CAPÍTULO 8

148 17 13
                                    


Condominium Fresh Air, Fresno, CA - September 2 , 2018. 09:29 AM.

— Ana, pode tirar esse pé gelado das minhas costas? - Maiara tentou se afastar daquele toque, mas Ana não tirou seu pé.
— O pé quente fica do outro lado. Você está quentinha, Maih.

— Nem por isso você pode colocar ele em mim. Da próxima vez você dorme no seu quarto.

— Não sou a mulher elástica para deitar lá na minha cama e te fazer cafuné até dormir aqui, coisa de outro mundo.

— Acordar com esse seu pé gelado me faz pensar se quero cafuné para dormir. Agora tira.

— Já tirei, vou colocar ele no seu travesseiro.

— Vou trocar as fronhas mais tarde. - Se virou para Ana, que tinha seus olhos fechados. - Como foi o sonho com a Camila? Ela é casada, Ana.

— Eu não sonhei com a Camila. - Abriu seus olhando, dando de cara com um sorriso brincalhão de Maiara.

— Sonhou sim, Ana! Te ouvi mandando ela rebolar nos seus dedos com força. Eu estava ouvindo uma rádio novela pornográfica de graça. Que nojo, Ana.

— Que feio, Maiara. Ficou excitada?

— Que? Claro que não. Por que sempre acha que tudo me excita?

— Porque eu sei que sim. Se eu passar minhas unhas nas suas costas quentinha, você se rende já de pernas abertas.

— Nunca. - Maiara pulou para fora da cama sem jeito, ouvindo Ana rir. - Você não conseguiria me excitar, querida.

— Meu bem, eu excito quem eu quiser, ninguém resiste ao meu charme. Deita aqui e vai ver. E como sou sua amiga, não vou te deixar na vontade. Quando o Sulkin voltar, você não estará mais precisando de sexo.

— Não são nem dez da manhã. Para de falar em excitação, sexo e Gregory. Eu vou tomar o meu banho e você vai fazer o nosso café da manhã.

Ana bufou o mais alto que conseguiu. Saiu da cama com uma carranca enorme, passou em seu quarto para fazer sua higiene, colocou uma blusa qualquer por cima do pijama e desceu indo direto para cozinha. Bufando sem parar.

— Pra que fazer se posso comprar? - Sorrindo, ela foi até a sala para pegar uma das chaves dos carros, não achando nenhuma. - Três chaves. Três carros. Cadê essas merdas quando se precisa? Eu não vou ir andando de jeito nenhum.

Perder as chaves era com ela mesmo. A chave do carro de Gregory deveria estar no quarto. Do seu próprio carro deveria estar no carro da Maiara e a chave do carro da Maiara deveria estar em algum canto da sala, mas onde ela tinha colocado quando voltou da casa dos Pereira? Não sabia.

O jeito era fazer o café da manhã ou ir andando. As duas opções eram péssimas. Pensando assim, Ana foi até o lado de fora para ver se algum dos três carros estavam abertos e xingou todos por estarem fechados.

— Nossa. - Ana se virou, vendo Thiago fechar a porta de seu carro. - E eu pensando que estaria mais calma.

— Estou calma como chá de  maracugina, loirinho. - Thiago riu, mas sabia que ela estava querendo alguma coisa. - Me desculpa ser intrometida, mas você vai aonde?

— Eu estava indo tomar café da manhã em uma cafeteria. Quer ir junto?

— Você sempre vai tomar café sem camiseta? - Deu uma bela olhada na parte expostas de seu corpo, deixando o homem parcialmente vermelho.

— Não, tive um incidente com uma garrafinha de shake e como Aria esqueceu o uniforme, já aproveitei para tomar um banho. Geralmente eu vou até a cafeteria sem camisa e coloco antes de entrar. Quer ir tomar café da manhã comigo?

Mais Que Vingança Onde histórias criam vida. Descubra agora