Acordo pela manhã, com uma dor de cabeça tão intensa que parece que alguém passou com um trem, e depois com um foguete em cima de mim. O quarto parecia turvo em minha visão, mas pelo menos não havia luz forte o suficiente para me arder os olhos.
Olho para o celular e vejo que são nove horas da manhã. Observo e vejo que a cama que estou não é a minha, mas sim do meu colega de quarto
Lívia o que você fez;
Eu tentava vasculhar as cenas da noite passada, mas nada vinha à cabeça. Quer dizer, vinha: eu beijei o Lucas? AI MEU DEUS!!!!
Pensando em mil maneiras de pedir uma desculpa apropriada a ele, acabo não me atentando antes em um copo de suco de laranja e um brilho.
Vou em sua direção. Pego o como e as aspirinas colocadas ao lado, e tomo agradecida, enquanto leio o bilhete
Olá bela. Bom dia
Sai antes porque havia uma reunião sobre meu livro
Eu sabia que essa viagem me traria surpresas. Mas não como a que tivemos.
Até já
Seu esposo
-É O QUEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE?!!!!
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Entro no quarto e dou de cara com a cena mais linda e divertida. Uma mulher vestida com uma camiseta social larga, descabelada, surtando de um lado para o outro enquanto me esperava.
Bom, ela está dentro dos surtos que eu esperava
-Lucas, como você ousa. O que a gente fez, pelo amor de Deus!!
- Eu esperava algo mais receptivo diga-se de passagem – digo sem evitar o riso brotando na minha boca, mas antes de me permitir gargalhar continuo - Você não se lembra de nada? -Me faço de desentendido, na esperança que ela lembre de algo.
- Eu deveria me lembrar? Eu lembro do bar, da gente beber, conversamos, e de andarmos pelas ruas.
- Hum, o que mais se recorda?
- Bom, eu lembro levemente de a gente parar em frente a uma capelinha.
Ela diz enquanto a respiração fica cada vez mais exasperada.
-Bom o resto você já sabe por tabela.
Era claro que ela não fazia a mínima ideia do que tinha acontecido. E eu estava jogando um jogo difícil de se manter, mas algo dentro de mim sabia que eu precisava mantê- lá perto de mim. Algo fazia com que eu quisesse conhecê-la mais, sentir mais sobre ela. Sentia que ela era a motivação de qualquer desbloqueio que eu viesse a ter em minha escrita. Só esperava que ela comprasse a história e não saísse correndo.
Continuo olhando em seu rosto amargurado, tentando descrever as nuances das suas emoções. Era difícil entendê-la, e normalmente, eu tinha facilidade em descobrir o que as mulheres pensavam.
Como num piscar de olhos, vejo que sua face sai de amargurada, para risonha, e seu rosto começa esboçar um riso que se transformou em gargalhadas. Era lindo ver o quanto ela ria, mesmo que aquilo parecesse uma risada de nervoso.
-Eu não - risos - acredito - mais risos - que eu acabei de fugir de um casamento - muitos outros risos- para entrar em um outro, com alguém que eu não conheço e o pior - risos chorosos- eu nem me lembro.
E assim foi a deixa para os risos virarem lágrimas. Muitas lágrimas.
Sento do lado dela, esperando que os soluços parem, e tento afagar suas costas, tentando dizer algo. Mas o que eu posso dizer a ela? Parando para pensar agora, qual foi o nível de loucura que a minha em fazer ela entrar nesse jogo?
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Lua de Mel?
RomanceSinopse: Você já se imaginou fugir do próprio casamento? Pois Livia já. Ela se vê dentro de uma enrascada, quando diante ao altar ela resolve fugir do seu próprio casamento. Frustrada com a fuga eminente, e mais ainda frustrada por ter pego seu no...