Meu Mafioso (Romance Gay) REVISADO

CAPÍTULO TRINTA E UM

   É com muita emoção que eu anuncio que este é o penúltimo capítulo. Mas não se preocupem, tem mais surpresas depois do último capítulo. Tenham uma boa leitura.
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O INÍCIO DO FIM

   Descobrir que havia sido os gêmeos Castelli que sequestraram o Danilo diminuía bastante a minha lista de suspeitos. Eles eram conhecidos por serem reclusos, trabalhavam apenas com pessoas que eles conheciam bem. Já estávamos entrando no carro. V assumiu seu lugar no banco do motorista e Arthur se sentou ao meu lado. Meu cunhado parecia agitado; acho que a adrenalina ainda estava queimando em seu corpo. O carro deu partida e logo estávamos no caminho de saída do submundo. Eu não gosto de pensar nos horrores que o Danilo está sofrendo, mas espero que ele, pelo menos, coopere para não acabar se matando.

   — O que você descobriu? — A voz de V me tirou de meu devaneio.

   — Dante ouviu que Nicolas e Nicolau estavam comemorando um sequestro. Não é certeza que eles estão falando do Danilo, mas é algo para se observar.

   — Você está pensando o mesmo que eu? — V me encarou pelo espelho.

   — Sim. — soltei um longo suspiro cansado.

   — Eu posso saber disso ou vocês vão continuar fazendo mistério? — perguntou Arthur.

   — Os gêmeos, Nicolas e Nicolau, não são de ter muitas amizades e conexões. Geralmente são apenas os dois e alguém com quem estão transando.

   — E você conhece essa pessoa?

   — Infelizmente, sim.

   — Quem é?

   — A última pessoa que eu sei, e tive certeza de saber, foi meu ex, Leonardo. — Arthur arqueou as sobrancelhas. — Não sei se eles ainda estão juntos, mas essa é a única ligação entre todos nós.

   — Quer me dizer que meu irmão pode ter sido sequestrado por um ex seu? — concordei com a cabeça. — E eu achando que isso só acontecia em novelas.

   — Minha vida é uma grande novela, e possivelmente estamos nos capítulos finais. Temos que achar o Danilo e garantir que tenhamos um final bom.

***

   Quando chegamos na mansão, a visão que tive foi de surpresa. Meus pais e meus sogros estavam conversando na sala de estar. Mia mamma e dona Vanuza tomavam algo que parecia ser chá, enquanto mio padre e seu Baltazar tomavam café. Fico feliz que eles estejam se dando bem; acho que assim a mãe de Danilo fique mais propensa a me perdoar pelas mentiras que contei. Entretanto, não tive tempo de reação quando mia sorella, Lidia, me pegou pelo braço e me puxou até a sala de estar. Ouvi V e Arthur nos seguindo, mas estava preocupada com ela.

   — Lidia, o que aconteceu? — perguntei, assustado.

   — Preciso confessar algo que eu fiz e algo que eu acho que sei.

   — Filha, está tudo bem?

   — Sim, padre, digo, não. Olha, eu vou ser direta e acabar logo com isso. Fui eu quem colocou veneno na comida do Danilo aquela vez. — Encarei mia sorella em confusão. Eu sei que ela não é a maior fã do meu noivo, mas isso?

   — Envenenaram meu filho? — perguntou dona Vanuza, colocando a xícara no pires.

   — Foi uma dose pequena, apenas para assustá-lo e fazê-lo correr de volta para o Brasil. Mas, tudo o que eu consegui foi deixá-lo irritado e mio fratello paranoico.