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{ Anita Berlinger POV }

Saio do restaurante olhando de um lado para outro, não conseguindo ver o carro de Keana. Acho que ela ficou com medo da bronca que iria levar. Respirei fundo e caminhei até a esquina, pedindo um lanche para levar a minha nova 'casa'.

Adentrei o condomínio caminhando até a minha casa e por impulso olhei para a de Verônica, as luzes estavam acesas sinal que ela estava lá e segura. Entrei em minha casa e estava tudo escuro, quando liguei as luzes me deparei com um animal no meu sofá.

— Droga, como você entrou aqui, bicho feio?– Perguntei mesmo sabendo que não ia obter resposta. Com uma mão em meu peito pelo susto que havia tomado, tirei a minha arma do bolso e apontei para aquele gato.— Eu deveria te dar um tiro. O que? Não, eu não posso fazer isso, não aqui.

Respirei fundo e andei de um lado para outro, voltando minha atenção para aquele gato, melhor, acho que é um filhote de gato.

Ele miou, me dando outro susto.

— Ah, não faz isso. Juro que não aguento. O que eu vou fazer com você?– murmurei pensativa.—Já sei! Vou levar você para um lixão próximo e Pei! Bem no meio da sua cabecinha peluda...

Olhei atentamente para ele e vi que tinha uma coleira, estilo uma medalha em formato de coração. Caminhei até ele olhando a coleira, segurando-a. Estava escrito 'Kiana da Torres'—Você tem um dono...

— Kiana!–Escutei uma voz familiar e corri até minha janela, Abrindo um pouquinho a cortina, olhando por uma fresta quem estava chamando, é a minha missão.

— Kiana, minha bebê, aonde você está? Mamãe está preocupada com você.

Verônica chamava em um tom tristonho.

— Você é a gata dela? Nossa...– Me virei para a gata com uma mão na boca.— E agora? tudo bem, vou chegar lá com você no meu colo e vou fazer cara de paisagem. E... essa linda gata é sua? Não, não. Isso não vai dar certo. Mas tem que dar certo. Então vamos lá.

Guardei minha arma na altura de minha cintura e peguei o animal em meu colo, abrindo a porta. Desci a escadinha da varanda, Coço a garganta para chamar a atenção de Verônica que logo se virou, me olhando.

— Moça, essa gata ou gato é sua?–perguntei e Verônica me olhou surpresa.

— Você?–Perguntou ainda surpresa.—É... S-sim, é minha. É uma gata. Eu encontrei você no...

— Restaurante Zona Pública há algumas horas.–Completei e ela travou a mandíbula. Vi dois homens, um alto e o outro baixo se aproximar dela. Os dois seguraram ela um de cada lado tampando a boca dela. Soltei o gatinho em minha varanda, correndo até ela e com força segurei o braço do baixinho, dando um soco em seu rosto e outro em seu abdômen, fazendo-o cair de joelhos.

Senti alguém me segurar por trás, me soltei tirando minha arma apontando para os dois que apenas levantaram as mãos em rendição.

— Para quem vocês trabalham?–Perguntei, engatilhando a arma.

— Han?–O mais alto pareceu desentendido.

— Não.– Verônica se colocou na frente dos dois.—Eles são meus irmãos.

— O quê?–Perguntei sem reação e guardei minha arma rapidamente. Verônica ainda me olhava assustada. Olhei para seus irmãos e o baixinho se levantava com uma mão em seu nariz.

— Nossa, você é o que? Uma máquina mortífera? — Escutei ele perguntar em espanhol juro que não estou mais aguentando aquele idioma.

— Eu vi tudo assim que entrava no condomínio, está tudo certo?– um homem moreno perguntou se aproximando de Verônica.

Agente FBI | veronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora