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O sentimento de perca ou até mesmo nomeado como processo de luto, é caracterizado por um conjunto de sentimentos que dado como consequência manifestações por algumas situações externas e internas. Pode-se observar algumas características como, raiva, tristeza, culpa, confusão mental, sensação de vazio e em alguns caso, violência.

Dizem que ninguém nunca morreu de coração partido até uma síndrome ser descoberta e nomeada com esse mesmo título. A síndrome do coração partido é semelhantes a um infarto, podemos usar essa melhor comparação. A dor no peito se faz presente e em grande maioria, surge de início como uma dor psicológica se agravando fisicamente.

O limbo que envolve esses dois casos existem quase que na mesma proporção. Psicologicamente falando, os dois são dores insuportáveis que foram adquiridos por algum trauma recente. Seja realmente um luto por morte ou até mesmo um abandono. O ser humano tem a precisão de sempre está com alguém ao lado, seja com qualquer grau de relacionamento ou somente uma companhia de um desconhecido; a solidão que faz presente no dia a dia não é algo normal para nosso emocional, principalmente. Não devemos está dependente de alguém, mas também não precisamos está com alguém pra ser feliz.

Porém nosso pensamento, muitas vezes não encara dessa forma; não precisa ser somente sobre solidão, e sim, solitude.

Cada um encara da melhor forma que conseguir. Mas a dor angustiante que aperta o peito todo dia antes de dormir, estará presente. Cabe a si mesmo decidir continuar com ela, ou somente, deixar-se afundar em seu próprio limbo.

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Era o primeiro dia da primavera e eu estava disposto a fazer o que tanto eu vinha tomando coragem depois de tantos anos. Sei o quanto isso é difícil e o medo da rejeição toma conta de mim, esse medo que muitas vezes tensiona meus músculos e me impede de conseguir alcançar os meus sonhos, mas eu tenho que ser mais forte e vencê-lo antes que ele mesmo me mate por dentro.

Hoje irei me declarar para Lee Minho.

Era uma tarde de sol clara onde o sol nos contemplava com sua beleza e seus raios eram como um abraço quentinho naquele final de tarde. Os pássaros cantavam uma melodia que com certeza seria o tema principal para despertar o encanto e entrelaçar nossas histórias. Em minha mão, uma cesta pequena carregava pequenos potes com algumas frutas já cortadas e alguns lanches perfeitos para um piquenique em um parque, e claro, não poderia deixar de faltar a boa e velha toalha vermelho com branco clichê. Era o primeiro dia das férias da faculdade, e desde que conheci Minho, jamais nos separamos, realmente vivíamos grudados como unha e carne, como as teclas brancas e pretas de um piano; podiam jurar que já éramos namorados. Mas, não era bem assim. Eu sabia que o maior gostava de mim, mas o medo de ouvir um "gosto de você como amigo" era bem maior.

Ao longe pude avistar ele com seus cabelos sendo bagunçados pelo vento e as cores do entardecer pintar seu rosto, poderia parar naquele momento e pintar a que eu chamaria de minha melhor tela, mas prefiro guardar em um lugar especial em minha memória. Ele esta olhando para o lago a sua frente e tentava alimentar alguns patinhos que estavam por ali, definitivamente, o coração mais puro que eu já contemplei.

A sensação que percorre meu corpo toda vez que o vejo sorrir é indescritível. Sinto todo o meu sangue ferver e meu corpo ficar dormente, minha cabeça desliga do mundo em minha volta e a única coisa que consigo focar é ele. Não percebi em qual momento da minha vida eu me encontrava tão perdidamente apaixonado, mas a única certeza que tenho, é que o amo com todas as minhas forças.

Após chegar ao seu encontro, ajeitei a pequena toalha que levei para nos sentarmos e organizo nossos lanches enquanto jogávamos qualquer conversa a fora aproveitando o que os deuses tinha preparado para nós naquele momento tão perfeito. O vento estava ao nosso favor trazendo uma brisa calma, o céu pintado com suas cores laranja encontrando o azul do crepúsculo, os pássaros entonando a harmonia de nossos corações.

A cada vez que eu o olhava ele ficava ainda mais bonito. Seus fios de cabelo castanhos caídos levemente sobre seu rosto, seus olhos que refletiam a luz do sol em um brilho que nunca vi em minha vida, sua pele clara em contraste com o fim de tarde o fazia reluzir.

─ Minho?

─ Sim?

Senti minhas mãos soarem e meu peito apertar a cada vez que seu olhar se intensificava em minha direção. Mas eu tinha que tomar a coragem de falar ou sabia que jamais iria conseguir, esse era o momento.

─ Preciso te contar algo.

─ Sempre estarei aqui Hannie, pode contar. ─ seu maldito sorriso lindo estava ali presente em minha direção.

Então respirei fundo e busquei falar de uma única vez. Força Jisung!

─ Eu ─ fecho meus olhos com força sentindo um nó se formar em minha garganta.

─ Hann-

─ EU TE AMO LEE MINHO!

Pronto, falei. Saiu. O peso que sentia em meus ombros finalmente saiu. Mas não consigo abrir meus olhos com medo de encará-lo. E agora, o que eu faço?

Espera...

Ele pegou na minha mão?

─ Eu também te amo, Han Jisung, e quero que você seja o meu namorado.

Várias Versões de Você • MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora