CAPÍTULO 26

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Quando as pessoas vão descrever como é sensações de sofrimento, agonias, medos, ou qualquer reação a uma situação desesperadora, a maioria delas vai acabar usando palavras como afogar

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Quando as pessoas vão descrever como é sensações de sofrimento, agonias, medos, ou qualquer reação a uma situação desesperadora, a maioria delas vai acabar usando palavras como afogar. É uma comparação simples, é direta e totalmente descritiva a essas situações. Elas vão falar do desespero, da luta, do peso dos pulmões enquanto se é arrastado pela agua e em certos casos, até a paz momentânea ao pensamento de morte quando se observa as bolhas na agua acima, subindo e subindo. O sol refletido na agua que brilha como se fosse parte do céu.

É definitivamente uma descrição muito boa, mas eu tenho uma nova proposta:

Imagine um medonho e assustador  alienígena (digo alienígena por que no fim de tudo a sensação é uma sensação alienígena) e não falo de alienígena tipo Avatar. Eu quero dizer alienígena tipo Alien o filme. 

É como ver um Alien desse, e sentir a sua língua esponjosa e esguia, tão gelada que chega a queimar entrando dentro de sua garganta.  Aquela sensação horrível vai descendo cada vez mais fundo, até que antes que você perceba, seus órgãos, sua pele e até mesmo seus ossos está se esfarelando por dentro, tremendo e sendo coberto pela gosma fria e espeça da agonia e do temor. É tarde de mais pra você vomitar aquilo, então está se engasgando. Não há vislumbre de paz, não há visões arrebatadoras, no fim tem só você mesma e seu interior vazio, cheio só da sua própria agonia e aflição.

Eu me sinto perto agora dessa sensação, meu coração batendo acelerado enquanto espero nesse tai parado no sinal vermelho sem poder fazer nada pra chegar mais rápido. 

Não é como se isso não tivesse acontecido antes, pois não é nem um pouco novidade meu irmão se meter em problemas, mas é sempre aquela velha história de sempre esperar que aquela vez seja sempre a ultima vez. Nunca foi a ultima vez. 

A noite é bem clara, o céu está limpo e não está tarde, então eu vejo pela janela as pessoas andando pela calçada, seja voltando do trabalho ou indo pro trabalho (pras que tem o azar de trabalhar de noite), ou até as que vão se divertir e ficar de bobeira. 

Eu tento me distrair e pensar em outra coisa, mas aquela aflição ainda está lá.

Eu tinha encontrado um  taxi vago, mas a que custo? Enquanto corrida desesperada pela rua contando quanto tinha me sobrado do meu dinheiro de emergência que sempre deixo atrás da minha capinha, isso somado com a estupidez de atravessar a rua correndo no sinal vermelho, meu querido celular acaba caindo no chão bem no meio da faixa de pedestre, e eu mal tenho tempo de forçar meu corpo a tentar voltar pra resgatar ele quando um carro simplesmente passa por cima. Parece que tudo foi pra nada, mas agora não consigo parar e me lastimar, ou mesmo pensar nas consequências disso.

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