CAPÍTULO VINTE E DOIS

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A SOGRA

   Quando Ricardo e eu saímos do quarto, já era pouco mais da uma da tarde. Esse insaciável me fodeu duas vezes desde que acordamos; meu corpo está pedindo arrego. Ele me deixou na sala de jantar, me colocando sentado em uma das cadeiras e saiu me dando um beijo na bochecha. Peguei meu celular e entrei nas minhas redes sociais; até agora não vi qual foi a recepção do público ao saber que vou me casar com Ricardo Bianchini. Como eu suspeitava, haviam pessoas que não estavam aceitando muito bem a notícia. A maioria dos comentários eram sobre a minha idade, dizendo que eu parecia ser de menor. Alguns outros falavam da minha aparência e que Ricardo deveria escolher alguém melhor.

   Fiquei surpreso de terem descoberto onde eu nasci e até mesmo algumas pessoas da minha cidade fofocando sobre mim. Alguns de meus antigos amigos, ao mesmo tempo que me defendiam, pareciam chateados por saberem da notícia por causa de uma página de fofoca. Com meu casamento sendo na Itália, boa parte das pessoas que eu conheço não vão poder comparecer. Alguns primos e outros parentes estão inclusos; não sei nem como meus pais vão participar. Eu sei que o casamento vai ser transmitido pelas redes sociais do Ricardo e da Nadia, mas eu não vou permitir que meus pais vejam assim.

   — Danilo, justamente quem eu estava procurando. — A voz animada de Nadia surgiu na sala de jantar. Olhei para a mulher, que arregalou os olhos por alguns segundos quando encarou meu rosto, mas ela rapidamente se recompôs. — Não vou nem comentar.

   — Dona Nadia, boa tarde.

   Sorri animado, e ela se sentou em seu lugar habitual. A mulher estava usando um longo vestido preto, mostrando um dos ombros e uma maquiagem bonita. Nadia estava segurando um tablet e o colocou à mesa. Estava tudo em italiano, mas pelo que vi, eram coisas de casamento.

   — Boa tarde, anjo. Preciso da sua opinião em relação ao casamento. — Até porque quem vai se casar sou eu. — Você prefere as toalhas de mesa da cor branca, creme, ou gelo?

   — Creme.

   — Ótimo, conhece vários tipos de flores?

   — Gerânio, por favor. — disse de imediato, a assustando um pouco. — Foi a flor do buquê da minha mãe.

   — Ela tem um ótimo gosto para flores, gerânio é uma das minhas preferidas. — Nadia me encarou com um grande sorriso. — Você e Ricardo ainda vão provar os ternos, mas o código de vestimenta dos convidados será para roupas escuras, okay?

   — Sim, mas por quê?

   Nadia me mostrou uma foto; era de uma mulher com algumas madrinhas de casamento. A noiva estava de branco, as madrinhas estavam usando vestidos da cor vinho. A noiva, que era muito parecida com Nadia, estava com o maior destaque entre todas.

   — Quando entrar no seu casamento, você será o grande destaque, assim como o Ricardo. Os noivos são os protagonistas desse dia, e eu vou garantir que todos estejam no código de vestimenta; caso contrário, nem mesmo passarão pelo portão.

   É muito bom saber que estou me dando bem com a minha futura sogra; pelo menos os pais do meu noivo gostam de mim.

   — Dona Nadia, como meus pais virão para o casamento? — A olhei esperançoso, enquanto a mulher me encarava.

   — Antes me responda uma coisa, Danilo. — ela me olhou fundo nos olhos, largando o sorriso para trás e ficando sombria. — Sua família sabe sobre o nosso trabalho?

   Engoli em seco. Meus pais jamais iriam me deixar chegar perto de Ricardo se souberem que ele vai se tornar um chefe de uma máfia.

   — Não, eles não sabem.

Meu Mafioso (Romance Gay) REVISADOOnde histórias criam vida. Descubra agora