━━ 𖥔 ִ ་ ،𝟬𝟳. 𝗡𝗼𝘀𝘀𝗮 𝘂́𝗹𝘁𝗶𝗺𝗮 𝗯𝗮𝘁𝗮𝗹𝗵𝗮.

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𝗡𝗢𝗧𝗔 𝗗𝗘 𝗘𝗫𝗧𝗥𝗘𝗠𝗔 𝗜𝗠𝗣𝗢𝗥𝗧𝗔𝗡𝗖𝗜𝗔: O conteúdo a seguir contém cenas envolvendo sangue e ferimentos graves/abertos. Caso haja algum tipo de sensibilidade, recomendo que pule diretamente para os parágrafos finais para evitar qualquer desconforto ao ler.
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━━ Upper Yard, Jardim Superior de Skypiea ; Memórias...
ᘡElisabette, Anjo da Morte. ❪O ponto de vista Dela❫

Era a terceira vez que eu sangrava pelas minhas partes íntimas naquele ano. Eu não sabia o que fazer sempre que isso acontecia e tinha vergonha de falar sobre isso com o meu pai. Tudo o que me restava era deitar na minha cama e chorar em silêncio, esperando que a dor em meu ventre aliviasse. Minhas mãos tremiam, meu corpo estava fraco e suor frio escorria pela minha testa enquanto tudo dentro de mim parecia revirar, como se o próprio diabo estivesse esmurrando o meu colo.

Em momentos como aquele, eu sentia uma vontade absurda e imensa de estar agarrada à minha mãe porque, de alguma forma, eu sentia que somente ela poderia me consolar em momentos assim, mesmo sem sequer lembrar como ela era ou como nós éramos quando estávamos juntas.

Deitada na minha cama, completamente devastada pela dor e com os olhos inundados de lágrimas silenciosas, eu sentia que ia morrer se aquilo não passasse. No entanto, eu sabia que passaria, mas que voltaria no próximo mês. Eu não entendia o porquê, nem se era normal e, se realmente era, por que isso significava que agora eu era uma mulher? No espelho, eu via o reflexo de uma menina... por que meu pai insistia com essa ideia? Eu estava confusa e ele não me explicava nada que, de fato, fosse me ajudar.

Sem avisos, Enel adentrou o meu quarto com sua habitual expressão de desinteresse e, assim que viu o estado em que eu estava, ele franziu o cenho.

Era constrangedor para mim sempre que ele me encontrava chorando e me encarava daquele jeito. Rapidamente enxugava minhas lágrimas e sentava com a postura ereta na cama, esboçando um sorriso trêmulo direcionado ao papai, porém sentindo meus olhos me trair e derramar lágrimas pelo desconforto que sentia sempre que sangrava por dias durante o mês.

- Pare de chorar, você não é mais criança. Você é uma mulher. - ele disse com a voz ríspida e um olhar severo, repreendendo-me por deixar minhas emoções extravasarem de forma "infantil".

Desde aquela primeira vez em que ouvi que eu não era mais criança e que não deveria chorar, nunca mais chorei. Não importa o quão triste eu estivesse, o quão irritada ou a dor que eu estivesse sentindo, dos meus olhos não saía uma lágrima sequer. Nem mesmo quando eu gargalhava, eu chorava; apenas sentia a vontade de deixá-las rolar, entretanto não me permitia.

. · . · . · . · . ߷ ୭̥⋆

━━ Arquipélago Sabaody, Grand Line ; próximo a Red Line.
Atualmente.

O tal Rayleigh disse que iria retirar a coleira de Camie-chan e isso foi o suficiente para nos deixar em estado de alerta em relação àquela ideia que - pelo menos até então - parecia extremamente perigosa e arriscada para a vida da sereia. Não consegui ver com meus próprios olhos, mas o relato de Brook sobre ter visto um escravo ter sua cabeça explodida ao tentar arrancar a coleira à força de seu pescoço me deixou atordoada e preocupada com minha amiga.

ㅤ꯭୶ ㅤ Ꮺ 𝐂𝐀𝐋𝐋 𝐎𝐅 𝐒𝐈𝐋𝐄𝐍𝐂𝐄: ᨳ͜͡ 𝐓𝗋𝖺𝖿𝖺𝗅𝗀𝖺𝗋 𝐋𝖺𝗐 !ㅤ 🏴‍☠️⋆🕊Onde histórias criam vida. Descubra agora