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Após a ligação de Felix, Jisung logo desistiu de comer a bela refeição que o seu amigo fez para e correu até a porta para ir na direção do hospital. Porém, sua mão não chegou até a maçaneta pois uma mão firme a segurou antes.

─ Hanji, você não vai sair sem comer! ─ o olhar de repreensão de Jeongin era evidente, mas a preocupação com seu amigo era superior a qualquer outra coisa.

─ Não posso esperar Innie, o Minho se mexeu, eu preciso está lá quando ele acordar! ─ Jisung levou rapidamente uma de suas mãos até sua cabeça por sentir uma leve tontura e sua visão se tornar turva devido ao esforço que fez ao ter se levantado da mesa. Jeongin logo se alarmou com o estado do amigo e entrou de prontidão.

─ Seu corpo já está falando por você Ji. Vamos, senta aqui e come, só assim eu te levo no hospital. ─ Jeongin gira a chave da porta a trancando e retira a colocando em seu bolso ─ Mas enquanto isso, você não sai daqui.

Sem mais argumentos depois da ação do amigo, Jisung cede e vai de encontro a mesa onde a refeição já vinha esfriando. Jeongin se juntou a ele observando o semblante de decepção que o amigo continha.

─ Não adianta se desesperar em ir até lá. Sei o quanto quer está perto dele nesse momento, mas você não pode ir desmaiado. Se continuar sem se alimentar e dormir, a única coisa que irá acontecer é você ocupar o quarto ao lado do Minho.

Após as palavras duras do seu amigo, um silêncio se manteve presente. O jovem Han sabia que era verdade. Jeongin tinha razão sobre o que vinha acontecendo em sua vida, o quanto dedicava de seus dias em prol de Minho em um leito hospitalar e sem saber quando iria acordar; em noite mal dormidas e comidas que jamais foram nem encostadas por não sentir fome, somente um vazio e a sensação de inutilidade. Cada palavra que qualquer pessoa dirigia a si era uma faca afiada cravada em sua carne, uma lembrança de seus dias amargos e cinzas depois daquele acidente. E seu corpo já demonstrava os sinais de fraqueza. Ele não tinha mais contra argumentos.

Após a ótima refeição, os dois amigos se ajeitaram e caminharam em direção ao estacionamento onde ficava o carro de Jisung, este que Jeongin vinha usando para idas ao hospital para ajudar o amigo. Não deixou que Jisung dirigisse pois ainda não tinha certeza de que o menor estaria em boas condições para isso.

Chegando ao hospital, Jisung saltou do carro e correu em direção ao elevador para ir ao quarto tão conhecido por si nesses últimos dias. Sentia-se ansioso. Se perguntava se Minho já teria acordado ou se somente tinha mexido a mão. Será que ele estaria bem, se iria continuar dentro desse hospital por quanto tempo. Ele só queria seu amado de volta em seus braços. Tinha diversos planos para realizar junto a Minho quando sair desse horrível ambiente.

Ao chegar em frente a porta do quarto, Jisung respirou fundo ao tocar na maçaneta. Seu nervosismo estava presente e suas mãos soavam frio. E novamente a sensação do dia da declaração estava presente em seu peito.

Ao abrir lentamente a porta, assustou-se com o que viu. Minho estava sentado na sua cama, Felix sorridente ao seu lado segurando sua mão e o médico tão conhecido por si falando algumas coisas que não era audivel daquela distância.

As lágrimas em seu rosto caiam sem cessar, seu peito transbordou em felicidade em ver finalmente Minho acordado.

─ Jisung! ─ Felix chamou o amigo o que fez com que o médico olhasse em sua direção e o chamasse para mais perto, afinal, Jisung era a presença familiar mais presente durante todos esses dias.

─ Nosso grande garoto acordou, Jisung. E ele está bastante forte. Acredito que queira falar com ele, hm? ─ o médico se aproximou do menor que ainda se mantinha imóvel próximo a porta olhando diretamente pra cama onde Minho estava.

Minho o olhava com um semblante confuso, mas não desviava o olhar do menor uma única vez.

─ P-posso falar com ele, Doutor? ─ Jisung perguntou receoso.

─ Claro! Ainda preciso fazer alguns exames antes de verificar a condição de alta para o senhor Lee, mas enquanto isso podem ficar a vontade.

Após as palavras do médico, Jisung se aproximou devagar sem quebrar o contato visual com Minho. Seu coração estava acelerado e jurava que estava que tudo estava sem nenhuma sincronia. Suas mãos trêmulas e a sensação em seu estômago era um misto de emoções. Mas no fundo ele sentia medo.

Ao se aproximar da cama de Minho, este que ainda estava olhando para Jisung, desviou seu olha para sua destra onde o menor com suas mãos trêmulas o segurou.

─ Quem é você? ─ puxando sua mão em um movimento rápido, Minho o questionou.

E foi ai, que os ponteiros dos relógios pararam e o cântico dos pássaros já não faziam o mesmo sentido para Jisung.

Várias Versões de Você • MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora