he is your boyfriend?

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Olívia Giaffone Barrichello.

Bahrein, 3 de março de 2023.

—Drugooooo! — grito, aliviada ao avistar meu amigo na entrada da garagem da Aston Martin.

—Livieee! Parece que faz uma eternidade desde a última vez que nos vimos. — Drugovich me envolve em um abraço caloroso.

—Exagerado. Faz apenas três ou quatro semanas. — rebate, rindo da dramaticidade dele.

—Estou tentando aprender a arte do drama contigo, minha tifosi favorita. E aí, como tem sido o trabalho? — ele pergunta, interessado.

—Bem, estava indo tudo maravilhosamente até cerca de duas horas atrás, quando tive um contratempo com o Leclerc durante uma entrevista. Quase desandou tudo. — confesso, sentindo os olhos marejarem novamente.

—Ah, Liv, não deixa ninguém te abalar. Você é excelente no que faz. — Felipe oferece palavras de conforto.

—Estou me recuperando, Drugo. Foi só um incidente, vou me certificar de que não se repita. — digo, enxugando as lágrimas e forçando um sorriso. — E você, já está de saída para o hotel?

— Sim, estava prestes a ir. Que tal irmos juntos? — ele sugere, jogando a mochila sobre o ombro.

— Seria perfeito. — concordo, grata pela companhia e pelo apoio.

No trajeto para o hotel, Drugovich e eu decidimos fazer uma parada em uma pizzaria local, aproveitando a oportunidade para desfrutar de um momento juntos, distantes do caos do paddock. Entre fatias de pizza, nossa conversa fluiu naturalmente, abordando temas que iam desde nossas raízes no Brasil até o orgulho que sentíamos pela trajetória de cada um de nossos irmãos. O mais valioso desses momentos era a autenticidade e o conforto que a presença dele me proporcionava; com Drugovich, eu podia ser simplesmente eu mesma, sem filtros ou preocupações sobre possíveis julgamentos.

A simplicidade de estar ao lado dele, compartilhando histórias e risadas sem nenhum tipo de pretensão, era um lembrete do que realmente importava. Ali, distantes milhares de quilômetros do lugar onde nossas histórias começaram, eu e meu amigo de infância nos reencontrávamos, celebrando não apenas nossas conquistas, mas também a amizade que nos unia. Era um pedacinho de casa, um sopro de normalidade e alegria, em um canto qualquer do mundo que, por algumas horas, se tornou nosso.

Quando cheguei ao meu quarto de hotel, decido que é um bom momento para ligar conversar um pouco com meu irmão Dudu, então tomo um banho e me deito na cama.

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—Oi, Olie! Eu já estava pegando o celular para te ligar. — meu irmão diz com empolgação.

— Tô com saudades, Du. — desabafo e as lágrimas que tanto segurei durante o dia, descem sem parar.

— Eu também estou com saudade, Olie. Mas você não chora por saudade, então o que acha de me contar o que aconteceu? — ele me analisa curiosamente.

—Acho que eu sou um fracasso, Dudu. Talvez eu devesse voltar para Miami e conseguir um estágio por lá mesmo.

— O que? Que ideia é essa, Olívia? Você está vivendo seu sonho. — Ele tenta me consolar.

— Talvez eu tenha me precipitado.

— Não seja boba! Quem te falou essas besteiras? — sua feição muda para raiva.

— Eu tive um problema com um colega de trabalho. E foi culpa minha, Du. — as lágrimas escorrem.

— Essas coisas acontecem, você não pode ficar se martirizando.

Bright Red || Charles LeclercOnde histórias criam vida. Descubra agora