Se eu já achei emocionante a viagem de carro até aqui, com eu amarrada e sem partes das minhas roupas, estar agora em um belo vestido e subindo na garupa de uma moto completamente solta e fazendo tudo pela minha própria vontade também não ficou para trás no quesito emoções.
Na verdade, a aventura já começou no momento em que ele me leva até a garagem, e em vez de pararmos na frente de algum carro chique -talvez o mesmo que tivesse me trazido ate aqui- ele para bem na frente de uma máquina de duas rodas, brilhante, cromada, provavelmente de alguma marca que não é desse país. Não entendo nada de marcas, modelos, cilindros ou coisa parecida, mas eu sei reconhecer uma bela moto.Uma coisa que eu não sabia era como subir nela. Acho que a última vez eu subi em uma moto...na verdade, eu nem mesmo me lembro se alguma vez subi em uma moto.
Mas isso não é um problema, vi crepúsculo, esquadrão suicida e encontro explosivo, além de diversos outros filmes de pessoas pilotando motos. Agora só me testar torcer que minha exposição a mídias digitais tenha sido um bom professor.Ele coloca o capacete na cabeça e me entrega um logo depois.
-Que bom que depois de tudo isso, você ainda se preocupa com segurança.
Eu coloco o capacete e ele sobe na moto, eu me preparo pra subir atrás dele quando ele me para.
Ele não diz nada, a princípio, só coloca uma das mãos perto de mais do pescoço, e quando eu estou prestes a me afastar ele fala
-Não se mecha. - E eu ouço um barulho de algo encaixando e sinto uma cordinha ser apartada na altura do meu queixo. Além disso, de repente o capacete fica mais firme na minha cabeça. - Não sabe colocar um capacete pra andar de moto? Achei que fosse do tipo que gostasse de adrenalina.
-Isso é ridículo. Só por que eu não sei colocar um capacete não é um motivo pra tirar onda com a minha cara.
A sua mão continua perto do meu queixo e do meu pescoço, ele sobe os dedos e acaricia de leve a minha pele exposta, proximo da onde seria o pomo de Adão. Seus dedos deslizam na minha pele, de cima pra baixo em uma carícia suave, e então descem até próximo da minha clavícula de uma forma hipnótica. Eu me perco na maneira que isso acontece e não me preocupo em afasta-lo, mas ele enfim faz isso sozinho.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Casa dos Horrores
RomanceEra pra ser um dia ótimo, apenas uma ida ao parque com seu namorado pra comemorar o tempo de namoro, como diabos tudo foi dar tão errado? As coisas na vida de Cassy já não iam bem a tempos, tendo um irmão viciado e diversos outros problemas pra lid...