Caminhar pela passarela de pedra naquele jardim mortificado e com a grama alta fazia um filme passar pela cabeça de Katsuki, como se todas as suas escolhas o tivessem levado a passar por aquele jardim repleto de flores mortas. Não era bem isso que tinha em mente quando falavam de chegar a faixa dos vinte anos, esperava estar vivendo algo menos sobrenatural e menos maluco do que se tornar tonel Odpe sangue particular de um vampiro que não sai de casa desde o final do século 20. Não tinhas expectativas decorrentes a seu tempo estndo ali, nem sabia quanto tempo permaneceria ali, e sendo totalmente franco só tinha feito aquilo e acordado com essa situação maluca para poder se ver livre de trombadas com sua mãe durante o tempo em que procurava emprego. Havia um novo plano em sua mente e nele ficaria ali naquela mansão abandonada vivendo com um vampiro por tempo suficiente para poder juntar uma quantia suficiente para se mudar de vez da cidade, e enquanto isso pensaria em algum curso superior que atraísse seus gostos.
Entrou pela porta de rangido já conhecido pelos seus ouvidos, e caminhou pelo tapete de veludo vermelho subindo as escadas e indo em direção ao quarto que ficara na sua primeira estadia naquela casa, havia gostado daquele quarto, a decoração era simples e lhe agradava muito o banheiro enorme e com uma banheira enorme e espaçosa. Suspirou e abriu as cortinas pesadas de cor creme, e quando a luz do final da tarde bateu sobre as enormes janelas iluminando o quarto Katsuki sabia que não se incomodaria em passar um tempo ali. Sentiu-se como em um dos romances de época que gostava secretamente, seu gosto por romances era algo que fazia quetão de esconder, assim como eu desejo de viver um romance.
Suspirou pesadamente e se jogou na cama macia e grande, olhando para o teto pintado de laranja pelo por do sol. Sentou-se na cama e observou o sol se por enquanto sua mente ainda vagava pelo estado de estupor ao lembrar-se do que estava fazendo ali. Quando a lua finalmente deu as caras por completo, Bakugou ouviu batidas leves em sua porta e ao abri-la deparou-se com um loiro, e não com o ruivo que esperava ver.
— Quem é você?
— Denki Kaminari. Vim aqui apenas para conhece-lo pessoalmente e te oferecer para um tour, pelo menos um tour nas partes importantes da casa. — O sorriso largo e amigável daquele rapaz vez as sobrancelhas de Katsuki se unirem.
— Você mora aqui?
— Ah não, mas passo uma boa cota das minhas folgas aqui. Vamos pra sua tour particular?
— Sim, eu acho...
Katsuki saiu do quarto e fechou a porta atrás de si, colocou a mão nos bolsos da calça e esperou o loiro animado e agitado sair falando sobre cada canto da residência.
Kaminari apresentou ao cara que parecia mal encarado e tinha uma energia raivosa os pontos principais da casa. Entendia o que Kirishima havia visto nele, era jovem, bonito, deveria estar na faixa dos 20 anos e parecia ser um desafio lidar com ele, e se Denki conhecia bem o amigo sabia exatamente que Eijirou adorava um desafio.
Depois de passarem na cozinha e depois na sala de jantar (esta que Katsuki já conhecia), e quando chegaram na biblioteca encontraram um certo ruivo sentado em uma poltrona com as pernas cruzadas, um livro apoiado na coxa e seus dedos apiando sua cabeça, com toda sua atenção e concentração no livro em seu colo.
— Ele ta lendo Evelyn Hugo desde que acordou — Kaminari disse a Katsuki como se aquilo fosse um segredo.
— Deixa o garoto em paz Kaminari — O ruivo sorriu ladino, sem tirar os olhos do livro.
Depois de alguns segundos, Kirishima levantou-se deixando o livro em uma mesinha que ficava ao lado de sua poltrona e dirigiu-se até Bakugou, deixando um beijo em sua bochecha, algo que desconcertou o loiro fazendo com que resmungasse palavras incoerentes e cruzasse os braços. Que tipo de intimidade era aquela?
— Já conheceu a casa toda? — Kirishima perguntou sorrindo ladino.
— Sim, pelo menos as partes importantes. — Bakugou distraiu-se com as enormes prateleiras de livros, repleta dos mais diferenciados títulos.
Kaminari sorriu e se jogou no pequeno sofá de veludo vermelho que ficava perto de uma janela que deixava a lua cheia bem aparente para os três que se ocupavam na biblioteca, cada um com algo diferente; Denki havia tirado o celular do bolso e rolava a timeline do twitter com as pernas jogadas em cima dos braços do sofá de dois lugares; Bakugou havia entretido-se com os livros e andava lentamente pelas prateleiras passando a ponta dos dedos pelas lombadas dos livros muito bem organizados; Kirishima ocupa-se em observar o loiro que agora seria o mais novo morador da casa que havia passado séculos só com a presença dele.
Kirishima sentia-se estranho ao pensar que não passaria mais tanto tempo sozinho. Não estaria só como nesses anos sem a presença de qualquer outra pessoa a não ser Kaminari... tinha receio de não saber como agir, talvez tenha desaprendido a socializar.
Bakugou assustou-se com o levantar rependino de Kaminari que pulou do sofá e anunciou sua saída, sem explicações, apenas deixou-os saindo muitos animado.
— Ele é elétrico, mas é legal. — Riu Kirishima sentando-se na poltrona que era conjunto do sofá e cruzando as pernas.
— É... — Bakugou sentou-se na poltrona a frente de Kirishima, o observando. — Por que me quer aqui? — A pergunta era direta e Katsuki queria uma resposta direta.
— Porque sim. — Kirishima deu de ombros.
— "Porque sim" não é resposta. Seja sincero. — Insistiu cruzando os braços.
— Porque você me chamou atenção, e eu estava com o estoque de sangue baixo, além do que te acho um desafio.
Bakugou ficou calado por alguns segundos, como assim ele parecia um desafio?
— Vocês me vê como um desafio? — A sobrancelha de Katsuki se ergueu, numa intensificação de seu desgosto.
— Sim. Você me parece um desafio, o jeito que chegou aqui e simplesmente fez-se presente. Não se importou em passar uma noite na casa de um completo desconhecido que te disse ser um vampiro e ainda por cima aceitou a proposta de ficar aqui e servir para que eu me alimente. Nunca conheci um ser humano tão maluco quanto você, então sim, você é um desafio.
Aquilo fez Bakugou pensar, ele já sabia e tinha a plena certeza de que estava ficando maluco de aceitar aquela loucura, mas ouvir isso da boca de outra pessoa mudava as perspectivas.
Enquanto se mantinha perdido em pensamentos, mal notou quando Kirishima levantou-se e parou em frente a si, as mãos nos bolsos da calça e o olhar sobre o loiro. Quando seus olhos se encontraram Bakugou sentiu o ar se esvair de seus pulmões, o ruivo curvou-se e parou bem próximo ao rosto do loiro que sem perceber tinha levantando a face alguns centímetros— Eu adoro desafios. — O sussurro de Kirishima foi sedutor e o calor de seu hálito fez com que Katsuki arrepiasse e soltasse o ar que prendia.
Bakugou viu o sorriso vitorioso que Eijirou deu antes de sair do cômodo. Deixando um Katsuki confuso e com uma leve raiva.
Aquilo devia ser charme de vampiro, deveria ser algo que todos os vampiros tem, não só ele. Mas uma coisa era certa, não iria deixar-se seduzir e não iria em hipótese alguma sequer cogitar dormir com o ruivo.
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It's ok have a deal with a vampire, right? - Kiribaku
FanfictionUma mansão abandonada, no topo de uma das colinas mais altas da cidade, um local aonde ninguém se arrisca a subir pelos rumores de tal local ser mal assombrado. Katsuki sempre foi imprudente, e sua impulsividade não o poupou de subir aquela colina n...