feelings: Enquanto Me Apaixonava Por Você - Dimaury

4 | Aonde se tinha uma loira de sainha

Nota da autora

Chegou, galera. C-H-E-G-O-U.

É a hora de falar daquele grande evento, lembra? Que parece quase uma lenda urbana, que envolve uma certa loirinha de sainha perigosa e roupa de oncinha e um malandro de regata branca, jeans e sua boa verdinha na mão. Lembra? Pois é.

Vou colocar datas ao longo do capítulo, porque são eventos que acontecem próximos um do outro, para vocês não se perderem.

Por motivos de Lorentins, meus amores, vai ter uma brincadeirinha com os pronomes de tratamento, mas sem surto, we're still talking about men fuking.

E como de praxe, é old que:

🔞AVISO: Este capítulo possui descrições de cunho sexual, esteja ciente.

Boa leitura!

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AMAURY, terça-feira, 16 de janeiro

Ele me lançou um olhar de lado, me analisando com desdém e depois olhou para frente novamente, todo marrento.

Até então, mesmo fazendo alguns minutos que a gente estava junto no mesmo espaço e esperando o programa ficar ao vivo, ele fazia de conta que eu não estava ali.

Me aproximei devagar, Diego não saiu de sua posição, com as mãos unidas na frente do corpo e fingindo que eu nem existia.

- Posso saber o que tá se passando pequetito? – cutuquei ele com o ombro - Porque você tá esquisito comigo?

- Você é um mentiroso – sussurrou.

- Sobre o que, especificamente? - ele precisava ser mais específico, no meu caso, já que eu era constantemente acusado de mentir bastante.

- Sobre ir dormir cedo ontem. Vi a hora que você postou aquela foto – se aproximou de mim para falar e eu precisei abaixar um pouco para deixar meu ouvido na altura de sua boca – Todo mundo zoou com a minha cara na hora Amaury, lá no rolê. Ficou parecendo que você me deu um gelo.

- Mas não foi isso - revirei os olhos.

- Mas foi o que ficou parecendo.

- Eu te disse: queria ficar na minha, no quarto, pra me preparar para hoje. É um dia importante.

- Poxa, mas justo ontem? – ele se virou para mim, ainda indignado - O único dia que a gente tinha pra se encontrar de novo e era a oportunidade perfeita pra você conhecer e interagir melhor com meus outros amigos – e fez um beicinho que, juro, foi a coisa mais fofa que eu já tinha visto, com aqueles olhinhos graúdos brilhando e as sobrancelhas unidas e franzidas para cima.

Aquilo pouco combinava com Diego, já que era tão incomum ele ser manhoso comigo, sendo o usual me dar um monte de patada, por isso soava meio engraçado. Ele realmente estava chateado.

- Mas eu achei que era você que não queria me ter por perto, pequetito – belisquei o queixo dele, que tinha a barba já crescendo. Ele relaxou os ombros, mas me olhou com desentendimento.

- Como assim? Do que você tá falando?

- Vai me dizer que você não saiu todo estranho naquele dia depois que a gente... – eu levei a boca para mais perto do ouvido dele – Que a gente, você sabe... – aprontei uma grande vigarice, mordendo o lóbulo da orelha dele e emitindo um "nham" como se tivesse "comendo", enquanto tapava com a mão a área simulando um sussurrar no ouvido dele, para evitar que olhassem.

Ele se afastou muito rápido assim que pareceu sentir o contato dos meus dentes em sua orelha e eu pude ver os pelos de sua nuca se arrepiarem. Ri contido.