O caminho de volta pra casa foi silencioso, um silêncio nada confortável. Kirishima parecia estar segurando-se para não surtar com e Bakugou conseguia ver os nós de seus dedos esbranquiçados no volante, talvez uma discussão viesse assim que deixassem Kaminari em sua casa.Kirishima estacionou o Cadillac na garagem e ao descer entrou na casa sem dizer uma palavra a Bakugou. O loiro entrou em silêncio e foi a cozinha procurar algo para comer, ainda haviam doces que Eijirou fizera então servira-se com um pedaço de torta de morango e alguns cookies e sentou-se na bancada, comendo em silêncio e pensando que não falaria com o ruivo até que ele o procurasse.
— Não deveria ter feito isso.
— Você já deixou bem claro que não quer que eu faça.
— Estou te protegendo! Não entende isso?
— Não preciso de proteção, sei me cuidar muito bem sozinho.
— Bakugou, isso não é sobre você saber ou não se cuidar sozinho, isso é sobre o que podem fazer com você caso descubram que vive comigo!
— Ora seus amigos vampiros já deixaram bem claro que sou só mais um de seus amantes. — O sorriso amargo no rosto do loiro fez Kirishima sentir-se enjoado.
Haviam feito ele acreditar que era só mais um. E talvez aquilo fosse bom.
— Eles podem matá-lo Bakugou. — O olhar de Kirishima se mostrou mais carinhoso.
— Eu não ligo, estou ajudando não estou? Então deveria estar satisfeito com isso. Se eu conseguir uma guerra não vai acontecer não é isso que vocês querem? — Bakugou pegou seu prato e saiu da cozinha
— Eu te quero vivo seu idiota... — Kirishima sussurrou quando o loiro fechou a porta da cozinja.
Apenas um dia havia se passado desde o jantar e Kirishima viu-se revivendo o momento em que a família faleceu. Andava pelo cômodo repleto de pinturas da família, observando os quadros pintados pela mãe e alguns pelas irmãs mais novas, haviam desenhos infantis sobre uma mesa de madeira maciça, desenhos esses que foram feitos por seus sobrinhos antes do fatídico dia.
Havia estourado uma outra guerra onde vampiros, lobisomens e bruxos se viram lutando juntos contra humanos caçadores que atacavam sorrateiramente, queimando as bruxas, atirando balas de prata em lobisomens durante a lua cheia, invadindo as residências de vampiros e matando-os a sangue frio com adagas de madeira no peito. Era uma guerra silen
Kirishima na época estava apaixonado por um lindo humano, que parecia ser o amor de sua vida imortal. Era compreensivo, bonito e adorava seus sobrinhos, bom, pelo menos era isso que o rapaz demonstrava. Eijirou confiou seus maiores segredos aquele homem, seus sonhos, suas inseguranças, seus medos. Confiou e deixou o amor cega-lo.
Mas em um noite fatídica sua casa havia sido invadida por caçadores furiosos que haviam planejado aquele ataque a tempos, o rapaz ao qual Kirishima jurou amor eterno o enganara e fora usado para distraí-lo e deste modo todos na residência encontraram-se despreparados em um dia de sono tranquilo enquanto Kirishima aproveitava uma manhã fria e nublada. A matança fora terrível e todos foram mortos em apenas uma noite, nenhum de seus irmãos saiu ileso e muito menos seus sobrinhos que eram apenas crianças. Todos mortos, com cordões de alho em seus pescoços e estacas de madeira em seus corações.
Eijirou chegara em casa e o silêncio não fora normal, numa casa que sempre estava cheia, com conversas, risadas e crianças correndo o silêncio ensurdecedor era estranho, incomum e preocupante.
Depois de ver o primeiro corpo, o corpo de seu pai, Kirishima sabia o que acontecera. Tudo havia acabado. Sua família havia sido morta, e Eijirou também morreu naquele dia. O ruivo jurou vingança a todos os malditos caçadores que fizeram aquilo com sua família... e o primeiro a ter a cabeça cortada fora o homem quem amava, o maldito que contara tudo aos caçadores, o desgraçado que dissera que amava-o e era um filho da puta de um caçador.
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It's ok have a deal with a vampire, right? - Kiribaku
FanfictionUma mansão abandonada, no topo de uma das colinas mais altas da cidade, um local aonde ninguém se arrisca a subir pelos rumores de tal local ser mal assombrado. Katsuki sempre foi imprudente, e sua impulsividade não o poupou de subir aquela colina n...