capítulo 100: la vie en rose

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Foi uma sensação estranha estar já na metade da vida e se apaixonar. Tão apaixonado que Patrick tinha certeza de que nunca se recuperaria. Não que ele não a amasse anos atrás e anos desde então, mas nunca foi assim. Perfeito. Despreocupado. Fácil. O romance nunca foi fácil para eles. Foram momentos roubados, amanteigados pela negação e consumidos pela hesitação. Ela sempre foi a única, ele só não foi capaz de escolhê-la, até agora.

A luz do sol da manhã brilhava na pele de Ellen enquanto ela dormia profundamente ao lado dele. Ele logo teria que voltar furtivamente para seu próprio quarto. Ele tinha cerca de uma hora antes que Tallulah acordasse. Ele temia a ideia de sair daquela cama, mas sabia que hoje era o dia que planejavam passar juntos.

Patrick empurrou as mãos por baixo do corpo de Ellen e puxou-a para mais perto dele. Ele a segurou ali por um momento enquanto ela acordava lentamente. Ele podia sentir o coração dela bater enquanto abraçava sua pele macia e nua. Ela piscou os olhos algumas vezes antes de olhar para os dele. "Bom dia", ele sussurrou.

"Bom dia", sua voz ainda grogue. Ela riu do quão perto o rosto dele estava do dela.

"Estamos em Paris", ele sussurrou com um sorriso.

O ar estava frio e enevoado, mas Ellen nunca se sentiu tão quente. Seus dedos entrelaçados enquanto caminhavam pelas charmosas ruas de Paris. As árvores nuas sopravam com uma brisa suave. A brisa encheu-se do cheiro das padarias parisienses. Nas mãos livres seguravam os cafés quentes. Eles dobraram a esquina em uma rua que estava quase vazia. Um pequeno café de crepe ficava no extremo oposto. Patrick lentamente os guiou nessa direção. Ellen sorriu para ele mais uma vez, apreciando a dor que os trouxe até aquele momento.

Ao entrarem em frente ao café, uma sensação estranha passou pelo peito de Ellen. Ela já esteve aqui antes. A madeira detalhada, o toldo vermelho, parecia que foi ontem.

Stella ficou com uma amiga esta manhã. Embora ela fosse a pessoa que Ellen mais amava no mundo, ser mãe solteira grávida de seis meses e ter uma criança de três anos era avassalador.

Ela escolheu uma mesa perto da janela. Sua barriga abraçava a mesa de perto. Ellen logo teria que escolher um local com mais espaço. O garçom trouxe o café para Ellen e deixou-a admirar a chuva que escorria pela janela.

A risada de um casal entrando no café chamou a atenção de Ellen. Ela não sabia por que havia escolhido uma cidade tão romântica para viver os últimos meses de gravidez. Deus, ela sentia falta dele. Ela sentia falta dele como uma droga. Não que ela ainda o quisesse, ela precisava dele. Sua alma ansiava por ele. O bebê dentro dela o desejava.

Um pequeno pé chutou seu estômago e ela mais uma vez teve dúvidas. A ideia de ficar na França por tempo indeterminado nunca esteve longe de sua mente. Divorciar- se de Chris significou apenas doar vários milhões de dólares. Parecia que valia a pena na maioria dos dias, especialmente porque ela saiu com poucas explicações.

Seu coração afundou um pouco quando o casal feliz se sentou ao lado dela. "Quand allez-vous avoir votre bébé?" ("Quando você vai ter seu bebê?") o casal perguntaram docemente quando seu bebê nasceria. Uma pergunta para a qual Ellen aprendeu a tradução rapidamente.

"février" (fevereiro), Ellen assentiu.

"Toutes nos felicitations" (Parabéns), disse o homem gentilmente. Ellen acenou de volta para ele e voltou a olhar melancólico pela janela. Havia algo tão autodestrutivo no amor proibido. Cada vez que ele passava pela sua cabeça ela se odiava um pouco mais. Ela tinha certeza de que ele estava do outro lado do mundo dedicando sua vida à família. Mas Ellen estava em Paris, grávida de seu filho e ainda com o coração partido por ele não a ter escolhido.

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⏰ Última atualização: Feb 18 ⏰

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