No mundo celestial, uma deusa (criadora de tudo e de todos), acaba tendo uma filha que não foi planejada, mas que por puro instinto maternal, decide não se livrar dela. Acontece que, no cenário que tem um mundo cheio de divindades e um mundo de huma...
Ao contrário dos bebês para os humanos, os bebês do Ahuza não nascem enquanto a deusa não decidir quando o bebê deve nascer. Parece estranho, mas nenhum outro ser divino tem a capacidade de controlar a procriação como Alohim tem, e por tal habilidade, ela conseguiu dar a luz a sua filha depois de 10 anos, quando já estava estabelecida. Tinha um casamento com um deus perfeitamente educado e poderoso, havia casado Jane com Ray depois de tanto insistirem, havia esquecido Liam e finalmente a vida parecia ser mais simples naquele momento. Viveram anos desse modo, anos sempre felizes por conviverem uns com os outros de modo descontraído e alegre, mas não demorou muito para que as coisas começassem a desandar. No aniversário de 125 anos da nossa querida Celine, filha de Alohim gerada diretamente de seu ventre, todas as florines deviam servir e preparar a aniversariante e o aniversário com boa vontade. Entretanto, obviamente Aimé não se sentiria confortável com esse tipo de situação, visto que antes era a servida, e hoje em dia, é a que serve. Acontece que, com a ajuda do marido de Alohim, Aimé agora era movida a magia. Todo tipo de movimento que ela dava era a força de uma magia poderosa feita especificamente para ajudar ela nas atividades do dia a dia. Essa força controlava as rachaduras que surgiam com os anos seguintes no corpinho quebradiço de Aimé, fazendo todas colarem umas nas outras como cola. Apesar de todos os esforços para garantir o bem estar de Aimé, ela não gostava disso. Ela preferia quando tinha atenção da deusa 24h ao invés de prestar homenagem a Celine. Bom, Millie havia dividido as tarefas entre as florines (que a cada vários anos cresciam as quantidades, e a esse ponto, estamos falando de 70 florines), e nossa querida Aimé havia ficado com a preparação dos alimentos junto com Jane, que mesmo depois de ter se casado, estava servindo fielmente Alohim. — Jane, estou cansada. Vamos dar uma pausa. — Aimé disse, desatando o laço do avental e deixando o traje sobre o balcão da cozinha. Jane deu de ombros e largou a bandeja com vários tipos de docinhos coloridos sobre o balcão. Elas ficaram em um silêncio constrangedor durante um bom tempo, se olhando esperando que uma dissesse algo para a outra, até Aimé finalmente dar o primeiro passo. — Jane, eu tenho um plano. — Eu não vou colocar ácido no shampoo da Celine, não vou cortar os vestidos preciosos de Alohim, não vou... — Jane foi interrompida. — Não, Jane. Quer dizer, esse plano envolve a Celine, mas é que... — Não, Aimé, agora você vai me ouvir. — Jane firmou a voz, se aproximando de Aimé que estava a uns 5 passos distante. — Eu não vou planejar algo contra a Celine. Ela me deu o melhor presente de casamento de todos, me ajuda a cozinhar para o meu marido, convenceu a Alohim a me deixar gerar filhos... Ela é uma dádiva! Inclusive, eu entendo que você se sinta mal por não ser mais a favorita de Alohim, mas todos em Ahuza sabem que Celine é a única atualmente que pode contrariar Alohim e sair ilesa. — Jane apontou seu dedo indicador no rosto de Aimé nas últimas frases com os olhos arregalados. Ela estava cansada de obedecer as maldades de Aimé. Nossa Aimé por outro lado, sentiu que, pela primeira vez, alguém conseguiu colocar ela no seu cantinho. Ela se sentiu abalada pelas palavras de Jane, tanto que nem conseguiu dizer nada. Esperou Jane se retirar da cozinha batendo os pés, para finalmente respirar fundo raivosa e se retirar da cozinha quase que imediatamente.
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Celine estava em seu quarto, elegante em um belo vestido que fazia todas as florines a sua volta terem inveja. Felizmente, Jane sempre quis o bem de Celine, mesmo que várias florines não gostasse dela por ter que servir. Algumas outras florines até gostavam de Celine, mas não tinham um enorme carinho por ela. Enfim, Celine tocou seu vestido, acariciando o tecido dele e tocando carinhosamente seu busto enquanto se olhava no espelho admirada. Ela pensou "nossa, finalmente estou quase sendo uma mulher!", dando um sorrisinho orgulhoso disso. — Alteza, gostaria de mais brilho no busto? — Jane disse, mostrando o pequeno potinho com glitter. — Muito obrigada, Jane! — Celine deu um sorriso imenso e agradecido, logo pegando em mãos aquele potinho e colocando uma quantidade moderada no busto. Havia umas duas florines cuidando de alguns detalhes do seu vestido, como costurando ou colocando alguns detalhes mais bonitos.
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Repentinamente, é possível ver uma áurea dourada, brilhosa e mágica surgindo ao lado de Celine, o que fez ela dar um pequeno pulo de susto ao ver aquilo. Essa áurea começou a tomar forma, desenhando o corpo de Alohim, o que significava que a mesma havia transportado para ver sua filhinha com o vestido de alta costura feito exclusivamente para ela. — Mãe, não me assuste assim... — Celine disse ofegante, tentando controlar sua respiração. As outras florines já estavam acostumadas com a aparição repentina de Alohim, então nem se importaram, mas acharam melhor dar um pouco de privacidade para a mãe e a filha, e por isso, se curvaram a rainha como sempre e se retiraram carregando alguns tecidos e materiais de corte e costura. Jane foi a única que não pôde sair, pois algo estava lhe incomodando. Ela tinha vários pensamentos intrusivos e todos eles eram referentes a sua irmã, Aimé, que claramente estava aprontando algo contra Celine. Jane sabia que ela poderia se dar mal, até porque ninguém ousa chegar perto de Celine sem permissão de Alohim, e isso já era bem óbvio. — Jane, querida, algum problema? — Alohim citou, depois que se sentou em um banquinho que tinha por perto. Celine se sentou ao lado de sua mãe sabendo que elas iriam ter uma boa conversa, mas como isso fazia ela ficar entediada, ela deu um longo suspiro cansada. Jane não respondeu, porque se ela dissesse alguma coisa, iria sair a verdade. Ela não queria ser fofoqueira e espalhar algo sobre sua irmã sem saber o que realmente poderia estar acontecendo, então ela preferiu apenas se curvar novamente e se retirar do local quase correndo carregando alguns cabides que estavam jogados no chão durante a arrumação de Celine. — Bom, agora que só estamos eu e você, precisamos falar sobre algo importante. — Alohim ignorou o fato de Jane estar estranha e se virou para dar atenção a Celine. — Eu também quero falar algo sério, mãe!