Tulipa Potter e o Enigma do Principe

Capítulo 4 - Convocação Ministerial

Tulipa Potter-Snape narrando

Dizer que o meu pai ficou bravo com a tatuagem é o eufemismo do ano, ele ficou realmente furioso comigo e com o meu padrinho e nos deu todo um discurso raivoso sobre loucuras, irresponsabilidade e como não deixaria eu nunca mais ficar a sós com o meu padrinho porque ele devia saber que não deveria confiar a responsabilidade de cuidar de um peixinho para o Sirius, muito menos a minha vida. Considerando que nós não fomos atacados, que eu não me machuquei e que eu apenas fiz uma tatuagem por vontade própria, eu achei as alegações do meu pai exageradas demais e que isso jamais me impediriam de ver o meu padrinho e que o próximo dia programado com o meu padrinho aconteceria sem problemas.

Claro que isso não me impediu de ficar de castigo, é claro que não. Felizmente os castigos de Snape eram muito diferentes dos castigos dos Dursley que envolviam privação de comida e maus-tratos físicos. Os castigos de Snape envolviam mais tarefas de casa, mas nada que me deixasse fisicamente machucada, mais livros para ler e resumir e mais aulas de apartação o que na verdade era um bônus. Eu havia estrinchado várias vezes e perdido partes do corpo, mas consegui algumas vezes aparatar para dentro do circulo e agora estamos tentando lugares diferentes em distâncias maiores.

Os nervos do meu pai estavam finalmente começando a melhorar o dando uma estabilidade maior para lançar feitiços complexos e preparar poções de auto nível. Infelizmente isso também significava aprender a lançar feitiços não verbais, nenhuma novidade que eu tive tanta dificuldade neles quanto com os feitiços normais e não tendo a vantagem de poder usar ofidiomagic. Era como reaprender a magia do zero, ou voltar a estudar para os NOMs de todas as matérias na parte pratica e tentar lançar os feitiços apenas o invocando na minha mente e fazendo o movimento certo da varinha.

Eu estava justamente no café da manhã treinando o feitiço Wingardium Leviosa com uma colher e falhando miseravelmente em manter o feitiço por mais de 15 segundos antes da colher bater com tudo sobre a mesa. Solto um suspiro frustrado e ignoro o pequeno sorriso de diversão que o meu pai tenta esconder com uma xicara de café ao ver todo o meu sofrimento. Eu obviamente entendo as vantagens de lançar feitiços não verbais, é uma excelente forma de garantir que o inimigo não saiba qual feitiço esta sendo lançado. Por mais que ao usar ofidiomagic a maioria das pessoas realmente não me entende, Voldemort entende muito bem o que eu estou falando e ele é o meu maior inimigo. Foi quando a colher caiu pela 12ªvez que uma coruja de pelagem castanha com várias manchas brancas entra na nossa casa e deixa uma carta no meu colo.

Cara Srta. Tulipa Potter-Snape,

Você esta convidada a comparecer ao Ministério da Mágia para uma reunião privada com o novo Ministro da Magia, Rufo Scrimgeour, amanhã as 09h da manhã no seu escritório.

Atenciosamente,

Percy Weasley

Secretário Pleno do Ministro da Magia da Grã-Bretanha e Irlanda.

Releio a carta algumas vezes antes de passa-la para Snape enquanto penso nas ramificações do recado incrivelmente direto e um pouco rude de Percy Weasley. Apesar de eu ter basicamente 4 Weasley no EB e estar pensando em formas de recrutar Fleur Delacour unicamente porque eu já recrutei Cedrico e Viktor e seria legal ter todos os campeões do torneio tribruxo juntos, eu nunca considerei recrutar Percy Weasley. O garoto que perdeu o pai pelas maquinações de Dumbledore e que pode ser tão ambicioso quando um sonserino, mas que tinha aquela lealdade a família que o fez gritar e brigar com o irmão no velório do pai. Havia também aquela estranha convocação para ver o novo ministro que me deixava preocupada com as suas motivações.