CAPÍTULO 29

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Gentinha linda, desculpa o capítulo curto, estou postando com esse comprimento mesmo pra vocês não ficarem mais um dia sem capítulo novo <3 mas já estou trabalhando em mais capítulos e vou postar mais rapidinho o próximo pra vocês não sofrerem mai...

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Gentinha linda, desculpa o capítulo curto, estou postando com esse comprimento mesmo pra vocês não ficarem mais um dia sem capítulo novo <3 mas já estou trabalhando em mais capítulos e vou postar mais rapidinho o próximo pra vocês não sofrerem mais ok? Muito obrigada pelo apoio <3

Gentinha linda, desculpa o capítulo curto, estou postando com esse comprimento mesmo pra vocês não ficarem mais um dia sem capítulo novo <3 mas já estou trabalhando em mais capítulos e vou postar mais rapidinho o próximo pra vocês não sofrerem mai...

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Horas antes...

A noite geralmente é de causar medo nos que não estão acostumados com ela. Em certo ponto, até nos que estão. Aqueles menos inibidos que gostam sempre de tomar um bom banho quente e dormir cedo. Os que não gostam de lidar com as consequências que você pode ter, ao ficar acordado até às 3 da manhã. Por que sempre vem com consequências, sempre.
Acontece que, mesmo que você seja uma dessas pessoas que vai pra cama cedo, se você prestar bastante atenção, em quase todas as histórias não é você que está indo até o mostro, mas ele que está indo até você.
Na sua casa, nos seus pesadelos, de baixo de suas camas ou dentro do seu guarda roupa. Se a intenção era manter as pessoas afastadas da noite, ninguém deveria ter falado sobre esses monstros, mas dos outros monstros, os reais. Aqueles que se escondem nos becos, de esgueiram pelas vielas e se alimentam só do pavor que causam.
Eu já me acostumei com esses monstros. Quando se passa bem mais horas acordado do que deveria e faz disso um hábito, você se acostuma com quase tudo.

É noite, uma dessas noites em que os monstros estão a solta, e eu estou mais perto deles do que já estive. Não estou  mais olhando para o medidor de velocidade da moto, nem para o relógio.
Instalar um rastreador no celular dela parecia simplesmente uma ótima ideia se esse monstro aqui quisesse manter ela perto de mim, mas acontece que não foi.
Eu deveria ter colocado rastreador no vestido, no cabelo, droga! Até mesmo dentro da calcinha eu teria colocado (e a teria feito usar uma) se eu soubesse que ela iria fugir, e logo depois desaparecer no ar como fumaça.

Se eu soubesse que a porra do rastreador iria simplesmente parar de funcionar, com a merda do último sinal apontando a metros do restaurante no meio de uma rua qualquer. Eu não estaria agora nesse desespero, nessa raiva e nesse arrependimento de não ter sido mais precavido, correndo de um lado pro outro e só esbarrando com a droga de becos sem saída.
É claro que a primeira coisa que eu fiz foi ir na casa dela, mas não tinha ninguem lá, nem um maldito sinal. E agora? Procurar em cada porra de hospital? Fazer ligações?
Mas que merda! Eu duvido que ela tivesse tido suspeitas do rastreador (ela gosta de me subestimar), então, o que aconteceu??

É noite, é uma daquelas noites e ela pode estar em qualquer lugar, e eu vou falar com cada maldito bicho papão dessa cidade até encontrar o que eu estou procurando.

É noite, é uma daquelas noites e ela pode estar em qualquer lugar, e eu vou falar com cada maldito bicho papão dessa cidade até encontrar o que eu estou procurando

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Atualmente

Eu desço as escadas me sentindo em um filme de terror, e desço muito devagar como se um passo em falso fosse me desmontar toda, e talvez desmontasse mesmo. Antes de chegar no último degrau eu já ouço mais um barulho alto, dessa vez o som inconfundível de algo caindo no chão, e logo depois uma serie de xingamentos de uma voz que eu conheço muito bem. Eu endireito a postura antes cautelosa e desconfiada, e desço sentindo alívio correndo em minhas veias. Isso não dirá mundo, até eu pisar no último degrau e olhar em direção a cozinha. Eu sinto essa sensação se evaporando de mim e dando lugar a outra coisa.

David está acordado, a cozinha está de pernas pro ar, agora mais bagunçada do que quando eu subi pra me deitar, com algumas panelas no chão, um vaso de plantas derrubado no canto e o copo quebrado de ontem a noite a noite continua ali. ele olha pra mim quando a tábua em baixo dos meus pés faz barulho, mas seus olhos me são estranhos.

Ele está bem machucado, com um dos olhos bem inchados e outras marcas e arranhões visíveis pelo rosto, mas ele não parece nem aí pra nada disso, nem pra mais nada na verdade. Eu não tinha reparado no que ele tinha nas mãos ou o que ele tinha posto em cima da bancada já pia, mas quando vejo ele se abaixar e por aquele canudinho improvisado no nariz dele, e um pozinho branco que quase me parou o coração quando eu reparei, desaparecer em um passe de magica, eu entro em desespero.

-DAVID! O QUE PORRA VOCÊ ESTA FAZENDO? - eu chego muito rápido aonde ele está, mais rápido do que eu achei que poderia, e retiro aquilo da mão dele enquanto o empurro mais longe que eu achei que teria forças. Ele parece demorar pra processar a minha presença ali.
Bêbado eu sabia que ele estava, considerando que onde eu fui encontrar ele ontem foi em um bar, mas isso? Isso é demais. Quero chorar, quero gritar, mas agora a raiva e o rancor é a primeira coisa que me vem na cabeça.

-QUE PORRA VOCÊ ESTA FAZENDO? VOCÊ PROMETEU QUE NAO FARIA ISSO, E O SEU EMPREGO? E A PORRA DO EMPREGO QUE VOCE TINHA CONSEGUIDO? E A SUA VIDA? EU ACHEI QUE VOCE TINHA SAIDO DESSE TUNEL DE MERDA E AGORA VOCÊ ME APARECE AQUI COM ISSO??

Eu empurro ele mais uma vez, mas evito olhar em seus olhos, pois sei que se eu olhar pra eles agora vou ver alguma coisa que nao quero reconhecer, alguma coisa que se alimenta de toda essa dor, e adora isso. Essa coisa alcoolizada e cheia de substâncias horríveis que fazem ele se transformar totalmente em algo que eu já vi algumas vezes mas sempre acho que vai ser a última.

- O QUE VOCE PENSA QUE ESTA FAZENDO - Ele grita, e me empurra de volta, sua voz também diferente. - EMPREGO? O QUE VOCÊ ACHA QUE ACONTECEU SUA PUTA??! É OBVIO QUE EU FUI DEMITIDO NO SEGUNDO DIA. NEM TODO MUNDO TEM A MESMA SORTE QUE VOCÊ.

-ISSO NÃO É DESCULPA PRA VOCE VOLTAR PRA ESSAS MERDAS, VOCÊ DISSE QUE ESTAVA LIMPO, VAI SÓ JOGAR A SUA VIDA FORA DESSE JEITO?? - MAS QUE VIDA? - Ele me corta e me empurra mais uma vez, dessa vez eu caio no chão, e eu sinto as consequências de não ter limpado os cacos de vidro da noite passada quando alguns entram na minhas mãos. - VOCÊ ACHA MESMO QUE EU ESTAVA LIMPO? EM ALGUM MOMENTO DESSA VIDA MISERÁVEL? - Ele vem na minha direção, os punhos fechados em sinal de raiva clara, realçada como se um demônio tivesse tomado posse do seu corpo, as veias dilatadas dando ainda mais a sua impressão. O medo que eu senti agora é diferente do medo que eu tinha sentido noite passada, eu reconheço isso, mas os dois são sensações muito próximas.
É impossível não olhar nos olhos dele quando ele me ameaça com seus passos firmes e seus punhos fechados, com a voz estridente cheia de raiva e toda esse fúria. Eu olho e é muito ruim, mas ver aquilo nele me dá forças pra levantar, mesmo com cacos ainda presos na minha mão.

Assim que eu consigo me por de pé ele está na minha frente me dando um tapa com força, e eu cambaleio pra trás mais uma vez.

-SUA MIMADINHA DO CARALHO, VOCÊ AQUI NA PORRA DO CONFORTO ENQUANTO A MERDA DO SEU IRMÃO MAIS VELHO TA COMENDO O PÃO QUE O DIABO AMASSOU DEPOIS DE TER VIVIDO UMA VERSAO PIOR DA MESMA VIDA DE RATO QUE TROUXE A GENTE AQUI... VOCÊ ACHA MESMO QUE MERECE TODA ESSA MERDA??

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⏰ Última atualização: Oct 07 ⏰

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