Capítulo 16 - Treinamento secreto

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Tulipa Potter-Snape narrando

No dia seguinte vários dos meus apoiadores na Sonserina, mesmo os que não faziam parte do EB me lançaram sorrisos e agradecimentos gratos por saber que eu os defenderia de qualquer ataque dos pró Voldemort e eles seriam vingados. Claro que Rosier, Crabbe e Goyle não estavam felizes comigo, ou mesmo as gêmeas Carrow que além de estarem carecas e machucadas estavam sendo perseguidas por dezenas de sapos, isso com certeza vai fazê-las descer do pedestal e aprender uma lição.

Assim como no dia anterior os professores pareciam estar levando a sério nos passar o máximo de lição possível para nos preparar para os NIEMs, além de incentivarem feitiços não verbais em todas as aulas. Segundo o meu pai a tendencia é que a partir do meio do ano os professores já estejam exigindo que todos os feitiços utilizados em aula sejam não verbais. O conteúdo também ficou muito mais difícil, em aritmância estávamos aprendendo a fazer derivadas que era extremamente complexo e com várias regras. Daphne, Draco, Hermione e Blaise eram os únicos dos meus amigos que ainda cursavam essa matéria comigo e estávamos todos sofrendo juntos e com a cabeça girando em números na saída de aula.

- Hei, Tulipa! – Astória fala sorrindo para mim com o cabelo prezo em trancinhas – me pediram para entregar esse bilhete do diretor para você.

Sinto um frio na espinha enquanto começo a pensar no que o diretor poderia querer comigo, havia muitas formas de me contatar, inclusive por Snape e usar Astória de todas as pessoas para fazer isso só me deixa ainda mais incomodada com toda essa história. Daphne também estava tensa, os seus instintos super protetores parecem terem ficado ainda mais fortes em Astória, quase igual quando a mesma entrou em Hogwarts a 3 anos atrás.

- Você esta bem? Você não deveria estar na aula? – Daphne fala preocupada se aproximando da irmã – alguém andou te atormentando de novo?

- Calma! Eu estou bem! O professor Hagrid que nos liberou cedo hoje – Astória fala revirando os olhos – se você já parou de agir igual a mamãe eu tenho lugares para ir.

- Lugares para ir? Como assim! -Daphne fala mas a irmã caçula apenas fica vermelha e recusa a responde-la.

Apesar de estar, é claro, curiosa sobre o que quer que Astória estivesse aprontando e ter certeza que ela estava bem, eu estava muito mais curiosa quanto ao conteúdo do pergaminho que estava nas minhas mãos e no que quer que Dumbledore estivesse tramando dessa vez e tinha a intenção de me envolver. Por mais que eu e o diretor estivéssemos alinhados no nosso desejo de derrotar Voldemort, nós tínhamos visões de mundo e de estratégia muito diferentes. Dumbledore sempre foi o mestre das marionetes, a pessoa que acredita que os fins justificam os meios e não se importa que alguns morram para concretizar os seus planos. Uma parte de mim tinha medo de ser tão facilmente descartada por ele, que nos seus planos eu acabasse morta e por isso eu não confiava nele.

Cara Tulipa,

Gostaria que você viesse ao meu escritório hoje as 8h da noite, acredito que precisamos começar algumas aulas particulares a muito atrasadas que a ajudarão de forma inestimável no futuro.

Atenciosamente, Alvo Dumbledore

Os: Gosto de Acidinhas.

A última parte é bem obvia, Dumbledore adora colocar as senhas do seu escritório como os mais variados doces, a grande questão é o que ele quer me ensinar, se eu irie e se eu devo levar Snape comigo. Eu obviamente vou falar com Snape antes de ir ver Dumbledore, eu não confio tanto assim no diretor para fazer diferente, a questão é qual o movimento mais inteligente a se fazer. Eu não acredito que o diretor irá me dar qualquer informação relevante que não deu para os membros da Ordem da Fênix, como consequência eu já sei graças a Snape. A única outra coisa que ele pode ter a oferecer são um treinamento em feitiços que podem me ajudar a sobreviver a guerra.

Tulipa Potter e o Enigma do PrincipeOnde histórias criam vida. Descubra agora