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Até daqui a pouquinho :)

( A.B Pov )

Ia fazer meia hora que eu estava naquele carro, suportando a presença de Matias.

Eu já estava agoniada de estar naquela situação, ele não falava nada e muito menos me olhava, apenas estava fitando pela janela do carro o movimento lá fora, parecia pensativo.

Confesso que estou surpresa com a atitude dele, eu não estava esperando mesmo. Mas pode ser uma armadilha. Ainda não descartei essa possibilidade.

— O que você está pretendo com isso?— Perguntei olhando para Matias, que não moveu um músculo para me olhar. Ele não iria responder, vou repetir.— Eu perguntei, o que vo...

— Eu escutei, Anita!— Ele esbravejou. Finalmente me olhou, seus olhos eram de um escuro bem profundo, ele parecia triste ou irritado, talvez seja impressão minha. Eu não o conheço de verdade, só por saber que ele é um traficante, isso basta para manter uma distância segura dele.

— E então?

— Você não precisa saber, só tem que vir comigo.

— Você sabe que eu posso te matar agora e fugir daqui né?— perguntei, ele voltou a me olhar e sorriu de canto.

— Não quer ver ela?

— Por que está me perguntando isso?

Agora o semblante dele estava sério.

— Eu não quero sua amizade, Anita, pelo contrário, eu quero você bem longe e principalmente da Verônica.— Matias falou sério e sincero, eu já sabia.— Eu tô fazendo isso por ela e nada mais. Ela quer ver você e eu não vou negar um pedido a mulher que eu amo.

— E você acha que eu quero a sua amizade?— perguntei apontando o dedo na cara dele.— Acha que eu quero aproximação com um traficantezinho de merda como você?

— Tão traficantezinho de merda, que você nunca conseguiu colocar atrás das grades.— ele falou em tom debochado o que me deixou com mais fúria para sair dali.— Não quero dar prosseguimento a esse assunto.

Ele se virou para a janela, voltando a ignorar minha existência. Ficamos naquele silêncio até que passamos por um enorme portão verde. O carro parou em frente a uma mansão.

— Senhor, chegamos.— o motorista anunciou.

— Uau!— exclamei completamente fascinada, não que eu nunca tenha visto uma mansão, só que essa é bem maior.

— É grande, né?— Matias desceu do carro e eu fiz o mesmo.

Observei melhor a mansão que era toda branca e amarela, as escadas enormes de um piso polido, chegava até a porta com detalhes em rosa e amarelo. Olhei para a maçaneta de ouro e me abaixei para olhar e ter certeza.

— Isso é ouro mesmo?— perguntei duvidosa apontando para a maçaneta e Matias riu.

— Sim.— ele respondeu e girou a maçaneta entrando no enorme local.

— Quantos quartos têm aqui?— perguntei por olhar o local, aquilo era imenso.

— Dezessete! Cinco suítes e o resto são quartos normais, dezoito banheiros, uma sala de jogos, outra de cinema, uma biblioteca, uma cozinha e uma sala de estar.

— Não me diga que todas as maçanetas das portas são de ouro?!

— Sim.— ele deu de ombros tranquilamente e me deu uma piscadela.— Bem, a Verônica deve estar na sala de estar, agora ela ficou fascinada pelo meu piano que no caso já é de...

Agente FBI | veronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora