BV aos 21?!

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Hyunjin se lembra bem de ter dado um selinho em Jeongin, mas prefere guardar tal informação a si próprio.

Ele se espreguiçou sobre a cama e coçou seus olhos para despertar. Um bocejo escapou e Hwang sorriu ao se recordar de alguns acontecimentos bastante específicos.

O toque do seu telefone atingiu seus ouvidos, anunciando uma ligação por vídeo.

Seus pais.

— Oi, Hyunnie! — sua mãe acenou e exibiu um sorriso — Como estão as coisas aí?

Bocejou — Estão bem. — posicionou o celular em um apoio e foi à cozinha preparar seu café.

Seu pai apareceu — Beijou algum cara legal?

Perguntas como esta são bastante frequentes na relação de Hyunjin com seus pais. Sabendo que o filho é BV e gay, eles sempre o perguntam se perdeu o BV com algum cara legal e da sua idade.

— Não beijei, não. — resmungos saíram do seu telefone — Mas eu dei um selinho em um rapaz, caso sirva de consolo.

Um burburinho veio, um pouco antes do celular, quase explodir com os gritos alegres e comemorações de seus progenitores.

Sua mãe gritava de todas as formas possíveis e o parabenizava com palavras totalmente desconexas e inverossímeis. Seu pai pegou uma bombinha para comemorar com sua esposa e seu filho, rindo enquanto abraçava a mulher.

— Foi seu primeiro selinho? — a mulher perguntou.

Quebrou um ovo e o despejou em uma caneca branca  — Foi, sim. — bateram em sua porta — Um segundo. — pediu — Estão batendo na porta.

Uma surpresa atingiu seu corpo, o esquentando junto a um sentimento de acolhimento e ternura ao que seus olhos viram, claramente, Jeongin.

O ruivo o olhou por algum tempinho e passou a língua sobre os lábios, sequer escondendo o quanto quer Hyunjin.

— Bom dia, querido. — lhe deu uma sacolinha — Comprei para você. — inclinou a cabeça — Não é nada de mais.

O loiro sorriu fechado e se aproximou do rapaz, segurou suas mãos e suavizou sua expressão.

— Gostaria de ficar para o café? — o convidou mesmo que não haja espectativa.

— Gostaria. — Hwang suspendeu as sobrancelhas — A menos que vá incomodar. — apertou sua ecobag.

Arfou — Óbvio que não, meu bem. — colocou a mão um pouco a baixo da sua nuca — Pode entrar.

Yang limpou os pés no tapetinho de boas-vindas antes de pôr seus pés dentro do apartamento limpinho e lustroso, cujo está bastante interessado.

Ele percorreu os olhos pelo apartamento arrumadinho do rapaz, diferente do seu, que se parece com uma casa onde há uma criança de seis anos.

As paredes em um branco sujo, alguns quadros pendurados nelas; o chão de madeira rústica; o sofá rosa bem clarinho; a mesa branca atrás do sofá. Tudo em perfeita harmonia.

— Hyunjin? Está vivo? — uma voz feminina levemente chiada ecoou pelo apartamento.

O loiro se lembrou da ligação e correu até seu celular — Desculpe, mãe. — pediu em um tom de súplica — Eu me esqueci da ligação.

— Tá vendo! — reclamou — A gente carrega nove meses na barriga e depois se esquecem de nós! — dramatizou.

Hyunjin foi até a sala apenas para levar Jeongin consigo até a cozinha.

Os adultos conversam coisas inaudíveis aos rapazes, os deixando um pouco confusos.

— São meus pais. — apontou à tela — Eles me ligam todos os dias.