Capítulo 21

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Esse capitulo tá de um jeito que eu nem vou falar muito aqui, vejo vcs lá embaixo!

Ah, tem +18 ;)
Aproveitem!

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Dois dias haviam se passado com Kelvin sendo muito bem cuidado pela família de Ramiro e o próprio preto que não saia de perto de si. O dia seguinte marcava sua viagem de volta pra São Paulo, de volta pra sua realidade e distante da bolha que viveu com Ramiro e apesar do atentado de Felipe, a sua casa, eles sempre teriam Nova Primavera. Após o jantar, Antônio avisou que fumaria um charuto do lado de fora da casa e chamou o filho pra que o acompanhasse.

— Pequetito, eu vou com meu pai lá fora, coloca roupas quentes e quando todo mundo for dormir eu tenho uma surpresa pra você, vou até o quarto te buscar tá?

— Roupas quentes? Pra onde a gente vai uma hora dessas Rams?

— Espera sua surpresa – deixou um beijo em sua testa e depois em seus lábios – roupas quentes, até já.

Ramiro deixou mais um beijo nos lábios de Kelvin e saiu junto com o pai para a parte de fora da casa, o ruivo subiu os degraus até o quarto ansioso, vestiu uma calça de moletom, uma camiseta preta e pegou o moletom verde de Ramiro, que já não era mais dele a um bom tempo. Kelvin já estava quase cochilando quando sentiu o espaço ao seu lado ceder com o peso do corpo de Ramiro.

— Eu vim te buscar, mas você tava tão lindo dormindo que fiquei com dó de acordar – Ramiro falou sentindo o cheiro do cabelo ruivo.

— Eu só cochilei, você demorou, vamos logo.

— Calma, demorei porque tava procurando uma coisa. Todo mundo já foi dormir, então temos que sair sem fazer barulho, tá?

— Me sinto um adolescente fugindo de casa pra namorar – o ruivo riu.

Ramiro riu e o coração acelerou brevemente com o que Kelvin falou sobre "namorar", porque era exatamente o que o professor queria, namorar aquele ruivinho por quem era apaixonado a anos acreditando que o tinha perdido, sabia que queria passar o resto da vida com ele, mas ainda tinham pendências pra resolver e daria um passo de cada vez, para serem felizes.

Desceram os degraus tentando não fazer barulho, quando estavam fora da casa, Ramiro puxou o capuz do moletom cobrindo a cabeça de Kelvin que sorriu, pegou uma cesta de vime e uma manta que pairava em cima da cadeira e mostrou ao ruivo que arregalou os olhos.

— É aquele?

— Eu acho que é sim, mas trouxe mais um, não sei se você vai tá aquecido suficientemente.

A noite estava mais fria e escura, e como se o tempo não tivesse passado desde que o ruivo segurou sua mão e saíram em direção ao rio, aquele rio, o rio deles. Kelvin suspirou pesadamente e seu peito parecia uma escola de samba. Ramiro percebeu o aperto da sua mão e viu que algo estava errado.

— O que foi Pequetito? Tá com dor no pé?

— Não, tá tudo bem.

— Dá pra ver que você tá nervoso, fala comigo amor?

Ramiro soltou sua mão e rodeou sua cintura trazendo-o pra mais perto.

— É que da última vez que estivemos aqui, eu acordei sozinho e perdido. Você tem que me prometer que não vai me deixar aqui sozinho.

Ramiro parou de caminhar e segurou em ambos os lados do rosto alvo, olhando profundamente em seus olhos.

— Eu não vou deixar você Kelvin, você não faz ideia do quanto é importante pra mim e eu não consigo sequer imaginar um dia te perder – o tom de voz de Ramiro era firme, mas tenso — Se por algum motivo a gente se separar, espera por mim, eu vou te encontrar, eu prometo.

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