do outro lado

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na noite anterior, any descobriu que realmente estava sendo dopada e eles estavam cavando uma cova para ela, mas ela sabe que com certeza, não é a primeira vítima deles.

any acordou com o motorista do metrô a chamando.

— ei, garota?! já chegamos, não pode continuar aqui. - o motorista disse

— o que? hum.. aonde eu estou? - any disse perdida.

— Quebec! .. não era para cá que a senhorita desejava vir? - ele perguntou.

Quebec? Estou do outro lado da cidade? Ai meu deus. Todas as minhas coisas ficaram naquela casa, eu não conheço nada daqui, não conheço ninguém! Eu vou morar na rua? Meus pais vão ficar loucos quando descobrirem, estou tão tão longe da minha casa.

— garota? está tudo bem? eu vou chamar ajuda!

— não! não precisa. Obrigada - any disse e saiu correndo.

eu preciso falar com alguém, eu preciso me comunicar, mas estou sem meus documentos, sem nada, eu sou uma indigente. Tudo bem Any, não precisa entrar em desespero agora. Ela pensava.

esse lugar é frio, mas é lindo, comparado ao lugar que eu estava.

levei as mãos em meu bolso e peguei meu celular, que estava descarregando, mas pude mandar mensagem no meu grupo com sina, krys e nour e disse que assim que conseguisse bateria pro celular eu iria ligar para eles.

any andava com as mãos no bolso, e sentia a barriga roncar de fome, mas não tinha nenhum dinheiro. Suspirou e entrou em uma lanchonete e olhou para os lados. Deus me perdoe por isso! Any pensava.

any fez os pedidos, e se sentou e começou a comer desesperada, não sabia se aquele lanche estava bom, ou se realmente era só fome.

terminou o lanche em menos de 20 minutos, e observava as pessoas no local. Não queria ser desonesta, mas não podia ficar com fome. Any se levantou e andou em direção a porta e estava confiante que iria conseguir sair. Até que sentiu uma mão agarrar em seu braço com firmeza e fechou os olhos. Já era, é a polícia. Any pensou.

— aonde você pensa que vai? Não pagou seu lanche.

um rapaz alto, olhos azuis, moreno, ele é lindo, com certeza é o gerente. Any pensou.

— eu.. eu estava indo pegar o dinheiro no meu..carro - ela disse um pouco atrapalhada.

— uma garota como você não tem cara de que tem carro. Não posso te deixar sair sem pagar. - ele disse.

any o olhou, olhou a criança loira ao lado dele.

— é sua filha? se estivesse em uma situação onde ela estaria com fome e não tem dinheiro, deixaria ela com fome? - any perguntou.

ele ficou pensativo e soltou um suspiro.

— isso não vem ao caso. Aonde estão seus pais? - ele perguntou

— muito longe.. - ela disse - olha, eu não queria isso, mas .. infelizmente eu não tenho dinheiro e.. eu não conheço nada aqui. - ela disse sincera.

o moreno pegou a carteira e tirou uma grana e entregou a ela.

— pague seu lanche e fica com o troco. -ele disse, pegou a garotinha loira e saiu de lá.

— obrigada! .. meu nome é any! - ela disse alto enquanto ele saía. - não que tenha me perguntado.. - ela disse desapontada e foi pagar o lanche dela, e saiu andando pela cidade.

era noite, estava frio, any não tinha aonde ficar, mas após andar e andar, chegou em um parque próximo a umas casas e havia uma casa de madeira pequena, na árvore e ela sorriu por lembrar da infância.
subiu as escadas e entrou na casa, que era linda, com certeza as crianças que decoraram.

any se acomodou e acabou dormindo na pequena casa, no topo de uma árvore.

o que acharam desse capítulo?

with love, beauany.Onde histórias criam vida. Descubra agora