06- decisões

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  No momento me encontro nos corredores da base, estou procurando a sala do Price, acabei me esquecendo das coordenadas que ele me passou.
  Depois de alguns minutos rodando a base igual uma tonta, finalmente acho a sala de Price e bato na porta esperando permissão para entrar.

Permissão concedida.

  Entro na sala e encontro Price falando com uma mulher Loira, aparentemente uns 5 centímetros mais baixa que eu e anda com uma prancheta na mão. Ela sai logo em seguida da minha chegada, passa ao meu lado com a cabeça baixa e andando rápido, ela apertava a prancheta contra o corpo, perecia com..medo?

—Scar! que bom que veio, eu já ia atrás de você.—Price dizia meio sem graça.

—Oque deu nela? e oque deu em você também?— Pergunto confusa, não entendo o porquê de Price estar sem graça.

  Price coça a nuca envergonhado antes de começar a falar.
—Bom.. ela trabalha aqui, e como você sabe da sua reputação... ela disse que você não poderia ficar aqui, porque você é perigosa.
Mas é claro que eu disse que essa decisão não era dela, e ela simplesmente se demitiu, "eu prefiro ficar desempregada a ficar no mesmo ambiente que ela" foi oque ela disse.—Price mal termina de falar e eu começo a rir.

—Não sabia que eu tinha uma reputação tão ruim assim.

—Sabe, não é qualquer um que mata mais de 200 homens em uma noite, e sem ajuda ainda.— Price fala enquanto cruza os braços, nós dois estávamos rindo.— Mas enfim, podemos fazer a reunião agora?

   Apenas afirmo com a cabeça e me sento com os braços cruzados enquanto espero ele pegar o notebook.
  Ele se senta ao meu lado com o notebook e o coloca sobre a mesa, alguns minutos se passam e a Laswell finalmente aparece na tela do computador.

—Olá Scar, como está?—Diz com um sorriso gentil.

—Estou melhor. Como vamos resolver essa situação?—Pergunto sem delongas. Laswell suspira antes de falar.

—Bom, eu estava conversando com Price e acho que o melhor será que você se junte ao esquadrão 141. Vocês podem trabalhar juntos até essa missão acabar, oque acha?—Ela diz e eu cruzo os braços e encosto as costas na cadeira enquanto penso.

caralho hein.

  Ambos fizeram cara de confuso, afinal eu estava falando português, língua da qual eles não entendem.

—Tudo bem. Já podemos encerrar por aqui.—Digo e me levanto, escuto um ronco vindo da minha barriga e me lembro que não como nada desde ontem.—Price, será que pode me levar até o refeitório? estou com muita fome.

—Hum, claro.—Price desliga o notebook e me acompanha até o refeitório.

  No refeitório havia diversas mesas com diversos militares, mas tinha uma mesa que só tinha os membros do 141, Price me entrega uma bandeja com alimentos e me guia até a mesa. Quando chegamos na mesa os homens já estavam conversando e comendo.

—[...] aí eu simplesmente caí. —Soap disse e os homens começaram a gargalhar, o homem do moicano colocou sua mão sobre a barriga enquanto se curvava sobre a mesa.

  Price se senta na mesa e faz um gesto com a cabeça indicando para que eu me sente também. Assim que eu me sento na mesa, 2 soldados se levantam abruptamente enquanto me encaram e se retiram da mesa. Um pequeno sorriso escapa dos meu lábios, amo a reputação que tenho, gosto de ver medo no olhar das pessoas, quero que saibam que não podem mexer comigo.

— Por favor, não ligue pra eles, é sobre oque eu disse mais cedo, sobre sua reputação...— Price tenta amenizar o clima depois do silêncio desconfortável que ficou no lugar.

— Tá tudo bem.

  Depois de alguns minutos a conversa começou a fluir novamente e percebi que Soap é bastante sociável e não para de falar, eu estava ficando incomodada com tanto falatório e estava quase me retirando da mesa quando ouvi meu nome sair de sua boca.

— Scar, ficará conosco permanentemente?— Soap disse parecendo estar totalmente animado com a ideia de eu fazer parte de sua equipe. — Bom, fiquei sabendo que você teve uma reunião hoje sobre essa pauta e fiquei curioso.

  Olhei na direção de Price perguntando pelo olhar se eu deveria dizer ou não, ele acenou com a cabeça então comecei.

— Não, não irei ficar permanentemente. — Consegui ver sua cara de desapontamento. — Ficarei até a missão terminar.— Disse e me retirei da mesa indo até a lixeira, eu não comi nada, não queria tirar a máscara perto deles, revelar minha identidade agora não é necessário, pode ser útil mais tarde.

[...]

  No dia seguinte, já de manhã, por volta das 07:00, tomo um banho gelado e saio enrolada na toalha, vou em direção a minha mala pegar minhas roupas, ainda não recebi um uniforme. Escuto batidas fortes na porta e praguejo baixinho, não posso atender a porta assim, seria antiquado.

— Espere um pouco!— Falo alto para que a pessoa do lado de fora escute.

   Escuto mais batidas furiosas na porta enquanto colocava a calcinha, sutiã e a balaclava.

— Espera porra.—  Já começo a me estressar, a pessoa vem no meu quarto me perturbar e ainda quer arrombar minha porta? termino de colocar a calça e jogo um casaco por cima do sutiã, pego minha arma e coloco nas minhas costas enquanto seguro, por precaução. Abro um pouco a porta e vejo Ghost.

— Sua mãe, por um acaso, faz portas?— Perguntei em um tom debochado.

— Como é?— Ele pergunta com autoridade.

— Não sabe esperar? Estava me trocando.— Digo ácida mais uma vez.

— Da pra ver.— Ele diz enquanto baixa o olhar pro meu colo, onde eu me lembro que não fechei o casaco. Rapidamente eu fecho o zíper.

— Deveria olhar nos olhos das pessoas enquanto fala com ela, é mais educado. O que você quer?

  Ele estende a mão com uma sacola de roupas, provavelmente meu uniforme.

— Você tem que participar dos nossos treinos enquanto estiver aqui, use essa roupa. E prenda seus cabelos.

  Bufo e murmuro um "era só o que me faltava, até no meu cabelo quer mandar" enquanto fechava a porta, mas um movimento rápido de Ghost me impediu.

— Acho melhor você começar a me obedecer e me dar respeito, sou seu superior, não quero gracinhas!— Ghost praticamente grita na minha cara.

— Não, eu não vou te obedecer, sabe por quê? Por que você não é meu superior porra nenhuma, eu não trabalho PRA vocês, eu trabalho COM vocês, se quer que isso funcione é melhor que entenda isso. E respeito não se dá, se conquista.—  Fecho a porta na sua cara e escuto de fundo ele gritando que tenho 20 minutos pra ficar pronta. Reviro os olhos e começo a me arrumar.

  Eu sei que não estou totalmente certa nessa discussão, bom, eu estou acostumada a trabalhar sozinha, também não gosto que mandem em mim e nem que me faltem com respeito, mas vamos entrar em um consenso, esse cara quase arrombou minha porta! Não estou totalmente errada né?

  Escuto batidas na porta novamente e já estava pronta pra xingar o Ghost assim que abrisse a porta quando...

— Ah, Gaz? O que faz aqui?






                     

                             ⛓️⛓️⛓️⛓️
 

  VOLTEI AMORES!!!

deixem eu me explicar, eu estava sem celular durante todo esse tempo, comprei um hoje e já estou atualizando a fanfic, confesso que estava com saudades. Estou cheia de inspiração, só falta passar para o papel.


bjao amores 🤍🌸

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