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Após deixar os soldados de Eris na prisão da Cidade Escavada, eu , Az, Rysand, Feyre e Amren fomos em direção a sala onde está a máscara.

- como chegou aqui? - pergunta Rysand com a postura rígida, assim que entrou na sala.

Olho dentro da sala e encontro Nestha sentada numa cadeira encarando a máscara.

- a porta estava aberta - responde ela entorpecida. Entro na sala para vê-la e seus olhos rapidamente se fixaram em mim, me analisando, procurando ferimentos. Sorrio triste para ela. Afinal, ela é a única machucada aqui.

- a máscara abriu a porta para você? - indaga Amren.

- me senti atraída até aqui. - responde ela, ainda me analisando.

- ela fala com você? - pergunta Feyre com uma inclinada de cabeça.

Eu tinha contado tudo. Que Nestha tinha sido arrastada para a profundeza das águas por um kelpie e de alguma maneira encontrou a máscara.

- apenas um tolo desesperado colocaria a máscara - diz Amren mantendo-se longe da mesa - você tem sorte de ter conseguido tirá-la do rosto. A maioria dos que a usaram jamais conseguiu tirar. Para se separar dela precisaram ser decapitados. É o preço do poder: poder erguer um exército de mortos para conquistar o mundo, mas jamais se libertar da máscara.

- eu desejei que ela saísse e ela saiu. - responde Nestha com desdém frio.

- semelhante atraí semelhante - diz Rhys - outros não puderam se libertar porque a máscara não reconhecia o poder deles. A máscara os usou, não o contrário. Apenas alguém feito da mesma fonte sombria poderia usar a máscara e não ser governado por ela.

- então a rainha Briallyn poderia usá-la - falou Azriel - talvez por isso os soldados da Corte Outunal estiveram em Oorid: ela ainda não pode arriscar colocar os pés aqui, mas encontrou uma unidade para ir no lugar dela.

- ela deveria ser destruída - fala Nestha após um tempo de silêncio, encarando a máscara novamente.

- isso é impossível - falou Amren - talvez se o caldeirão tivesse realmente se destruído, a máscara poderia ter acabado enfraquecida o suficiente para que os Grãos-Senhores e Feyre unissem seus poderes para fazer isso.

- se o caldeirão tivesse sido destruído - disse Feyre com tremor - a vida teria deixado de existir.

- então a máscara permanece aqui - diz Amren sarcástica - só podemos lidar com ela. Não pode ser eliminada.

- deveríamos jogá-la no mar, então - falou Nestha.

- não gostou dos mortos-vivos menina? - perguntou Amren.

- nada de bom pode vir do poder dela.

- se jogarmos no mar - disse Azriel - alguma criatura maligna pode encontra... - ele não termina a frase porque um outro poder se faz presente na sala.

A máscara começa a tremeluzir, Nestha fa um pulo e se afasta e eu vou em direção a ela parando a sua frente de forma protetora, Rysand coloca um escudo em volta de todos da sala. Ondas negras saem da máscara que inundam a sala.

Era um breu.

Não conseguimos ver nada até que um raio de luz colorida entrou no cômodo. E em segundos a escuridão recuou dando espaço para a luz que brilhava cada vez mais.

Em um piscar de olhos, Kelly estava parada a um metro e meio da máscara, sua mão estava levantada e seu poder subjulgar o poder da máscara, logo a sala estava normal novamente.

- essa é a máscara? - pergunta ela ainda encarando mortalmente a máscara.

Rysand tira os escudos e relaxa os músculos.

Corte de duas Irmãs.Onde histórias criam vida. Descubra agora