9 | Aonde se tinha que tirar a dúvida

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ATENÇÃO 🔞: Este capítulo contém descrições de cunho sexual, esteja ciente.

Nota da autora

Penúltimo capítulo desta primeira fase da fanfic e o último que é baseado em alguns eventos reais, pois a partir da segunda fase a narrativa tomará seu próprio rumo e avançará no tempo.

Boa leitura, meu grande amor!

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AMAURY

- Hm? O que foi? - algum tempo se passou e Diego parecia estagnado, enquanto eu ainda o tinha junto ao meu corpo, nos braços, após aquele momento cheio de afeto que compartilhamos, quando descrevi para ele com muita sinceridade um de seus detalhes que, para mim, eram um dos mais adoráveis e intrigantes.

Mas não pude deixar de notar que apesar da nossa interação ter acontecido como sempre, tal como a relação que cultivamos, - repleta de carinho e cuidado - ele naquele dia em particular estava diferente, de alguma forma.

Primeiro, achei que fosse por causa da ressaca. As dores, o vômito, aquilo não era nada fácil de lidar, de fato. Mas passei a observar que quase sempre que eu olhava para ele, o capturava me observando ou olhando para o nada, meio perdido em pensamentos.

Não sabemos em que situação uma pessoa está até que ela nos diga, claro, mas meu sexto sentido me mandava pisar em ovos naquele dia com ele, para aliviar o clima distraindo-o com as minhas idiotices. Tentei fazer o meu melhor para que se sentisse bem, cuidando dele, lhe preparando uma refeição agradável ao seu estômago frágil e proporcionando o que eu tinha de melhor em conforto.

Talvez ele estivesse precisando da companhia de um amigo afinal de contas, pois parecia bem melhor depois de um tempo junto a mim, até sorria para o seriado que ele assistia vidrado e muito interessado. Como eu disse uma vez a vocês, ele era um pouco arisco e tinha um senso de independência bem desenvolvido para um jovem homem da idade dele, então consequentemente afeto não era uma coisa que eu conseguia arrancar com muita frequência de sua parte - ou talvez fosse eu que gostasse demais de contato físico.

Mas somos todos humanos. Pois ele não reclamou quando praticamente assumi o controle do seu corpo, lhe posicionando na cama como eu queria e assim passei a massagear os locais em que ele reclamava de desconforto.

O ápice do momento foi quando senti sua aproximação repentina sem dizer uma palavra.

Isso era inusitado. Mas eu tinha gostado.

Era difícil achar uma brecha para poder me aproximar, logo era muito mais fácil quando ele tomava a iniciativa. Então ali estava o homem, deitado sobre meu peito.

- Quer me falar alguma coisa? – sacudi de leve seu corpo - Tem algo acontecendo?

Ele nem piscava, mas um olho tremulava talvez por irritação pela falta de lubrificação. Comecei a ficar assustado.

- Vamos pequetito, me fala, pra eu poder te ajudar.

De repente ele fez um ruído com o nariz ao inspirar forte como quem desperta assustado, se desvencilhando de mim e tomando uma certa distância.

- Tenho que voltar pro hotel! – ele se levantou da cama, pegando o celular que estava na mesa de cabeceira para verificar as horas.

- Você está bem? Meu Deus Diego, você ficou parado um tempão, quase sem respirar...

- Estou bem, foi só um pensamento distante, um transe aleatório – ele coçou a testa, parecendo meio frustrado com algo - Eu realmente preciso ir agora.

feelings: Enquanto Me Apaixonava Por Você - DimauryOnde histórias criam vida. Descubra agora