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Música do capitulo é Cold → Jorge Méndez. ( Sad Piano & Violin Instrumental

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{ Verônica Pov }

Eu ainda estava estática diante dos lábios daquela mulher cobrindo os meus. Quando ela pediu passagem com a língua eu não consegui resistir, meu automático falava mais alto. Eu estou sentindo um misto de emoções diante esse beijo. Por um impulso consegui empurra-la.

Olhei profundamente no rosto dela, os olhos ainda permaneciam fechados como se ela estivesse esperando algo, como se estivesse esperando minha reação e eu não estava conseguindo ter nenhum tipo de reação. Como se ela estivesse me aplicado algo, eu sempre ficava sem saber o que dizer ou fazer quando ela flerta ou me beija e agora não está sendo diferente.

Ela abriu apenas um olho com medo.

—Não vai me bater?– perguntou e finalmente estava com ambos olhos abertos, encarando profundamente os meus. Essa morena é tão lind... Calada Anita!

—Por que você fez isso?– Perguntei desconcertada tocando meus lábios, ela me deixa de um jeito que nem eu sei explicar.

—Eu senti um enorme desejo de te beijar, eu não consegui controlar essa vontade.— ela confessou na maior cara de pau.

—Por que você faz isso comigo, Anita? Agora é a hora ideal para você sair andando, sem se importar com o que eu penso ou sinto!

— Você sente alguma coisa quando eu te beijo?–Ela perguntou em um misto de ansiedade e pareceu esperançosa. Não sei decifrar suas expressões ainda, talvez porque eu não passe tanto tempo com ela. Abaixei o olhar, eu não conseguia encara-la.

—Você veio aqui só para me beijar?– mudei de assunto.

—Eu preciso conversar com você, é algo muito sério!–Anita revelou depois de um tempo. Ela nem se mostrou culpada por ter me beijado minutos atrás, dessa vez eu sabia que não ia haver justificativa.

—O que é tão sério assim?– perguntei encarando-a.

No começo ela travou e abaixou a cabeça mas logo me olhou e mordeu o lábio inferior.

—Podemos conversar na sua casa?

—O que é tão sério, Anita? Me fala agora e aqui!–Praticamente ordenei. Vi ela tirar algo de seu pescoço, parecia ser um cordão. Fixei meus olhos no objeto e pude ter certeza que era um distintivo.—O que significa isso?

—Eu sou agente do FBI e você é a minha missão, Verônica Torres.–Os olhos de Anita brilhavam. Me afastei dela com uma mão na boca, eu nem sei como descrever minhas emoções.— Eu vim na missão de te proteger e pegar um chip que seu ex-noivo deixou.

—Isso é a coisa mais absurda que eu já ouvi na minha vida!–Ri do seu blefe.— Isso é algum tipo de programa? Reality?

—Pode até parecer, mas não é.–Anita se aproximou, me afastei rapidamente.

—Não chega perto de mim! Você é louca e hoje você confirmou minha suposição. Quem você pensa que é para ver aqui e mexer em uma ferida do passado? Você está ofendendo a memória do meu ex-noixo!

— Posso estar mexendo em uma ferida do passado. Eu vou ser sincera e posso até chegar a parecer desumana, mas minhas emoções não permitem que eu sinta muito pelo que eu vou dizer agora, que são fatos. Preste bastante atenção!–ela deu uma pausa e respirou fundo.—Anos atrás antes do seu ex-noivo morrer, meu parceiro o protegia. Depois de um ano e alguns meses depois da morte dele, foi descoberto que seu ex-noivo era um traficante de drogas e armas para vários países. Ele colocava o perfil de empresário mas era tudo falso.

Agente FBI | veronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora