Capítulo 22

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Ainda não bateu a 00h então ainda é Bday da Robertinha !!!

Amorzinho, que felicidade a minha ter você na minha vida, seja imensamente feliz, te amo ❤️ 

Como prometido, atualização vem de presente, espero que gostem!

Boa leitura!

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Kelvin acordou agitado, suando frio e com falta de ar, se sentou rapidamente na cama, levando um momento para recuperar a respiração frenética e percebeu que estava sozinho no quarto de Ramiro e não embaixo de Felipe. Foi só um pesadelo... Só um pesadelo, você tá seguro. Foi o que conseguiu pensar, até que a porta se abriu e Ramiro o viu com o olhar assustado.

— Pequetito? – o preto chamou e viu ele estender os braços pra si até que foi de encontro a ele. — Ei, eu tô aqui, você tá seguro, eu só fui beber um pouco de água.

Kelvin se agarrou ao namorado, segurando forte o tecido da sua camiseta, sentindo as mãos tão apertadas que sentia as juntas rígidas, mas voltou a respirar melhor de acordo com o movimento que o preto fazia em suas costas e afrouxou o aperto das mãos.

— Tá tudo bem amor? – Ramiro perguntou.

— Eu tive um pesadelo. – Kelvin suspirou

— Quer falar sobre isso? – o preto perguntou trazendo o ruivo pro seu peito deitando na cama.

— Não.

Ramiro o apertou num abraço e beijou seus cabelos, mostrando que entendia e que estaria disposto a ouvir se ele quisesse falar.

— Você tá seguro, ele não vai chegar perto de você nunca mais – Ramiro falou e sentiu a camiseta molhar pela lágrima que escorreu do ruivo — Eu vou te cuidar e te proteger, tá bom?

Kelvin assentiu com a cabeça e enxugou o rosto.

— Obrigado Rams.

Foi nesse espaço de paz e segurança que Kelvin percebeu que Ramiro já havia compartilhado consigo dores do seu passado, cansado de guardar sentimentos tão difíceis dentro de si, já que nunca partilhou com ninguém decidiu que era hora de por pra fora.

— Eu o conheci no primeiro ano da faculdade em Campo Grande, eu cursava artes cênicas e ele direito. Ele era engraçado e agradável e começamos uma boa amizade. No natal ele apareceu na minha casa de surpresa com um ursinho de pelúcia e um livro de artes, claro que o que eu gostava de artes vinha de você, do que eu sabia de você, mas eu já tinha me conformado que talvez eu nunca mais te visse e decidi seguir em frente. Nós ficamos por alguns meses, daí ele me pediu em namoro e me levou pra conhecer seus pais, e eu lembro do olhar de desprezo que o pai dele me deu.

Ramiro sentiu o corpo esquentar pela raiva, ainda se culpava por não ter voltado pro seu pequetito depois da noite do rio, poderia ter evitado que o ruivo passasse por isso.

— Mas algo mudou com o tempo. Ele começou a falar mal da minha graduação, que eu não teria futuro aqui no Mato Grosso do Sul, que eu deveria investir em outra carreira. Eu dava aulas no curso noturno pra adultos e ele falava que isso era perda de tempo, que papagaio velho não aprende a falar.

Ramiro rolou os olhos.

— Depois começou a falar das minhas roupas e do meu cabelo, e eu tentava compensar evitando algumas roupas, não passando maquiagem e a Petra ficava uma fera com isso, dizia que ele era possessivo e tóxico, até que ele começou a implicar com a nossa amizade e eu me afastei porque queria evitar conflitos. Até que um dia nós discutimos feio e ele veio pra cima de mim.

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⏰ Última atualização: Oct 19 ⏰

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