um novo começo

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josh's pov

ter any na minha casa, estava me ajudando bastante, a garota estava até me ajudando a ter mais organização, coisa que eu não tinha a muito tempo, e olhe que sou chato com isso.

gosto da companhia de any no dia a dia, mesmo focado em meu trabalho e em cuidar de Sophie, que agora com ajuda de any eu me sinto mais acomodado, sophie também gostou dela, e já a chama de amiga. Any sempre que pode, está lendo livros para ela antes dela dormir, faz penteados nela que eu nunca soube fazer e brinca com ela, eu gosto disso, any é uma boa companhia.

mas fugindo desses pensamentos, eu preciso dar um jeito de ajudar any a recomeçar, mas em Quebec. Marcamos de ir até a casa da família onde ela ficava para pegar suas coisas, e também pegar a transferência de faculdade para ela começar a estudar em uma faculdade de Quebec, mesmo não estando nos planos dela, mas é necessário ela começar, infelizmente não dá para ela continuar aonde estava desde o início.

eu estava terminando de colocar minha camisa social branca, ia me passar por um delegado para conseguir entrar na casa e pegar as coisas de any e iria procurar algumas pistas para chamar a polícia e então prender esse casal e ajudar com que a any se sinta segura e que eles não possam cometer mais crimes.

sai do meu quarto e desci as escadas e vejo any e sophie na sala.

— papai, por que eu não posso ir? - sophie perguntou

— princesa, o papai vai a trabalho, ficar com a vovó não vai ser tão ruim. - josh disse e se abaixou a pegando no colo e saindo de casa, indo até o carro.

— eu gosto da vovó! - ela sorriu

— eu também gosto! - ele beijou a bochecha dela e colocou ela na cadeirinha e deu a volta e entrou no carro. Esperou any e então deu a partida para a casa dos pais dele, onde deixaria Sophie.

josh deixou a pequena com a mãe dele e disse que voltaria antes do anoitecer. Voltou para o carro e dirigiu até a cidade onde any estava no início do intercâmbio.

o caminho até a cidade estava um silêncio, nem uma música na rádio.
Josh olhava any algumas vezes, na espera de que a morena falasse algo, como de costume, mas ela não falava nada.

— está com medo? - ele perguntou enquanto dirigia.

— não! .. só não quero que as coisas saiam de controle. - any disse

— não vão. Eu prometo! - ele sorriu amigável. - põe alguma música! - ele pediu

ela o olhou e então ligou a rádio e colocou em uma programação boa.

chegaram na cidade e foram até a casa, any respirou fundo e desceu do carro com ele.

— não não! fique aqui. - ele disse

— eu não vou te deixar entrar assim de mãos vazias! - ela disse firme.

— acontece que agora eu sou um delegado, nada vai dar errado. Entra no carro! - ele mandou. - por favor any.

any suspirou e entrou no carro e bateu a porta.

ele negou e andou até a casa e bateu na porta.

anna abriu a porta e olhou um pouco estranha para o rapaz.

— olá? como posso ajudar? - anna perguntou simpática.

— eu sou delegado e recebi denúncias dessa casa. - ele disse firme e entrou na casa sem sua autorização e observou tudo.

— denúncias? - ela perguntou e fechou a porta.

— exato. Vim buscar umas coisas de uma garota que ficava aqui e estava sendo dopada. Mas não se preocupe, se me deixar pegar as coisas eu vou embora sem prender você  e seu marido. - ele disse e sorriu sínico.

— é.. claro, o quarto fica no segundo andar. - ela disse um pouco assustada.

ele assentiu e subiu as escadas e ligou para a polícia assim que entrou no quarto onde any ficava e juntou as coisas dela e observou um porta retrato dela com a família brasileira e sorriu ao ver o belo sorriso da morena, mas saiu do transe e guardou as coisas dela, então saiu do cômodo indo até a sala.

josh se assustou e deu dois passos para trás ao ver que a mulher que a minutos atrás sorria simpática, apontava uma arma para ele.

— não seria tão burro em ser um delegado e entrar desarmado aqui. - ela disse e mexeu no gatilho

— ok! ok, vamos resolver as coisas como boas pessoas. Eu disse que iria pegar as coisas dela e ir embora. - ele disse

— eu não confio em você!!! - ela disse irritada

— minha senhora, se fosse assim eu teria vindo direto com a polícia. Estou dando a minha palavra.  - ele disse sincero e pegou as coisas de any, andou até a porta vendo ela mirando a arma para ele e saiu da casa em passos lentos, então ela fechou a porta e duas viaturas chegaram. Josh colocou as coisas no carro e foi até um dos policiais e explicou toda a situação e disse que a mulher estava armada.

josh entrou no carro e ficou lá até ver que saíram com ela algemada e olhou para any que estava assustada.

— está tudo bem any. Agora você pode começar do zero. - ele sorriu

—  vou sentir falta dos meus amigos.. - ela disse e virou o rosto para a janela, segurando as lágrimas. - vamos embora. - ela pediu.

eu assenti e liguei o carro e dirigi de volta para Quebec e novamente, um silêncio se instalou.

parei na metade do caminho e comprei um lanche para nós dois. Any não mexeu na comida mas não a obriguei a comer e nem disse nada, sei que depois ela vai comer.

chegamos em Quebec, fui buscar Sophie na casa dos meus pais e conversei com minha mãe por alguns minutos, mas então tive que ir para casa.

chegamos em casa, any foi para o quarto onde dormia e eu fui cuidar de sophie e ficar um pouco com ela, até que certa hora, ela dormiu.

fui para meu quarto, me despi em meu banheiro e tomei um banho demorado.

após o banho,vesti uma calça moletom cinza e uma regata branca. Sai do quarto e fui até a sala e vi any sentada comendo.

— quer conversar? - ele perguntou e se sentou no sofá ligando a tv.

any suspirou e parou de comer e deixou as coisas na pequena mesa no centro da sala.

— obrigada pela ajuda, você se arriscou muito! - ela disse e olhou para ele, que não tardou em olhar para ela. - eu prometo que a partir de agora, quando começar a estudar, vou trabalhar e te recompensar.

— any! - ele sorriu. - eu não quero dinheiro! quero te ver segura e bem. Seu sorriso naquele porta retrato era .. bonito. Quero te ver sorrindo daquele jeito!

ela abaixou a cabeça e sorriu minimamente.

— não devia ficar reparando nas minhas coisas! - ela disse e o olhou.

— como não reparar com um sorriso daqueles? - ele disse e um silêncio se instalou. Droga Josh, o que você disse! - você gosta de hockey? - ele perguntou um tanto envergonhado.

— sim! sempre quis ver um jogo de perto. - ela disse animada.

— caramba! não imaginava! Vai passar um jogo agora, vamos assistir! - ele disse

— sim! Vou preparar uma pipoca! - ela se levantou do sofá

— any, isso é só um jogo, não um filme - ele riu.

— eu quero pipoca tá bem? - ela resmungou e foi até a cozinha e então preparou uma pipoca de microondas.

já era uma da manhã e o jogo estava quase acabando e any já estava dormindo, com a cabeça escorada no braço dele.

josh se mexeu e percebeu que ela dormia. Tirou o balde de pipoca da sua mão e deixou na pequena mesinha e chamou por ela, mas ela não acordava. Josh respirou fundo e pegou ela no colo, e subiu as escadas com certa dificuldade. Entrou no quarto dela, deitou ela na cama e a cobriu. Observou ela e soltou um suspiro e saiu do quarto e foi para a sala e começou a chorar, por se lembrar da ex esposa, por sentir falta de vê-la dormindo, de acordar do seu lado, de levá-la para a cama quando ela dormia, do seu cheiro. Tudo isso está em any, e isso está me doendo.
Josh chorava sem parar sentado no chão da sala, tinha uma respiração ofegante, sentia o peito apertando, mas não conseguia se acalmar.

with love, beauany.Onde histórias criam vida. Descubra agora