26

104 17 2
                                        


A festa estava...quente.

Logo após Beron e a sua Senhora se retirarem do salão de festa, o clima ficou mais...abafado.

Sim, eu já estive em várias festas e ver pegação não é novidade, mas ver pegação aqui é diferente.

Passo pelos sofás na margem da pista de dança, onde encontro quatro filhos de Beron. Dois deles estão sentados e no meio de suas penas duas fêmeas os cavalgam e atrás delas outros dois irmãos metem nela com força agarrando a cintura de cada uma.

Era esse tipo de quente que eu falei. Já vi pessoas nessa posição antes, mas não tão público e muito menos no meio de uma festa.

- quer dançar?

- sim. - respondo de prontidão Eris e o puxo para a pista.

Logo começa uma música lenta. Eris me roda e roda, mas é agradável.

- e o que achou da corte? -pergunta ele.

- vou sentir falta do frio de outono.

Ele solta uma risada.

- cansada da neve da noturna?

- não acho que eu consiga me cansar da neve...

- então está fugindo? - arqueia a sombrasselha.

- às vezes me esqueço que você é assim.

- assim como?

Sempre querendo estar a um passo à frente, penso mas apenas chacoalho a cabeça.

- é bom espairecer de vez em quando.

Ele fica em silêncio e começamos uma dança mais lenta, já fazia alguns 11 minutos que ele agarrava minha cintura e me guiava nos movimentos, foi quando eu ouvi um gemido, meus pelos se arrepiaram e discretamente varro o salão com meus olhos até encontrar um casal mais longe, perto dos pilares a nossa esquerda, Eris estava de costas para eles, mas eu não, a fêmea estava com as costas coladas na do seu parceiro de dança, com a mão esquerda do macho ele segurava a cintura da fêmea e com a outra ele a masturbava, a saia do vestido dela estava erguida e a mão dele estava no meio das pernas dela.

Outros casais os assistiam, ela solta mais um gemido e eu aperto com forç os ombros de Eris, com um movimento ele me gira ficando com visão para o casal. Eris solta uma pequena risada e fala em meu ouvido.

- não está acostumada com esse tipo de festa?

O som de sua fala era zombeteiro e isso me irritou.

- não tenho costume de assistir sexo gratuito em público.

Ele dá mais risada ainda.

- desculpe, acho que por eu ter crescido no meio disso, se tornou algo natural.

- nem deu para perceber... - murmuro ainda irritada.

Dançamos mais duas músicas, até que meus pés começaram a doer e eu me vi obrigada a me retirar para o quarto.

Ao abrir a porta, vou direto para a minha cama e me afundo no colchão.

Toc toc...

Resmungo e chingo quem quer que seja que está na porta, então me levanto e abro a porta.

- Eris?

Ele me olha de cima abaixo, não troquei de roupa, continuei com o vestido.

- vim lhe entregar isso - ele me entrega uma caixinha de madeira e com estalhes de ouro - amanhã não teria oportunidade de lhe dar.

Corte de duas Irmãs.Onde histórias criam vida. Descubra agora