Os trovões ecoavam altíssimos, os raios cortavam a imensidão cinza e tudo parecia cada vez mais sombrio. O noticiário da manhã previra que esta seria a pior chuva que a pequena cidade de Greenville ja vira, e mesmo tendo esta informação e com todos os sinais que o tempo instável havia lhe dado durante o dia, Katsuki saiu de casa. Sem um guarda chuva, sem um casaco, sem seu telefone celular e sem chances de voltar para casa.
As gotas grossas de chuva começaram a molhar sua pele, e sua camisa foi ficando cada vez mais úmida. Não poderia ficar ali, não no meio do nada, não num local que poderia acontecer qualquer deslizamento de terra a qualquer segundo. Katsuki começou a caminhar procurando o local mais coberto possível para se esconder daquela tempestade, ao longe avistou uma casa, uma mansão abandonada para ser mais específico. A mansão abandonada & mal assombrada que todos temiam e nem se quer tinham a coragem de chegar perto. Naquele momento Bakugou lembrou-se de Deku, o garoto morria de medo das histórias que os amigos contavam nas noites do pijama que faziam na casa de Midorya, nem o loiro escapava de sentir medo de algumas histórias que eram contadas, mas isso nunca seria revelado a nenhum de seus amigos.
Naquele momento não tinha história assustadora alguma que impedisse Bakugou de entrar naquela casa e esperar a chuva passar. Correu até a porta de madeira ornamentada e velha, e abriu a porta esperançoso de não estar trancada, o rangido alto das dobradiças enferrujadas fez os pelos da nuca do loiro se arrepiarem. Aquela casa dava medo em qualquer um.
Entrou esqueirando-se pela fresta da porta, não perderia mais tempo em baixo da chuva. Fechou a porta e suspirou aliviado de ter um abrigo temporário, mais tarde se preocuparia em procurar um lugar para morar, agora que saíra de casa em definitivo já imaginava que as coisas piorariam para ele.
Suspirou novamente e passou as mãos pelos cabelos, aproveitando pra tirar o excesso de água neles. Olhou para frente, finalmente se dando conta do local onde estava e o quão bonito era. Se encontrava num salão enorme com um tapete vermelho ia da porta à escadas a cima, a luz amarelada, o chão em porcelana e as pilastra ornamentadas com desenhos de flores em seu início e seu fim, quadros que retratavam desde paisagens a algumas pessoas de cabelos pretos e olhos vermelhos. O local parecia ter parado no tempo séculos atrás e se mantido preservado por todos esses anos. Era lindo e parecia que havia entrado em um livro de época.
Estava quente ali dentro e parecia muito aconchegante para um lugar que diziam ser mal assombrado. Bakugou estava molhando todo o chão, mas isso não estava o impedindo de caminhar pelo enorme salão. Seus olhos curiosos passaram por cada quadro e cada canto daquela salão, com apreciação e com uma grande dose de extinto de sobrevivência. Era um local estranho, que deveria estar abandonado mas está em perfeito estado, alguém morava ali? ou aquilo era realmente algo sobrenatural?
Quando decidiu subir as escadas e ver o que havia no andar de cima, um morcego passou voando ao seu lado e o susto havia sido tamanho que Katsuki pulou para o lado balançando a cabeça por sentir aquele animal passando tão perto de si. Ao se recompor levemente do susto, ainda com o coração acelerado ele olhou para cima e levou um susto ainda maior.
Havia um homem no topo da escadaria.
De cabelos vermelhos, um terno do século XVIII, um olhar sério e as mãos nos bolsos da calça. A vestimenta era velha, mas seu rosto aparentava ter a mesma idade de Katsuki, que tinha apenas 19 anos. O loiro sentiu o coração ir a boca e deu um passo para trás, pensando que quanto mais perto da porta e o mais longe deste desconhecido, melhor.
— Quem és tu?
O rapaz perguntou num tom de voz sério e levemente raivoso. Bakugou ainda pensava em como este cara com cabelos vermelhos vivos apareceu tão repentinamente no topo daquela escada sem fazer barulho algum. A saída estava a 6 metros mais ou menos, se corresse o mais rápido possível conseguiria sair dali rapidamente, mas a tempestade la fora tornara-se maior, e os trovões eram do tipo que faziam o chão tremer. Onde seria menos pior de se morrer?
— Responda.
A intimação foi seguida de um trovão que fez o chão tremer e os pelos da nuca de Katsuki se arrepiarem.
O loiro respirou fundo e deu mais um passo para trás, pensando no que falar, testando seu senso se sobrevivência. Aquele cara tinha uma aura ameaçadora e misteriosa, se fosse arrogante com ele tinha certeza que poderia perder a briga.
— Bakugou Katsuki. — Começou mantendo a voz firme e seus olhos fixos nos do rapaz ruivo. — Procurava abrigo por conta da chuva, e a casa parecia desocupada, então entrei.
O ruivo olhou-o de cima a baixo, e isso fez com que Bakugou quisesse voar em seu pescoço, quem ele achava que era para o analisar daquele jeito?
— Amanhã de manhã vais embora e não retornará em nenhuma hipótese. — Disse somente isso e virou as costas começando a subir as escadas. — A ala norte é expressamente proibida. Se eu encontrar qualquer rastro seu por aquela área, você nunca mais verá o sol nascer. — O ruivo misterioso virou o rosto perfeito para olhar Bakugou uma última vez com um olhar ameaçador e continuou seu caminho.
— Seu cuzão, quem vai te matar sou eu. — Bakugou resmungou para si mesmo e fitou o local aonde o ruivo desaparecera.
Ele não tinha escolhas, ou ficava ou passaria a noite debaixo daquela tempestade imensa que com certeza já destelhou a antiga sede da prefeitura da cidade.
Nada de ala norte, a única restrição era esta e tudo o que o loiro queria naquele momento era uma cama bem quente e dormir até fingir que está situação ridícula é tudo fruto de sua imaginação. Antes precisava achar um quarto, já que seu querido hospedeiro não se mostrou muito querido ou até mesmo com vontade de recepciona-lo de maneira calorosa
VOCÊ ESTÁ LENDO
It's ok have a deal with a vampire, right? - Kiribaku
FanficUma mansão abandonada, no topo de uma das colinas mais altas da cidade, um local aonde ninguém se arrisca a subir pelos rumores de tal local ser mal assombrado. Katsuki sempre foi imprudente, e sua impulsividade não o poupou de subir aquela colina n...