feelings: Enquanto Me Apaixonava Por Você - Dimaury

8 | Aonde ia direto no ponto fraco

Nota da autora

Capítulo surpresa, para tentar compensar os atrasos e minha falta de compromisso. Agora... e aí, vai passar este final de semana aconchegada com seu amorzinho (isso inclui pets 🐶)? Ou vai ficar enrolada de pijama, de TPM, solitária, amarga e amaldiçoando todos os casais do mundo, como eu?

Hoje o único aviso que tenho para dar a vocês é que tomem cuidado com o nível de glicose deste capítulo.

Uma boa leitura e um excelente final de semana!

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DIEGO

- Vai, toma essa sopa, garanto que você vai se sentir muito melhor depois, pequetito - Amaury colocou o prato na minha frente e eu fiz cara feia, virando o rosto e colocando a mão sobre o nariz.

- Ai, sei lá, tô meio enjoado ainda.

- Quer que eu vá com você ao banheiro de novo?

- Não precisa, mas agradeço mesmo assim - prontamente eu recusei me dispor a repetir o episódio de minutos atrás. Eu ainda estava meio sem graça em ter quase vomitado no chão do apartamento dele, assim que acordei.

Para explicar melhor, tenho que voltar o filme um pouquinho.

Lembra daquela ideia de ir embora e voltar para o hotel depois do desfile? Pois é, eu também tinha esquecido.

Foi fácil me animar novamente e voltar a dançar com o Amaury, abraçados, como dois malucos balançando as mãos com a galera - detalhe, não tinha quase mais ninguém - cantando a plenos pulmões os trechos dos sambas-enredo que sabíamos.

É claro que não estávamos sóbrios, ninguém em sã consciência ia sair gritando seis horas da manhã pela calçada daquele jeito se ainda lhe sobrasse algum bom senso.

Em meio a tropeços em uma caminhada desajeitada em dupla, por ele estar com o braço direito sobre meu ombro esquerdo e eu com o esquerdo em sua cintura, Amaury se virou para mim, com os olhos tão pesados quanto os meus e perguntou:

- Casa?

- Casa.

Pegamos um táxi. Isso mesmo, um TÁXI. E por casa quer dizer o apartamento dele.

Quando finalmente chegamos, Amaury jogou as chaves em qualquer lugar e foi até bem próximo do sofá, se jogou lá e dali não demonstrou mais nenhum sinal se ainda estava neste mundo entre nós.

Eu simplesmente segui para onde lembrava que era o quarto dele e fiz o mesmo na sua cama: capotei.

Muitas horas depois, acordei desnorteado, com uma dor insuportável na cabeça e com muito, muito enjoo. Quando me levantei e me pus sentado, tudo girou.

Eu só gritei "AMAURYYYY!!!" e ele apareceu no quarto usando um avental de cozinha minúsculo, com os olhos arregalados e perguntou "Que foi??" assustado, querendo saber o que tinha de errado comigo.

Falei que estava ao ponto de vomitar e esperava que ele simplesmente trouxesse algum balde para mim e saísse para eu me virar sozinho, mas ele apressadamente me ajudou a ir até o banheiro, me segurando pelos ombros e assim que chegamos lá, abriu a tampa do vaso sanitário onde quase não deu tempo, mas eu consegui colocar minha cabeça ali e despejar quase todo o conteúdo do meu estômago.

Enquanto isso, Amaury estava agachado ao meu lado, fazendo um carinho nas minhas costas falando baixo "Vai passar, vai passar".

Eu de fato fiquei muito envergonhado, mas, mais do que grato também, fiquei tocado. Ele era atencioso demais, como pode?!