𝙲𝚊𝚙í𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟷𝟺

2.1K 321 93
                                    

A casa do rio permaneceu agitada naquela noite.

- Como infernos você nunca nos contou que tinha um filho?! E que ele era da Primaveril?!- Rhysand perguntou extremamente surpreso com todas aquelas notícias.

Ele era o amigo mais antigo de Amren nesse mundo, e ainda assim mal a conhecia. Ele sentiu que não saber daquele fato, fora quase como uma facada em seu peito.

Amren tinha um filho aqui. Como?! Quando?! Por que ela não os contou?!

Amren deu grito, um berro alto e estridente que fez com que todos se voltassem para ela em silêncio.

Silêncio, era tudo que ela precisava.

- Sim, Ezra é meu filho, mas não é de sangue, não que isso me importe. ‐ Amren contou . - Ele é do meu mundo, de uma raça diferente da minha, ele é só metade. A mãe de Ezra, uma Grã-feérica antiga que partiu para lá por meio do parceiro, que era um ser do meu mundo.

Agora fazia mais sentido. Amren estava ali a tanto tempo, não teria como ela ter tido um filho em seu mundo e ele permanecer uma criança quando veio para Prythian.

- Ezra veio para cá à alguns séculos. Eu o achei quando era criança e o criei pelos 50 anos seguintes. Logicamente criamos uma ligação. - Ela revelou .

Rhysand lembrou-se de um tempo que Amren mal passava tempo em Velaris, ela alegava estar pesquisando mundo a fora. Ela mentiu.

- Nunca contei nada, pois sabiam que iriam ficar me questionando sobre. E também não havia necessidade de vocês saberem. Ezra também demorou um bom tempo para se acostumar com alguém que não fosse eu.‐ Amren o cuidou até que ele pudesse se sentir seguro no novo mundo. - Ele acabou vagando por várias cortes, mas parou na Primaveril. Lucien deve saber mais sobre isso.

Eles se viraram para o ruivo . Lucien suspirou pesadamente.

- Ezra entrou para a guarda de sentinelas pouco antes dos acontecimentos sob a montanha. Ele era um bom soldado. Ele nunca contou sobre de onde vinha, ou o que era, nos respeitamos isso, muitos das Primaveril se mudavam para a corte em busca de fugir de seu passado, então não o incomodamos fazendo perguntas desnecessárias .- Lucien sabia bem como era fugir do passado, ainda fazia isso.

- Um ser de outro mundo, e vocês não achavam necessário perguntar?!‐ Azriel falou de forma sarcástica.

- Não quando ele não era uma ameaça. - Lucien respondeu de forma firme. - Ezra era amigável, nunca foi de briga e sempre foi gentil e educado. Em momento alguém ele representou perigo. - Lucian não gostava de como eles estavam mencionando Ezra.

Antes de tudo, eles eram amigos, se davam bem e quando o conflito com Hybern chegou, Ezra o aconselhou a deixar a corte, tal como ele fez quando as coisas se tornaram mais sérias.

- Não fique desconfiando de meu filho Azriel. Se você representar perigo a ele, você terá que lidar comigo. ‐ Amren o ameaçou.

Aquela era a primeira vez que ela soltava uma ameaça tão séria em relação a qualquer daquela corte.

Mas quem poderia julgá-la? Amren era mãe, e seus instintos de proteção a seu filhote sempre falariam mais alto, ao de proteção ao seus amigos, sua família.

- E quanto ao fato dele agora ser o general?! Trouxe o general inimigo para dentro de nossa casa.‐ Feyre perdeu a noção do perigo.

- Ezra retornou a corte com os outros sentinelas que debandaram após a guerra. ‐ Lucian respondeu. - Sabe que muitos deles preferiram não lutar.

- Exatamente. ‐ Amren confirmou Lucian. - Meu filho foi um dos poucos que permaneceu lá após tudo. Ele ficou a lado de Hyacinth este anos todos.

- Deveria tê-lo trazido para cá. - Cassian disse. - Seria muito melhor que ele ficasse conosco do que com Tamlin.

- Ele ficou com Hyacinth, desde o nascimento dela, ele não a deixaria. E ele não está com Tamlin, está com a menina. - Amren respondeu. Sua voz soava extremamente calma e ameaçadora ao mesmo tempo.

Ela acabaria perdendo o controle caso algum deles viesse a falar mais asneiras sobre seu filho, ou sobre Hyacinth.

- Por que a defende ?!- Feyre perguntou. - Ela não vale a pena.

Amren rosnou para ela.

- Eu já disse, você não a conhece, não pode julgá-la, não pode dizer que ela não vale a pena.- o brilho do ódio nos olhos de Amren fez com que Feyre se encolhece. - Ela vale a pena, é boa e gentil.

Amren deu as costa a ela e seguiu para a cozinha. Tirando de um freezer separado uma garrafa com líquido vermelho.

Sangue. Ela despejou o sangue numa tarça e se pos a beber.

- Você a julga sem conhecê-la, mas não cometa o erro de tratá-la como inimiga. Se amecar Hyacinth, se fizer qualquer coisa contra ela, você estará começando uma guerra, e você não sabe e nem saberá, que tipo de aliados ela possui. - Amrem a alertou . - E você não me teria nesta guerra, eu não lutaria contra vocês, mas também não lutaria contra meu filho, e diferente de vocês, eu o protegeria nessa guerra.

Amren estava jogando um jogo perigoso. Eles eram sua família, mas seu filho era sua propriedade, ele sempre fora.

- Hyacinth possui aliados poderosos, e se ela continuar como é, ganhará mais a cada dia que se passa. Ela agrada os espíritos da natureza, ela é filha da floresta. Nunca a verão desprotegida, onde quer que ela vá , a vida e a morte à seguiriam, como amigas, como irmãs. - Amren deu seu último aviso . - Não cometam o erro de tê-la como inimiga. Deveriam mesmo, é procurar ter sua amizade, sua lealdade.

- Assim como você?‐ Mor perguntou com a voz carregada de rancor.

- Exatamente. ‐ Amren a confirmou com um sorriso felino .

•••

Os dia se passavam e a imediata se mantia distante dos outros. Eles não estavam a tratando como de costume, tudo por ela defender sua cria e Hyacinth.

Ela montava feitiços e medidas de proteção ao redor da cidade, da casa do rio e principalmente do quarto de Nyx. Ignorando todos eles e suas mas condutas, quando grosserias eram lhe mandadas ela rebatia com mais acidez .

Mas isto não durou muito, até eles perceberam que era idiota permanecer com aquilo, apenas Feyre continuava irritada.

Tudo em relação a menina lhe irrita. Foi o que Amren disse.

Azriel estava trabalhando junto a Lucien, tentando conseguir informações sobre a corte. Os dois formavam um boa dupla, quando deixavam a acidez de lado.

O illyriano tinha que admitir, ele se daria muito bem com Lucien desde o início, se tivessem se conhecido em outras circunstâncias.

Amren não falava muito sobre a ameaça, ela sabia que os ataques não seriam constantes, talvez um de meses em meses, até eles perceberem que deveriam tomar medidas mais trágicas.

Ao menos, isso lhes daria tempo de reunir os exércitos e suas forças pata combater.

Foi avisado que enquanto a ameaça não se tornasse mais drásticas, eles não poderiam contar com a ajuda das outras cortes, o que deixou Feyre extremamente irritada.

É um problema interno nosso, as outras cortes não iram se meter em perigo enquanto a ameaça não os atingir. - dissera Lucian , e tendo o apoio de Mor e Amren , para sua surpresa.

Rhysand pediria ajuda a Helion, como amigo, apenas desse jeito.

A corte noturna estava se preparando, Amren estava se preparando. Se aquilo realmente chegasse a um nível drástico, ela iria precisar de todas as suas forças.

Até lá, ela seguiria observando e ficando em alerta, a cada fenda que ela pudesse localizar.

••••○

Informação: Amren não perdeu os poderes nessa história, eles só foram reduzidos.

Feyre tá sendo cuzona e não esperem uma melhora tão cedo.

É isso.

Bjs, até segunda.

𝐂𝐨𝐫𝐭𝐞 𝐏𝐫𝐢𝐦𝐚𝐯𝐞𝐫𝐢𝐥 | ᴬ ᴾʳⁱⁿᶜᵉˢᵃ ᵈᵃˢ ᶠˡᵒʳᵉˢOnde histórias criam vida. Descubra agora