ENTRELACE

Capítulo 4

Oie, eu disse que voltava logo né?

Uma atualização dupla pra um sábado a noite tá bom pra vcs?

Esse capítulo tem uma musica que vai permear ele, então pode dar play ai pra melhorar a experiência. Aqui vão ser esclarecidas algumas duvidas de vocês, mas não todas se não a historia acaba rápido e ainda tem muita agua pra rolar, eu sei que pareceu um pouco confuso nos capítulos anteriores, mas tenham fé que tudo vai ser entendido logo logo, de brinde vem uma atualização dupla porque hoje o gerente endoidou kkkkkk e os meus divertidamente tão colocando fogo na sala de controle, então não se acostumem, aproveitem!

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Alguns anos atrás...

Kelvin parava sua bicicleta na frente da casa dos La Selva, entrou pela varanda e quando abriu a porta tomou um susto ao perceber a bagunça que estava a sala e ao encontrar Petra muito nervosa.

— O que aconteceu? - olhava em volta assustado

— Ramiro, em menos de 24 horas em casa e ele já brigou com o papai, gritou com a mamãe e quebrou o nariz do Caio. - respondeu chorosa

— Onde tá sua mãe e o seu pai? 

— Mamãe tá no quarto tentando se acalmar e meu pai foi com o Caio pro hospital, eu tô subindo pro quarto ver como ela tá.

— Tudo bem, vou buscar a vassoura e tentar dar um jeito aqui.

Petra subiu as escadas e Kelvin foi até a cozinha em busca de algo que pudesse colocar todo vidro quebrado, até escutar alguém do lado de fora, olhou pela porta e percebeu Ramiro sentado de costas pra casa. O jovem foi em direção a ele, sentou num banco a certa distância do homem, assim teria a chance de fugir se precisasse. Viu ao lado do banco dele, algumas garrafas de cerveja vazias, ele deveria estar um pouco alto mas não parecia bêbado.

Observou o preto, guardando na memória todos os detalhes possíveis, os ombros largos, os braços fortes, o cabelo escuro e encaracolado, os olhos igualmente escuros e muito expressivos, a barba cheia e os lábios grossos, onde não deixou de notar um pequeno machucado e um hematoma abaixo do seu olho esquerdo, Caio levou a pior mas ainda assim deixou sua marca.

— Você tá atrasado pro show, se tivesse chegado uns 30 minutos atrás teria visto — notou o desgosto em sua voz, apesar dela ser agradável.

— Quer me contar o que houve? — o menor tentou soar amigável.

— Não era pra ser assim -- o maior respondeu nervoso.

— Eles te amam, não falavam de outra coisa.

— O filho adotado e problemático voltando pra casa.

— Sua mãe estava muito feliz por isso, até me convidou pro jantar.

— Ela não é minha mãe, talvez tenha te chamado porque achou que eu precisava de um anjo de olhos castanhos como protetor — Ramiro já havia reparado em Kelvin e em como ele parecia um anjo — desculpe por estragar o jantar — o mais velho levou a mão machucada a coxa de Kelvin.

O mais novo colocou sua mão em cima da de Ramiro, percebendo os machucados e em como ele parecia absorver o toque. Quando Ramiro tirou a mão e Kelvin sentiu a sensação de vazio que seu toque deixou.

— A lua tá subindo — olhou pro céu — caminha comigo? - o mais alto falou levantando do lugar e estendendo a mão pro menor.

Kelvin pareceu hesitar, mas sabia que Ramiro não lhe faria mal algum e era possivelmente a última oportunidade de ter ele tão aberto assim. Ramiro pegou uma manta no banco ao lado e ainda segurando a mão de Kelvin, saíram caminhando.