𝚌𝚊𝚙í𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟹𝟷

868 119 30
                                    


Hyacinth caminhava junto Jurian pela estradas de um pequeno vilarejo que ficava perto da mansão dos exilados.

Já havia se passado alguns dias desde que ela estava ali com eles. Alguns dias fora de sua corte, sendo apenas a Hyacinth.

Naquelas terras ninguém tinha noção de quem ela era, viam ela apenas com uma Grã-feerica. O que não era exatamente bem vindo nas terras humanas.

Hyacinth podia ter escondido suas características feéricas - que não eram muitas - mas preferiu que o povo humano a visse como ela era. Se iriam começar a construir uma boa relação, não poderia se iniciar com mentiras.

Apesar da hostilidade de alguns, Hyacinth dedicou-se a enteder sobre os humanos e suas vidas.

Ajudou alguns agricultores com sua magia da terra. Brincou com crianças humanas da sua idade na praça da cidade. A noite, dançou, cantou e girou em volta de uma fogueira com os moradores.

Uma noite por mês eles faziam uma grande fogueira e serviam um pouco de cada comida uns aos outros. Contavam histórias e compartilhavam saberes. Era uma noite divertida e esperada por muitos no mês.

Hyacinth ficou perto dos anciãos para escutar melhor as histórias das eras humanas anteriores. Escutava tudo com grande fascínio por descobrir mais daquela cultura.

Lucien ficava alegre de ver como ela estava se conectando com os humanos e entendendo suas histórias, sendo curiosa sobre elas.

Vassa achava aquilo tão lindo. Nunca imaginou que um dia algum feérico- com exceção de Lucien - fosse ter tanto interesse por sua cultura.

Jurian ria de leve se perguntando como aquela menina ficava impressionada com coisas tão simples. Ainda que se divertisse ao contar sobre a diversidade no continente humano.

A menina adorava ser apenas uma pessoa normal, na medida do possível. Talvez Vassa estivesse certa no final das contas.

Por mais que ela ainda se recusasse a aceitar isso.

•••

Os dias na primaveril estavam quase que penumbros.

As coisas ainda andavam como deveriam. As rosas tinham um papel importante nisso, assim como Tamlin, surpreendentemente.

O macho percebeu ainda no início que as rosas não estavam dando conta de tudo, principalmente da parte de Hyacinth. Ele acabou por assumir os deveres da filha como uma maneira de ajuda-las e de distrair a sua mente.

Naquele dias, Tamlin estava com a ansiedade a mil. Com Hyacinth fora de casa em algum lugar que ele não sabia onde era, estava quase para arrancar os próprios cabelos da cabeça.

Sua mente também focava em seu macho toda vez que o via por algum corredor da mansão. Os dois estavam quase causando mais um colapso mental no loiro.

Sua filha sumida e o parceiro de quem não era digno.

Nunca em mil anos ele imaginaria que teria que lidar com tamanha dor de cabeça.

Os treinamentos também haviam começado, para enfim ocupar os comandantes que estavam quase partindo em uma caçada por sua Grã-senhora.

Ezra dividiu seu tempo entre treinar os exércitos da primaveril pela manhã e pela tarde os da Estival.

Varian estava o ajudando a conciliar para que tudo saísse como devia. Ezra estava preocupado demais com o que aquele incidente anterior poderia vir a se tornar.

𝐂𝐨𝐫𝐭𝐞 𝐏𝐫𝐢𝐦𝐚𝐯𝐞𝐫𝐢𝐥 | ᴬ ᴾʳⁱⁿᶜᵉˢᵃ ᵈᵃˢ ᶠˡᵒʳᵉˢOnde histórias criam vida. Descubra agora