𝙲𝚊𝚙í𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟷𝟽

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A reunião dos Grão-Senhores havia começado a poucos mais de uma hora. Haviam poucas cortes presentes.

Entre elas a corte Noturna, Outonal e Invernal.

Helion a todo momento olhava para a porta esperando algum indício da chegada da corte Primaveril.

Desde aquela carta, foi lhe disparado uma curiosidade sobre a jovem menina que Tamlin afirmou ser sua Grã-senhora.

Uma criança indo para a adolescência que já governava. Como isso era possível? Era o que Helion gostaria muito de saber.

A filha da Primava, a princesa das Flores e pelo visto, Grã-senhora de sua corte.

— Esparando alguém?‐ A voz de Morrigan lhe tirou a atenção da porta.

A corte Noturna, era comum que todos os membros da hierarquia de Rhysand aparecessem, mas hoje, naquela reunião, apenas tinham vindo a imediata, a terceira no comando, o mestre espião e o emissário.

Algo que Helion notou rapidamente, foi o olhar divertido da pequena Grã-feérica de olhos prateados.

— Na verdade sim, saberão quem quando chegarem.– Helion respondeu educadamente.— Está muito linda hoje, Morrigan.

— Você também não está nada mal.– Morrigan sorriu malicioso.

— As coisas andam intensas na Corte Noturna ultimamente, não?‐ Uma voz muito odiada se aproximou.

Beron, o Grão-Senhor da corte Outonal apareceu em seus refinados trajes nas cores de sua corte, ao lado dele, a fêmea mais linda que um dia Helion já pode contemplar.

Alyan tinha a pele bronzeada, os cabelos ruivos e olhos avelãs, ela era linda como a própria encarnação da luz, mas tinha uma feição tão cansada e angustiada, disfarçada por um pequeno e falso sorriso.

Helion não pode deixar de sentir um aperto no peito ao ver a mulher que um dia já amou, com um olhar tão triste como aquele.

— Não entedi. – Amren virou-se de forma predatória para Beron.

— Soube do ataque da tal criatura.

Amren conteu um rosnando.

— Estamos bem, aquela criatura foi morta em questão de segundo.‐ Amren respondeu com seu tom afiado.

— Imagino que sim.‐ Beron virou-se para Lucien e olhou com desprezo e nojo.— Olá, Lucien.

Helion se levou para maus perto do emissário.

— Olá, Beron.‐ Lucien não abaixou a cabeça ou o olhar. — Como está, mãe?

— Estou bem, meu filho.– Ela mentiu, Lucien sabia que aquilo não era verdade.

Lucien encarou a mãe que tinha um olhar tão sofrido, de longe ele viu Eris os encarando.

Por mais que não se dessem bem, nenhum dos dois gostava da forma de como Beron tratava sua mãe. Eris se odiava por não ter poder para fazer nada.

— Não sei se sabem, mas, corte Primaveril anda em um estado deplorável depois da guerra.– Amren teve vontade de rir. — Eu pretendo fazer alguma coisa em relação à aquele território.

— Imagino que sim.– Morrigan tinha vontade de arrancar a cabeça de Beron de seu corpo, mas se conteve. — Tamlin não era um líder decente, com certeza não melhorou.

Helion queria tanto contar sobre as novidades a respeito daquela corte, mas ele preferiu que fosse surpresa a chegada da Corte da Primavera.

— Tenho um projeto a propor, creio que todas as cortes possam se beneficiar.‐ a cada palavra de Beron, Amren contia ainda mais a risada.

𝐂𝐨𝐫𝐭𝐞 𝐏𝐫𝐢𝐦𝐚𝐯𝐞𝐫𝐢𝐥 | ᴬ ᴾʳⁱⁿᶜᵉˢᵃ ᵈᵃˢ ᶠˡᵒʳᵉˢOnde histórias criam vida. Descubra agora