Capítulo 7

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Mais uma contribuição com o @projetoautoras pra fazer o  clip de Te Esquecer crescer cada dia mais! Veio ai os 210k e vamos rumo a muito mais, porque o Diego merece!

Esse ta curtinho, mas vai explicar algumas coisas sobre o Ramiro, tenham paciência com meu filho, ele é só um bebê kkkkkkk

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Kelvin se pegava lembrando da noite no Naintanday, de como em certos momentos parecia que Ramiro se lembrava de quem ele era, acreditou que naquela noite ele poderia lembrar mas isso não aconteceu o deixando frustrado e cansado, duvidando até mesmo se a noite do rio não havia sido um sonho, por que não era possível que só ele tenha memórias daquela noite, mas também não queria forçar o mais velho a lembrar, que ele fizesse isso por si mesmo.

Kelvin era uma pessoa boa, merecia que a vida lhe fosse gentil e não forçada, o professor Ramiro não é o mesmo Ramiro de Nova Primavera pelo qual se apaixonou aquela noite, sabia que havia algo muito mais profundo para ele ter se tornado tão frio assim, mas não seria a pessoa que o força a ver aquilo que ele não queria enxergar.

Logo, sua campainha tocou tirando o ruivo dos seus devaneios, Petra estava de malas prontas pra voltar pra casa, mas queria conhecer o apartamento do amigo. O ruivo abriu a porta com um sorriso e braços abertos para um abraço, logo que se soltaram a menina olhou em volta captando todos os detalhes possíveis do ambiente.

— Ramiro tinha razão, você fez o melhor possível pra deixar esse lugar com cara de lar, e tá bonitinho bem a sua cara - ela sorria

— Ah eu fiz mesmo, claro que pra quem mora sozinho e vive de bolsa de estudos por enquanto, falta bastante coisa, mas eu gosto do meu cantinho - falou orgulhoso - vamo tomar um café?

— Claro, e você me conta tudo já que eu vou embora amanhã e a gente mal colocou o papo em dia - a mulher falou interessada.

Conversavam amenidades enquanto o ruivo preparava o café e separava as xícaras e alguns potinhos com biscoito além do bolo que comprou sabendo que a amiga iria visitá-lo. Logo estavam os dois sentados a mesa com as duas xícaras fumegantes com o líquido escuro, tomando um café da tarde com um Kelvin muito feliz e uma Petra sorridente contando todas as novidades sobre o novo namorado que se chamava Hélio.

— Amigo, antes de ir embora eu preciso te contar uma coisa sobre o Ramiro.

— Amiga, prefiro não saber, ele é meu professor, melhor a gente fingir que nem se conhece, vai por mim - falou frustrado.

— Ele me disse a mesma coisa, acredita? Mas eu não vou te falar isso como aluno do meu irmão e sim como meu amigo - falou nervosa — Você sabe como o Ramiro foi adotado pelos meus pais? – ela perguntou vendo o amigo negar com a cabeça.

— Não, quando conheci vocês ele já era do ensino médio – falou lembrando do mais velho na escola.

— Então, quando ele tinha 9 anos, ele foi até a sede do grupo La Selva, pedir pro meu pai arranjar um emprego pra ele, segundo o que meu pai contou, ele falou que a mãe dele estava muito doente, ela parecia uma pessoa muito humilde mas não estava em condições de se cuidar e cuidar do Ramiro, e ele queria que o meu pai desse um emprego pra ele porque ele queria ajudar ela, tão novinho e já queria assumir uma responsabilidade dessas.

— Nossa, ele foi atrás disso sem ninguém mandar?

— Pois é, meu pai ficou muito mexido com a situação dos dois, foi até a casa que eles moravam e conversou com a mulher, disse a ela que acolheria o menino e ajudariam os dois como pudessem, mas que não faria ele trabalhar e minha mãe também não concordava que ele trabalhasse tão novo assim, ele era uma criança, prometeram a ela que dariam a ele a chance de estudar e se tornar alguém na vida, mas poucos dias depois que meus pais começaram a ajudá-los, o telefone de casa tocou tarde da noite, era Ramiro desesperado, dizendo que a mãe dele tava passando mal e não conseguia ajudar ela, meu pai correu até a casa deles, mas quando chegou ela já tinha partido, ela tava caída no chão e ele tava deitado com ela chorando – a mais nova marejou os olhos.

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