Capítulo 1

21 7 2
                                        

Em um lugar onde os humanos só enxergam a parte superficial e azul, onde os pássaros voam, onde existem várias mitologias que enxergam como o futuro paraíso dos mortos, habitam seres e divindades poderosas que facilmente acabariam com a terra. Embora os humanos nunca tenham visto esses seres e nem mesmo ouvido falar, tais criaturas controlam o equilibrio da terra e do universo. Essas divindades estão sempre ocupadas cuidando dos seres vivos e dos elementos que compõem a terra, e tem sido assim a bilhões de anos, enquanto os seres criavam sistemas de hierarquia entre eles e passavam essa tradição de geração e geração, até chegar em Alohim, a maior divindade de todos os tempos. Essa mulher havia sido fruto de uma relação entre os seus pais, que antes controlavam tudo e todos, e agora que já haviam virado uma espécie de fumaça mágica incolor envolvida com brilho resplandecente  (essa é a morte dos divinos), tudo estava nas mãos de Alohim. Mesmo que ela fosse considerada poderosa por ser a dona de tudo, ainda que seus pais estivessem no comando, ela continuaria sendo a mais forte e poderosa de todas as criaturas. O destino quis assim, e ninguém poderia mudar isso. 
- "Mas que fartura, senhorita! Preparou um banquete mesmo sem saber se viríamos... Que grande honra!" - Uma voz infantil e doce ecoava dentro da casa típica das divindades, que se um humano visse, ficaria exuberantemente apaixonado. A arquitetura da casa era incrível: Uma casa ampla, com visão do céu rosado (por ser de tarde e estar presenciando o pôr do sol) e algumas nuvens soltas, poucos móveis como pequenas coisinhas que estavam nos cantos do cômodo como se ninguém fosse utilizar, um sofá longo e vermelho, e na enorme janela que estava uma paisagem linda de encantar qualquer ser mortal ou imortal.

 A arquitetura da casa era incrível: Uma casa ampla, com visão do céu rosado (por ser de tarde e estar presenciando o pôr do sol) e algumas nuvens soltas, poucos móveis como pequenas coisinhas que estavam nos cantos do cômodo como se ninguém fosse...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Sentada no sofá, estava Alohim, tentando disfarçar a sua vontade de dar uma risada da irmã, Ana, que estava tentando aprender a atuar para um teatro infantil que Alohim estava organizando a pouco tempo. A deusa estava sentada com as pernas cruzadas, uma em cima da outra, apoiando seu queixo na sua mão que estava sobre o braço do sofá. 

                                                        (vestidinho que a Alohim estava usando)

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

                                                        (vestidinho que a Alohim estava usando)

- Estou indo bem? - A pequenina abaixou o pequeno panfleto azul que tinha seu roteiro, tentando focar no olhar de Alohim. A deusa apenas assentiu positivamente com a cabeça, dando um sorriso simpático vendo o esforço da irmã. 
- Estarei continuando, então. - A irmãzinha deu um sorriso com a resposta e logo voltou a ler sua parte novamente, mais entretida com o roteiro. De repente, é possível ouvir passos distantes do outro lado da imensa porta dourada, embora parecessem se aproximar cada vez mais. Era Millie, conselheira\assistente de Alohim, que geralmente vinha até ela com más notícias e sempre com aquele barulho estrondoso que as portas faziam. Millie se aproximava de Alohim com passos rígidos, até ficar de frente para a mesma e fazer uma breve reverência enquanto dizia "Divina" como um robô. Alohim, sem tirar sua atenção da irmã, disse:

- Sim? - Dizia, atenta aos passos de sua irmã e ainda sorrindo bobo pela conquista dela.
- Um homem destruiu aquele seu presente. - A postura de Millie era sempre muito frígida e formal.
- Um homem? O meu homem? - Alohim arregalou os olhos, agora encarando Millie de maneira indignada.
- Suponho que não seja mais o seu homem, Divina. Ele está com um casamento marcado para a próxima semana com uma humana que mora em outra região um pouco distante da dele.
- Como ele ousa? - Alohim começou a ficar ofegante de tanta ansiedade com todas essas informações. Era muito pra ela, mesmo que fosse uma deusa poderosa e que tivesse milhões de anos, nunca havia amado alguém tanto como amou aquele humano em especifico. Se levantou bruscamente do sofá que estava sentada, não deu adeus para sua irmã porque a raiva havia feito ela esquecer disso, e apenas se guiou até as portas, onde não se deu o trabalho de tocar as mesmas para se abrirem, utilizando seus poderes psíquicos, abriu sem nenhum toque. Millie acompanhava ela, quase correndo porque era pequena, enquanto Alohim era gigante. Era genética da mesma. A tal irmã de Alohim apenas acompanhou toda a discussão de ambas sem entender, até que fossem embora, fazendo ela dar de ombros e continuar sua atuação.


Existia um homem especial que fazia o coração de Alohim se trancar para todos os outros deuses e divindades que pediam sua mão em casamento. Eram vários pretendentes, cada um mais poderoso que o outro, mas quando conheceu Liam, se apaixonou imediatamente. Ambos se conheceram quando Alohim havia acabado de participar de uma reunião com os seres mais importantes do Ahuza (o lugar que as divindades moram) para que pudessem ser cultuados pelos humanos e serem reconhecidos por todas as grandezas que fizeram, como uma espécie de "direitos autorais". Assim que todos concordaram, Alohim por ser a mais poderosa, foi a que deu inicio. Alertou a todos os humanos de todo o mundo no céu que deveriam criar templos glorificando tais divindades e principalmente ela própria. Liam tinha devoção em Alohim, e claro, seus esforços foram reconhecidos pela deusa. No início, quando poucas pessoas ainda estavam se acostumando a essa idéia de cultuar deuses, ela visitava cada um e conversava com eles, instruindo o que deveriam fazer. Com Liam não foi diferente, a única diferença era que, de alguma forma esquisita, Liam era apaixonado pela deusa de maneira exagerada. Uma vez, ele havia feito cortes profundos em todo o seu corpo porque havia cometido um fasca (conhecido como pecado na religião dele), e em seguida, passou meses no templo pedindo perdão para a deusa. Alguns dos parentes dele diziam que ele fazia isso para chamar atenção da deusa, outros apenas tentavam ser iguais a ele e participar de diversas situações constrangedoras e doloridas que ele passou, mas não conseguiam.

DesejadaOnde histórias criam vida. Descubra agora