Évora Humana.
Betina passava manhãs, tardes e noites absorvendo todo o conhecimento dela, entendendo melhor aquele mundo, questionando-se quando finalmente falariam dos Elementos.
Mas nunca era abordado, e, sempre que Betina tentava perguntar, era atolada de dever de casa.
Betina jurava já estar ali há um mês, mas, naquela tarde, Nuvem havia falado que, agora que já havia completado uma semana, não havia nenhum sabor novo de bolo para Betina experimentar, porque bisa Íris sabia fazer sete.
Para a surpresa de Nuvem, Betina havia sugerido que se colocasse canela em um bolo, e o oitavo sabor foi criado.
Betina sentava na poltrona, tentando decifrar a letra no que parecia ser um uso antigo da Língua Comum.
Até onde ela havia entendido, eram sonhos.
Previsões?
Ela suspirou, folheando as páginas.
Franziu o cenho, aproximando a lamparina do papel.
Era um desenho, rascunhado em lápis.
Do lado esquerdo, mãos delicadas apertavam o cabo da espada com toda a coragem que pareciam possuir.
Do lado direito, em meio a uma tempestade, mãos fortes conjuravam ramos e cordões e ventos.
Ele parecia paralisar a força maligna, e ela parecia rasgá-lo.
E, juntos, ela com luz, e ele com fogo, faziam brilhar a escuridão entre eles.
Betina passou os dedos por cima da figura da espada.
Lúmina, era a espada que Judah havia lhe mostrado junto com a Safira que tentava brilhar em sua presença.
Aquela era a Lúmina.
Betina então tocou os cordões de vento, os ramos, a tempestade, Betina dedilhou o fogo.
Sem sombra de dúvidas, eram mãos humanas, usando os Elementos.
Todos os quatro.
Era um humano com controle completo.
Ela se levantou, descendo as escadas de dois em dois degraus enquanto continuava a fitar o desenho.
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A Canção da Penumbra
FantasyHá anos, a Terra está sendo assolada por as mais diversas desgraças: Pragas, fome, guerras, pandemias. E é assim que surge a Redenção, um grupo que promete paz, estabilidade e segurança para os povos, seduzindo multidões a acreditarem em seus prece...