Capítulo 20 - Suicide note

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Tulipa Potter-Snape narrando

Eu estava cansada, verdadeiramente exausta, a reunião do EB na noite anterior foi uma completa loucura, entre consolar a Tracey, informa a Hermione que os seus pais já estavam seguros e acalmar todos os membros do EB além de lembra-los que tínhamos um plano de segurança e locais seguros para todos os seus familiares trouxas, mas que precisamos movê-los com cuidado para não chamar a atenção do lado inimigo do que estávamos fazendo e do quão bem preparados estávamos.

Eu passei a reunião inteira acalmando todo mundo enquanto Neville e Blaise ajudavam a organizar as contagens e movimentações de suprimentos que seriam necessárias para os abrigos. Gina, Astória E Luna ficaram coletando todos os nomes e endereços dos trouxas que moveríamos para os abrigos. Milicent e Draco estavam responsáveis por as cartas de cada membro do EB para a família que seriam entregues para eles no momento de extração como uma forma dos familiares terem certeza de que não é uma armadilha; Eu, Pansy e Hermione por outro lado gastamos quebrando a cabeça montando um cronograma para retirar todo mundo sem chamar atenção e para onde todos iriam. Uma verdadeira loucura.

Eu estava cansada durante o café da manhã, por mais que prefira o chá ao café com uma vitória flagrande, mas o meu estado de cansaço é tão grande que acho que dormirei nas aulas de hoje e vou conseguir uma detenção. A pior parte do meu pai morar em Hogwarts é que ele realmente fica sabendo das detenções e me olharia com decepção, fora o fato que eu sou monitora e seria um péssimo exemplo. Sou arrancada dos meus pensamentos ao sentir o pé do meu namorado cutucando o meu de leve.

- Esta tudo bem? – ele sussurra para mim ainda preocupado depois do ataque mental que eu sofri ontem.

- Só cansada, nada demais – falo sorrindo e o cutucando com o pé embaixo da mesa em resposta.

Nós começamos essa brincadeira ano passado quando Umbridge proibia que garotos e garotas se tocassem e distribuía detenções tão rápido quanto criava decretos educacionais inuteis, depois de anos apaixonada pelo meu melhor amigo eu não iria deixar de tocá-lo só porque Umbridge queria. Por isso se encostar por baixo da mesa foi uma ótima solução e mesmo que hoje em dia estejamos livros para andar de mãos dadas e sentar lado a lado, ainda me trás uma deliciosa nostalgia quando podemos fazer isso.

Logo depois disso o correio chega, eu não estava aqui ontem mas noto o terror em todas as mesas conforme algumas corujas chegam com caixas, eu já fui informada que a cabeça da mãe da Tracey chegou em uma caixa assim. Com os ombros tensos e analisando as reações ao redor do salão eu espero enquanto alunos assustados abrem as caixas e suspiram de alivio ao não encontrar nenhum surpresa sangrenta. Ignoro as duas cartas que recebi enquanto faço o mesmo que a maioria dos professores examinando o salão com calma e só relaxo quando percebo que todos os pacotes foram abertos e não havia nenhuma surpresa.

- Oh droga, eu tenho um irmãozinho – Millicent fala para nós parecendo frustrada – eu sempre quis um irmão para ensinar a jogar quadribol, mas jamais imaginei que seria assim.

Suspiro entendendo as palavras não ditas da Millicent, porque para ela a mais nova notícia dos pais não é sobre a alegria da família ter aumentado, mas sobre eles terem conseguido o herdeiro sobressalente que precisavam para continuar com o plano estupido deles de tentar forçar a filha a se tornar uma Comensal da Morte para ficarem bem com Voldemort sem que eles próprios precisem lutar! O pior é jogar essa carta na cara dela, como que para esfregar esse plano estupido na frente dela e falar que ela não conseguirá fugir enquanto fingem ser bons pais.

- Eu realmente acho que já esta na hora da minha mãe conhecer os seus pais – Blaise comenta com um sorriso cruel nos lábios.

- Eu te aviso no natal dependendo de como as coisas forem – Millicent comenta encerrando o assunto antes que o lado não legal da Sonserina fale algo.

Tulipa Potter e o Enigma do PrincipeOnde histórias criam vida. Descubra agora