𝓟ais - 𝓒hanmin.

9.

Era apenas mais um dia normal, eu cuidava de Yoon, estava tendo pequenas férias da universidade, precisávamos fazer uma pequena pesquisa sobre alguns assuntos fora do local, então estava bem tranquilo. Estávamos no quarto da mesma, ela estava deitada na cama e eu contava uma história, ela estava com bastante sono, então perguntei para Chris se ela poderia dar um cochilo e o mesmo deixou. Logo quando eu terminei o livro a garota já dormia, estava realmente cansada. Eu me levantei e peguei meus materiais da universidade que estavam na sala, faltava apenas um pouco para eu terminar, andei até o banheiro e tranquei a porta e me sentei no chão, logo organizando minhas coisas. Pode parecer estranho, porém sempre fiz isso, por algum motivo isso ajuda a me concentrar, às vezes fico cantarolando também. 

Tinha se passado apenas alguns minutos, até que eu escutei batidas fortes e constantes na porta de frente, saí do banheiro e fui para o quarto da Yoon, logo notando que a mesma estava dormindo, como um anjo. As batidas estavam completamente fortes, a pessoa estava forçando a porta também. Andei até ela em passos lentos e olhei pelo olho mágico, vendo uma mulher de cabelos pretos longos, não sabia quem era, ela continuava batendo freneticamente, me afastei e peguei meu telefone, logo ligando para Christopher, não ia abrir a porta até falar com o mesmo.

— Alô?

— Chris, onde está?

— Eu estou chegando, aconteceu algo?

— Tem uma mulher batendo na porta, acho que só não derrubou porque não tem tanta força, estou no quarto com a Yoon.

— Acabei de estacionar o carro, estou subindo.

— Ok... — Eu desliguei o telefone.

Me levantei e fechei a porta do quarto da garota cuidadosamente, ainda escutando a pessoa bater na porta, ela não iria parar nunca? Ficou assim por um tempo até que parou, decidi continuar ali até Chris entrar. 

★

Depois de desligar o telefone eu saí do carro e o tranquei, o clima estava bastante frio e eu, novamente, estava meio cansado e estressado, por sorte logo meu trabalho com meu cliente iria acabar, então não podia reclamar tanto. Eu andei em passos rápidos até o elevador, assim que chegou eu andei novamente em passos rápidos até o meu apartamento, assim que eu chegava mais perto uma figura se formava, assim que eu cheguei, meu corpo automaticamente parou e eu a olhei, a mulher parou de bater na porta e me olhou, com um sorriso sínico no rosto, ela tinha cabelos pretos e curtos, um vestido florido, uma bolsa e um salto alto. Ela continuava a me olhar.

— Quanto tempo, Christopher.

— O que você está fazendo aqui, Eunji.

— Oh, ainda lembra do meu nome? — Ela soltou uma risada. — Fico feliz em saber disso.

— Responda minha pergunta. — Disse já irritado.

— Como assim? Eu vim aqui ver minha filha.
No momento em que ela disse essas palavras eu senti meu sangue ferver, sério? Como ela ousava dizer aquilo? Depois de ter a abandonado, ela vem aqui e diz "minha filha"?

— Você é tão cara de pau... — Eu falei soltando um suspiro.

— O que tem de errado nisso? Ela é mi-

— Você abandonou ela há cinco, CINCO anos atrás, agora você volta e quer chamar ela de "minha filha"? Você tem noção o quão ruim foi para mim e para ela no começo e quando ela começou a crescer? Você tem alguma noção disso? Não, não. Você PENSOU isso antes de simplesmente sumir?

— Continua um grosso...

— Vá embora. — Falei me preparando para entrar, ficando de costas para ela.