Capítulo 4

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- Me pergunto o que eu poderia fazer para te ajudar... Parece tão triste! - Aimé estava sentada ao lado de Celine no chão coberto de grama. Ela era uma ótima atriz, fingiu estar abalada com os comportamentos deprimentes de Celine.
- Aimé, antes de eu nascer, a mamãe te controlava muito? - Celine estava olhando para Aimé com as sobrancelhas franzidas de preocupação.
- Sim, mas não se preocupe. Um dia, você vai amadurecer e ter uma sabedoria gigantesca que vai te garantir sua independência. - Aimé levou sua mão discretamente até um bolsinho que tinha no seu vestido. Celine, por outro lado, desviou seu olhar para o seu reflexo novamente, refletindo calada e pensativa. Aimé deu um sorriso descarado, aproveitando para se levantar do chão, ficando atrás de Celine. Fez um cafuné em Celine, o qual a fez dar um suspiro aliviada pelo carinho que não estava tendo a um bom tempo. Não demorou muito para quer Aimé fechasse seus olhos e firmasse seus dedos no couro cabeludo de Celine, e isso fez a cabeça de Celine doer repentinamente. Aimé continuou fazendo pressão na cabeça de Celine enquanto ditava algumas palavras estranhas e inaudíveis por estar sussurrando. Celine questionou o comportamento de Aimé, preocupada se isso teria sido algum tipo de obra de sua mãe ou algo do tipo. Celine era muito ingênua para perceber que Aimé nunca gostou dela, mesmo que Aimé já tivesse jogado comida nas suas roupas, tivesse roubado seus acessórios de cabelo, destruísse seus instrumentos musicais... Nada disso fazia Celine odiar Aimé. Na verdade, Celine nem mesmo sabia o que era ódio, apenas medo. Medo de estar se metendo com pessoas cruéis como sua mãe sempre diz, mas como se identifica pessoas cruéis?
- Aimé, o que está fazendo? - Celine arregalou seus olhos, usando suas mãos para retirar a mão de Aimé, mas Aimé, com sua outra mão, retirou uma adaga afiada e levou até a garganta de Celine, o que fez Celine se aquietar apavorada e engolir a seco.

- Leve esses docinhos para longe daqui

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- Leve esses docinhos para longe daqui. Celine detesta esse sabor... Como é mesmo o nome? - Alohim ditou, sentada no seu trono enriquecido com bastante ouro nobre e detalhes com pedrinhas de diamante, além disso, estava com as pernas cruzadas e em sua frente estava uma florine com uma bandeja de docinhos para a Divina provar.
- Eu... Eu não sei pronunciar direito, Divina, aparentemente é algo do mundo mortal. - A florine novata gaguejou com tamanha timidez. Alohim deu um sorriso maternal e compreensivo para ela. Fez um sinal que indicava que ela deveria se retirar, e assim a florine fez, se curvando pela última vez e se retirando rapidamente com a bandeja balançando os docinhos de modo desengonçado por conta das mãos trêmulas da florine.
Millie se aproximou da Divina, se curvando como sempre bem rápido e logo levantando. Sempre formal.
- Divina, as florines estão se queixando do desaparecimento de Aimé e Celine. Inclusive, Jane também não foi vista desde manhã, e a senhoria sabe que Jane sempre segue os passos de Aimé...
- Millie, onde estão os guardas que estavam supervisionando a Celine? - Alohim disse, se levantando bruscamente de seu trono de maneira imediata. Seu movimento ecoou por todo canto imensamente espaçoso do salão que estava.

- Minha senhoria, os guardas estão todos sonolentos por algum motivo inexplicável

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- Minha senhoria, os guardas estão todos sonolentos por algum motivo inexplicável. Os curandeiros estão investigando cautelosamente. - Assim que Millie terminou de falar, Alohim começou a andar para longe dali, acompanhada de Millie e de uma florine que segurava a capa de Alohim, que era tão longa que rastejava no chão. Com passos firmes e ligeiros, Alohim se direcionava até um local conhecido como "Central". Esse local é conhecido por ser um "centro de ajuda aos desaparecidos", porque basicamente todos podiam gritar em todo o mundo divino para procurar alguém ou dar um aviso importante para todos. Alohim chegou no local, e logo todas as outras 5 pessoas que estavam sentados lá para aproveitarem a vista (algumas pessoas gostavam de ir pra ver a paisagem, visto que a central ficava no topo de uma montanha), se curvaram diante a mesma e voltaram a se sentar novamente. A florine que estava carregando a capa de Alohim tampou os ouvidos porque era sensível a gritaria.
CELINE! — Alohim gritou alto o suficiente para todos no seu mundo ouvirem. Ela gritou novamente pela segunda vez, ainda mais alto, mas aparentemente ninguém tinha idéia de onde estava Celine e muito menos a própria estava vindo com notícias. Alohim começou a ficar ofegante, sua ansiedade estava lhe atacando, seu instinto maternal estava fazendo seu peito doer. Ela ergueu seu braço para cima, e surgiu um brilho e uma aura dourada misturado com faíscas cintilantes, desenhando uma espada grande e brilhosa. Millie, observando a situação ficando cada vez mais problemática, aproveitou para rodopiar, assim fazendo surgir magicamente uma espada em suas mãos, mas não tão majestosa quanto a de Alohim, claro. Todos ao seu redor estavam em choque, pois provavelmente haveria uma tremenda confusão.

Aimé estava dentro de uma caverna úmida e empoeirada com teias de aranha a sua volta

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Aimé estava dentro de uma caverna úmida e empoeirada com teias de aranha a sua volta. Celine estava seguindo ela, mas seus olhos estavam violeta e mais brilhantes do que o normal. O homem mascarado que estava ao seu lado estava segurando a sua katana extremamente afiada, mirando em Celine. Acontece que Aimé lançou um feitiço que controla o corpo e a mente de Celine, então a filha da Divina não poderia escapar. Estava inconsciente.
— Sente-se. — Aimé mandou, e assim Celine o fez. O mascarado colocou a ponta de sua katana no pescoço de Celine, prestes a matar ela. Aimé já com os olhos fervendo e um sorriso maléfico nos lábios, estava feliz pela cena que estava por vir, mas... Espera, Alohim estava vindo! Era possível ouvir o som dos cavalos e da sua carroça real se aproximando. O mascarado prendeu sua katana na sua calça, fazendo uma pequena rasura nela, já Aimé olhou ao redor, procurando por alguma salvação ou alguma coisa que pudesse servir, porém, não tinha nada nem ninguém. Ela só teve uma idéia:
— Celine, vá para o mundo mortal totalmente escondida de Alohim e seus capangas! — Celine obedeceu e usou seu poder de invisibilidade, logo se retirando antes mesmo de Alohim chegar a tempo de ver aquela cena. O mascarado decidiu se esconder dentro da caverna mais afundo, entretanto, Aimé permaneceu ali na entrada da caverna, pronta para dar mais uma de suas desculpas.

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